Para quem sente falta do Volkswagen Tiguan, o seu retorno pode estar se aproximando. O SUV saiu de linha no Brasil em 2021 com promessa de retorno em breve, mas esse momento nunca chegou. E com o iminente lançamento da terceira geração do Tiguan na Europa, sua estratégia para o resto do mundo pode mudar radicalmente.
O VW Tiguan que chegava importado do México era uma versão com entre-eixos alongado em relação ao europeu e com possibilidade de sete lugares, o Tiguan Allspace. E é justamente essa configuração que poderá não ter continuidade, sendo substituída por um SUV cupê (ou seja, um Nivus gigante) com projeto chinês.
O carro em questão seria a segunda geração do Volkswagen Tayron que chega em até dois anos com a promessa de deixar de ser um modelo exclusivo para a China. Em entrevista à Autocar, Karl-Heinz Hell, chefe de engenharia de veículos médios e grandes da Volks, antecipou que esse novo carro assumiria o nome Tiguan nos mercados onde substituirá o Tiguan Allspace, como México, EUA e, muito provavelmente, também o Brasil.
Na Europa, a nova geração do Tiguan coexistirá com o Tayron, da mesma forma que o Tiguan Allspace convive com a versão mais curta. Seria posicionado como um novo SUV logo abaixo do Touareg.
Como o novo Tiguan, o Tayron de segunda geração também será baseado na plataforma MQB Evo e ficará maior em todas as dimensões, superando os 4,58 m de comprimento, 1,86 m de largura e 1,66 m de altura da geração atual e do Tiguan Allspace.
Poderia, inclusive, receber a mecânica atualizada presente no novo Tiguan. com motores 2.0 turbo com sistema híbrido leve de 48 volts ou híbridas plug-in com alcance elétrico de até 100 km e potência de 204 cv ou 272 cv. Já a tração será dianteira ou integral 4Motion, dependendo da motorização.
Assim como ocorre atualmente na China, o novo Tayron chegará aos EUA com duas opções de carroceria. A padrão terá versão para cinco e sete passageiros, enquanto a variante cupê — na China, chamado de Tayron X — é só para cinco pessoas.
O Tayron continuará sendo fabricado na China pela joint venture FAW-VW, em Tianjin. Mas, para atender os demais mercados, a Volkswagen passará a montá-lo também em Wolfsburg, na Alemanha, e em Puebla, no México. Essa última, também atende o Brasil fabricando o Jetta e é bem provável que ela passe a produzir o novo SUV para o mercado nacional, como fazia com o Tiguan.