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Suzuki Jimny pode sair de linha no Brasil por regras de emissões

Prestes a sair de linha na Europa, o Suzuki Jimny também está em risco no Brasil; fabricante cogita importar o elétrico eVitara

Por Henrique Rodriguez Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 14 nov 2024, 13h10 - Publicado em 14 nov 2024, 11h24
Jimny_Sierra
 (Divulgação/Suzuki)
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Desde 2021 a Suzuki vende no Brasil apenas o jipinho Jimny Sierra, que chega importado do Japão. Mas as novas regras de emissões do Proconve L8, que entrarão em vigor em 1° de janeiro de 2025, podem forçar o modelo a sair de linha no Brasil. Mas este não seria o fim da Suzuki no Brasil.

A oitava etapa do programa de controle de emissões veiculares não impõe apenas novas exigências de emissões, como também regulações mais rígidas. É por isso que todos os fabricantes estão trabalhando em novos mapas de injeção para os motores ou mesmo alterando a oferta de motores dos seus carros, e realizando novas emissões.

Suzuki Jimny Sierra 4Style
Suzuki Jimny Sierra 4Style (Divulgação/Suzuki)

A Suzuki, porém, é uma exceção: como o Jimny é importado, os ajustes no carro precisarão ser feitos ainda no Japão. E há um custo com o qual o Japão ainda não aceitou arcar.

É por esse mesmo motivo que o Suzuki Jimny está saindo de linha na Europa, onde as normas de emissões também estão ficando mais rigorosas. Por lá, a expectativa é por futuras versões do Jimny com mecânica híbrida ou elétrica.

“Nós colocamos uma equipe de engenharia em contato com o Japão para explicar como são as novas exigências de emissões do Brasil”, conta Mauro Correia, CEO da HPE Automotores, empresa responsável pelas operações da Suzuki e da Mitsubishi no Brasil.

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Suzuki Jimny Sierra 4Style
Suzuki Jimny Sierra 4Style (Divulgação/Suzuki)

A nova regulação do Proconve é tratada como uma das mais rígidas do mundo, por ter partes inspiradas nas normas dos Estados Unidos e outras inspiradas na regulação europeia. Mas a HPE diz já ter proposto as soluções técnicas para manter o Jimny à venda por aqui.

“A negociação envolve volume de vendas. Porque mudar o projeto custa caro, qualquer coisa custa pelo menos 15 milhões de dólares. Mas podemos negociar um preço melhor para aumentar o volume de vendas e compensar isso. Foi o que conseguimos para reposicionar o Mitsubishi Eclipse Cross”, conta o executivo.

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Jimny Sierra 4Expedition
Jimny Sierra 4Expedition (Divulgação/Quatro Rodas)

Mauro conta que, hoje, quanto mais Suzuki Jimny importam, maior é a fila de espera pelo jipinho. Mesmo com versões que custam entre R$ 149.990 e R$ 209.990, o Jimny teve 968 unidades emplacadas de janeiro a outubro de 2024. Conseguindo adaptar o Jimny Sierra ao PL8, a versão de quatro portas também passaria a ser importada para o Brasil.

As conversas entre a HPE e a Suzuki são otimistas, mas falta um mês e meio para o Proconve L8 entrar em vigor e ainda não há perspectiva sobre uma definição. As conversas incluem até mesmo novos produtos da Suzuki, especialmente os eletrificados. A nova geração do Suzuki S-Cross tem versão híbrida, assim como o Vitara. Mas também existem versões do Vitara e do compacto Swift com mecânica híbrida leve.

O S-Cross e o Vitara eram vendidos no Brasil até 2021. Desde então, a Suzuki opera no Brasil vendendo apenas o Jimny, que tem motor 1.5 16V de 108 cv e 14,1 kgfm e é o último carro do Brasil que pode ser equipado com câmbio automático com apenas quatro marchas.

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Suzuki eVitara é cotado para o Brasil

Suzuki e-Vitara
Suzuki e-Vitara (Divulgação/Suzuki)

“E por que não um elétrico?”, questiona Mauro antes de lembrar que a Suzuki acabou de lançar o eVitara, um SUV compacto elétrico com tração integral AllGrip.

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Primeiro carro elétrico da Suzuki, o eVitara será vendido inicialmente no Japão, na Europa e na Índia, onde será produzido em três versões. As mais básicas terão tração dianteira e se diferenciam pela potência dos motores e capacidade da bateria. A mais básica terá motor de 144 cv e bateria de 49 kWh e, acima dela, há a versão de 174 cv com células de 61 kWh.

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Suzuki e-Vitara
Suzuki e-Vitara (Divulgação/Suzuki)

Essa bateria também equipa o topo de linha, que ganha um motor extra na traseira de 65 cv. Ao todo, ele tem 184 cv e 30,6 kgfm e, claro, tração integral. E, para o 4×4 do eVitara, a Suzuki reinventou seu sistema Allgrip (que temos no Jimny), que virou o Allgrip-e. Para garantir o off-road, o sistema usa os freios para imitar um diferencial de deslizamento limitado tradicional.

Suzuki e-Vitara
Suzuki e-Vitara (Divulgação/Suzuki)

A plataforma é a nova HEARTECT-e, exclusiva para elétricos. Um detalhe interessante é que o e-Vitara será irmão do novo Toyota da família bZ, SUV que ainda não foi oficialmente revelado, mas foi antecipado através do conceito Urban SUV.

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