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Dafra Citycom 300i X Suzuki Burgman

Elas são o próximo passo para quem busca mais status e conforto entre os scooters

Por Ismael Baubeta | Fotos: Marco de Bari
Atualizado em 9 nov 2016, 12h24 - Publicado em 10 Maio 2013, 14h00
Dafra Citycom 300i X Suzuki Burgman

Scooters de médio e grande porte estão em alta no mundo todo. Por que seria diferente no Brasil? São motonetas ágeis, versáteis, confortáveis e que ainda têm espaço para levar bem protegidos os pertences do dia a dia ou alguma bobagem, caso o proprietário queira encarar uma estrada.

Ao contrário do que ocorre no Velho Mundo, entretanto, onde há uma legião de motonetas desse tipo e a oferta de modelos é farta – as de grande cilindrada estão em voga com os recentes lançamentos de BMW C 600 Sport e C 650 GT, YamahaT-Max 530 e, ainda, Aprilia RSV850-, no Brasil predominam os scooters de menor cilindrada, tendo como líderes Honda Lead 110 e Suzuki Burgman 125i. Estão, porém, com-pletamente sufocados pelas motos utilitárias de até 150 cc.

A Dafra Citycom 300i (13780 reais) entrou em 2010 num segmento explorado até então apenas pelo Suzuki Burgman 400 (26900 reais), comercializado no país desde 2000, que custa praticamente o dobro.Apesar da discrepância nos valores, ambos disputam – pelo menos em grande parte – o mesmo tipo de consumidor, que procura a praticidade das motonetas para fugir do tráfego pesado, chegar ao trabalho bem vestido, com mochila e aparelhos eletrônicos (laptop, celular, tablet) sob o banco e ainda mostrar seu status social.

2˚ Suzuki Burgman 400

O Burgman 400 de hoje é o mesmo que recebeu várias modificações em 2009, quando foi apresentado no Brasil. O visual continua bonito e bastante agressivo. Os faróis são grandes e têm formato de asa, preenchendo boa parte do escudo frontal. Eles estão ladeados por duas bonitas entradas de ar, com vincos que terminam na lateral, perto do guidão. O banco é enorme e confortável. Perdeu o sissy-bar – encosto para as costas do segundo ocupante -, mas sem diminuir o conforto do passageiro. A traseira larga tem duas alças grandes para o garupa se agarrar. O porte é de uma nave e chama atenção. Ao montar na supermotoneta, você percebe que o banco é bem baixo e o guidão elevado permite boa ergonomia na posição de pilotagem. O painel está lá no fim da eficiente bolha aerodinâmica. Ela reúne características que a fazem melhor em ergonomia e conforto que o Citycom: o comprimento do cockpit oferece espaço para o condutor estender as pernas à frente, adotando a postura de uma custom.

O motor monocilíndrico refrigerado a água gera 34 cv a 7300 rpm e 3,7″quilos” de torque. Tem bom empuxo e o câmbio CVT – polia de diâmetro variável – faz ganhar velocidade rapidamente, tem bom desempenho na cidade e permite viagens com boa velocidade. Em contrapartida, é um pouco barulhento, principalmente nas arrancadas. As suspensões são um pouco moles e falta rigidez ao chassi: nas mudanças de direção em alta velocidade, o conjunto ciclístico a faz chacoalhar bastante, o que pode assustar, mesmo sendo equipada com roda dianteira de 14 polegadas. A pequena distância do solo, somada ao largo entre-eixos, torna recorrente o raspar da parte de baixo do assoalho em lombadas e algumas saídas de calçada. É bastante chato ter que passar na diagonal pelas lombadas. Com garupa, é pior.

O sistema de freios tem potência para boas frenagens. São dois discos na dianteira, com pinças de dois pistões, e outro disco na traseira. Mas sua atuação é um pouco prejudicada pelos pneus. Se por um lado a performance do motor é mais prazerosa na Suzuki, a ciclística da Dafra, menorzinha, é um pouco superior. Outro ponto contra o Burgman 400 é o preço das peças de reposição e do seguro, que devem ser levados em conta na hora da compra. A seu favor jogam o maior porte, espaço interno e conforto, além de design e acabamento mais bem cuidados. O desempenho também é superior, o que a diferença de 12000 reais no preço absorve com tranquilidade. É melhor, mas a pergunta é: duas vezes melhor?

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TOCADA

Sua aparência grandalhona camufla a ótima maneabilidade no tráfego. O motor tem bom torque e acelera rápido.

★★★★★

DIA A DIA

Bom para a rodagem diária, com espaço de sobra para levar pertences e até capacete extra.

★★★★

ESTILO

O face-lift de 2009 o deixou mais bonito e moderno, com cara de executivo chique.

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★★★★

MOTOR E TRANSMISSÃO

O motor tem boa resposta ao acelerador, mas é um pouco barulhento. O câmbio tipo CVT é ótimo para rodar no trânsito pesado.

★★★★

SEGURANÇA

Com dois discos na roda dianteira – que tem 14 polegadas -, a frenagem está bem mais firme. O disco atrás completa o bom pacote, mas os pneus poderiam ser melhores.

★★★

MERCADO

O preço é alto, apesar de tudo que oferece. Talvez por isso não seja muito visto rodando pelas ruas.

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★★★

1˚ Dafra Citycom 300i

O Citycom 300i chegou de Taiwan (onde é feito pela Sym) em 2010 e de lá para cá recebeu pequenas mudanças. Seus longos faróis parecem formar uma máscara: percorrem o painel frontal e compõem um bonito conjunto com para-brisa e para-lama. O banco com dois níveis favorece o garupa e as rodas de liga leve aro 16 emprestam volume e imponência. Apesar disso, é evidentemente menor que o Burgman.

Sob o banco, há espaço para um capacete fechado, suficiente para o dia a dia. O painel está sobre o guidão e mescla três mostradores analógicos redondos – conta-giros, velocímetro e termômetro -, com painel digital na parte de baixo do velocímetro para mais informações.

A posição de pilotagem é boa, mas o condutor fica próximo do escudo frontal. Ainda que inferior ao do rival, o acabamento geral é satisfatório. Só os punhos de comando são muito simplórios. O banco teima em fazer o traseiro do piloto escorregar para a frente.

O motor monocilíndrico do Citycom 300i é refrigerado a água e gera 23 cv a 7500 rpm e 2,3 mkgf de torque a 5500 rpm. Nas acelerações de 0 a 60, a 80 e a 100 km/h, o Burgman foi mais rápido e marcou 5,8, 9 e 14,1 segundos, respectivamente. O Citycom fez as mesmas provas em 6,4/11,6/19,7 segundos. A diferença de ritmo até os 80 km/h não é tão importante, o que torna muito próxima a tocada urbana de ambos. Os 11 cv a mais do Burgman se impõem nas retomadas em velocidades mais altas ou rodando por estradas, com velocidade de cruzeiro mais elevada.

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A ciclística da Dafra é bem calibrada, com suspensões um pouco mais rígidas que as do Burgman. Quem também dá vantagem para a Dafra nesse quesito são as rodas aro 16, melhores nos buracos.

O sistema de freio, apesar de contar com apenas um disco na frente, com pinça de dois pistões, e outro disco na traseira, garante boas frenagens. Os pneus Metzeler têm grip superior.

Não é justo apoiar a decisão de compra somente no preço. Sem dúvida ele pesa bastante, mas não pode ser o único fator. Se o Burgman tem motor mais forte e mais espaço sob o banco, o Citycom 300i tem comportamento ciclístico mais uniforme e não bate o assoalho no chão a toda hora. O consumo também é menor no Citycom (faz quase 35 km/l em média, contra 25,5 km/l do rival). Peças de reposição e seguro são mais caros no Burgman. Noves fora, o Citycom 300i acaba por se apresentar como uma compra ligeiramente mais vantajosa, especialmente para aplicação urbana. Na estrada, vale dizer, o Burgman é bastante superior.

TOCADA

Ótima: tem agilidade para circular pela cidade no tráfego pesado e o motor tem gás para encarar pequenas viagens.

★★★★

DIA A DIA

Confortável, vai bem pelos corredores. Tem espaço para guardar um capacete fechado ou trazer compras de mercado.

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★★★★

ESTILO

Embora não tenha mudado desde seu lançamento, tem visual moderno e atual.

★★★★

MOTOR E TRANSMISSÃO

Seu motor de 300 cc tem boas e rápidas respostas ao comando do acelerador. O câmbio automático é silencioso.

★★★★

SEGURANÇA

As suspensões trabalham bem, embora transmitam alguma vibração. Os freios garantem espaços de frenagem reduzidos.

★★★★

MERCADO

Caiu no gosto do freguês. Há muitos deles rodando pela cidade – embora, como ocorre com o Burgman 400, não figure no ranking dos mais emplacados pela Fenabrave.

★★★★

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