Uma das líderes na corrida pela eletrificação, a Hyundai apresentou, nesta terça-feira (23), o primeiro modelo da Ioniq – sua submarca 100% voltada aos veículos elétricos.
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Trata-se do SUV médio 5, que estreará a nova plataforma veicular E-GMP e todas as suas funcionalidades, apresentadas no ano passado.
Por fora, o Ioniq 5 pouco lembra os modelos recentes da Hyundai, no que a própria companhia justificou como uma superação de “normas do passado e exploração da liberdade que as plataformas elétricas oferecem”.
Curiosamente, seu design é vagamente inspirado justamente no primeiro da coreana, o Pony, de 1975. Entretanto, as linhas quadradas do novo utilitário são mais estéticas e buscam remeter à modernidade, assim como faróis e lanternas que simulam pixels e relembram displays antigos.
O Ioniq 5 é grande, e só de entre-eixos são 3 metros. Assim, sobra espaço interno e há dois porta-malas: o traseiro com 531 l e outro sob o capô, com até 51 l, dependendo da versão. A posição dos motores também é pensada para não ocupar volume útil e, ao mesmo tempo, acrescentar estabilidade na direção.
Ao todo são 4,6 m de comprimento, 1,9 m de largura e 1,6 m de altura, em poucas curvas. Obviamente não há grade frontal e a Hyundai se esforçou para diminuir as lacunas entre peças a fim de melhorar a aerodinâmica. Logo, acima do para-choques (aparentemente parte da carroceria) já estão os faróis.
Maçanetas embutidas também visam eficiência, assim como chamativas rodas de aro 20 cujos raios formam uma espécie de mandala quadrática. As lacunas, entretanto, são tampadas, assim como os parafusos.
Por dentro, a Hyundai aproveitou o espaço amplo para aplicar o conceito “Living Space”, no qual ergonomia e conforto são pensados não só para enquanto o carro estiver em movimento.
Isso resulta em detalhes majoritariamente brancos, além de amplo teto solar que aumenta a sensação de liberdade, também favorecida pelo assoalho plano e pelos bancos 30% mais finos mas tão confortáveis quanto antes, afirma a empresa.
Para justificar o apelo ambiental, o plástico interno é feito de garrafas PET, enquanto couro e todos os tecidos são vegetais, assim como as suas três opções de cores.
O painel também é clean, e os mostradores tradicionais dão lugar uma tela retangular idêntica (e embutida) à central multimídia, com 12 polegadas cada. Os controles de ar-condicionado, luzes e limpadores seguem físicos.
A central é enxuta por querer, já que o Ioniq 5 estreia o head-up display da Hyundai, capaz de transformar o para-brisas em uma terceira tela com realidade aumentada. Enriquecendo a experiência, há automação veicular de nível 2, capaz de guiar o SUV por conta própria em condições tranquilas.
Existem duas opções de baterias e motores, com autonomia máxima de 480 km. A configuração mais potente traz um motor em cada eixo e tração integral, fazendo de 0 a 100 km/h em 5,2 segundos. As células de energia são do tipo bursiformes, economizando espaço e usando seu peso para diminuir o centro de gravidade do veículo, tornando-o mais estável e confortável na rodagem.
A versão mais cara, de tração integral permanente, atinge 305 cv e 61,6 kgfm de torque, com velocidade máxima sendo limitada a 185 km/h em todos os modelos. O carregamento pode ser feito tanto em 400 V ou 800 V, abrindo espaço para uso de tomadas rápidas ou comuns sem necessidade de adaptadores.
Na melhor das condições, é possível ir de 10% a 80% de carga em 18 minutos, com 5 minutos já garantido 100 km de rodagem. Ao mesmo tempo é possível carregar outro carro utilizando a energia do 5, numa espécie de chupeta elétrica.
Programado para o primeiro semestre deste ano e ainda sem preço revelado, o Ioniq 5 almeja ser o pioneiro da Hyundai na sua nova fase elétrica. Ao todo serão 25 modelos baseados na E-GMP lançados até 2025, com o sedã Ioniq 6 e o SUV grande Ioniq 7 já próximos do anúncio. A montadora não detalhou planos para o Brasil.
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