Faz alguns anos que se fala sobre a volta do Salão do Automóvel de São Paulo, que não acontece desde 2018. No final do ano passado, o presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Marcio de Lima Leite, sinalizou que o evento poderia ser realizado ainda em 2024. A iniciativa avançou e, se atrasar, não será por muito.
Nesta quarta-feira (12), em entrevista à rádio Bandeirantes, o presidente da Anfavea voltou a falar sobre a realização do evento automotivo mais importante do setor e acrescentou que ele pode acontecer ou em novembro de 2024 ou em março de 2025.
“Estamos trabalhando uma data, será em São Paulo e será um grande Salão em termos de tecnologia e produtos”, disse o presidente. E acrescentou: “O Brasil precisa retomar o Salão e mostrar as tecnologias que temos para exportação. […] O que que nós temos no Brasil e os planos futuros e utilização de biocombustíveis.”
Na coletiva de imprensa de dezembro de 2023, e também na ocasião da inauguração da nova sede da Anfavea em São Paulo, em abril, o executivo destacou que o foco do evento tende a ser a tecnologia e os produtos das montadoras devem ganhar maior destaque. Márcio afirmou que está estudando diversas modalidades de eventos que ocorrem em todo mundo para ter como base nas próximas edições.
Ainda sobre o novo formato, Márcio afirma que deseja criar um modelo totalmente brasileiro e diferente de tudo que conhecemos. “Queremos desenvolver um formato inédito para o evento”, disse na coletiva que ocorreu em dezembro.
“Estamos avaliando questões de espaço e logística, mas o salão do automóvel vai acontecer. Não temos data ainda definida, mas, sem dúvida, é uma cobrança legítima do presidente Lula, nós precisamos ter ousadia para expor as nossas tecnologias para os consumidores e também para o mundo de uma forma geral”, ressaltou em abril deste ano.
No Salão do Automóvel, 29 fabricantes expuseram seus automóveis e mais de 740.000 visitantes passaram pelo local. As edições seguintes, 2020 e 2022, foram canceladas previamente, sendo a primeira por conta da pandemia e outra por queixas de “custos elevados” por parte dos expositores.