Uma reportagem do jornal O Estado de S. Paulo mostra que a filial brasileira da Volkswagen teve o pior desempenho da marca no mundo durante o primeiro trimestre de 2016. Segundo o balanço da empresa, a VW vendeu no país 37,6% menos carros na comparação com o mesmo período de 2015.
Na comparação com 2011, a queda é ainda maior. Naquele ano, a Volks registrou 166 mil unidades no país no primeiro trimestre. Em 2016, apenas 63 mil novos veículos foram entregues. Os números indicam um retrocesso de uma década, voltando aos patamares de 2006.
A operação brasileira, que chegou a ser a terceira maior do grupo no mundo – atrás apenas de Alemanha e China – agora ocupa a sétima colocação. Nos últimos cinco anos, os mercados do Reino Unido, Estados Unidos, França e Espanha ultrapassaram o Brasil, que agora é ameaçado pela Itália, lugar onde a VW cresce quase 20% ao ano.
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Segundo a marca, a situação é decorrente da crise econômica e política por que passa o país. Entre todo o leque de veículos ofertados por aqui, os dois únicos que registraram aumento de demanda seriam o VW Jetta e o Audi A3, ambos recentemente nacionalizados, mas que mesmo assim respondem por números de venda pequenos.
No cenário mundial, a VW também enfrenta as perdas financeiras causadas pelo escândalo do dieselgate. O lucro líquido do grupo foi de 2,31 bilhões de euros no primeiro trimestre de 2016, uma redução de 20% em relação aos 2,89 bilhões de euros registrados no mesmo período do ano passado. Isso pode acarretar ainda mais reduções nos investimentos que a matriz direciona para a operação brasileira.