A Rimac, empresa que produz o superesportivo elétrico mais rápido do mundo, o Nevera com 1813 cv e também está envolvida com o novo Bugatti Tourbillon, inovou ao sinalizar uma guinada em seus negócios. A novidade é o Verne Robotaxi, um veículo totalmente autônomo.
A marca Verne, que pertence ao grupo Rimac, afirma ter projetado a cabine para ser “menos automotiva e mais como uma sala de estar”. Nada de volante ou pedais de acelerador e freio. No lugar do painel há apenas uma tela de 43 polegadas que pode exibir entretenimento ou informações sobre a viagem.
Há também um sistema de som de 17 alto-falantes e os assentos “extragrandes” têm “cinco níveis diferentes de conforto”, embora a Verne não tenha especificado o que isso significa.
Uma tela sensível ao toque entre os bancos permite aos ocupantes ajustarem as configurações do veículo. Ele também inclui o “Median”, um interruptor físico usado para iniciar e parar o passeio, que a marca afirma ter sido projetado para dar ao usuário uma sensação de controle.
Montando em uma nova plataforma construída para esse propósito, o Verne foi projetado desde o início para direção autônoma. A arquitetura Mobileye Drive é composta por um conjunto de câmeras, radar e sensores lidar. A empresa afirma que o sistema é projetado para funcionar em uma variedade de tipos de estradas, em diferentes condições climáticas, e pode até mesmo levar em consideração os estilos de direção locais.
O modelo inteligente acomoda apenas dois passageiros, pois a marca informa que seus dados revelaram que nove em cada dez viagens são para apenas uma ou duas pessoas, então esse layout permite que eles satisfaçam a maioria dos clientes enquanto criam uma cabine espaçosa em um espaço compacto. Segundo a Verne, o seu robotáxi tem mais espaço interno que um Rolls-Royce.
As portas deslizam para não atrapalhar o fluxo do trânsito, e a abertura é grande o suficiente para que os ocupantes entrem e se sentem confortavelmente.
O design causa estranheza ao primeiro olhar, afinal adota um perfil trapezoidal incomum que é acentuado por um longo para-brisa que quase chega à frente do veículo. Segundo a fabricante esse estilo é o resultado de uma preocupação com o funcionamento do sistema autônomo.
Câmeras e sensores aparecem em vários pontos, principalmente o periscópio que se projeta do teto e sensores que aparecem nas janelas laterais. Além disso, foi possível eliminar recursos de carros movidos por humanos, como espelhos retrovisores e limpadores de para-brisa, para criar uma silhueta mais aerodinâmica.
A empresa também está criando seu próprio aplicativo de carona, um Uber próprio. Os clientes poderão ajustar as configurações do veículo – desde a iluminação até a temperatura e mesmo o cheiro – de acordo com sua preferência por meio do aplicativo antes da chegada do veículo.
Cada cidade em que a Verne opera contará com uma infraestrutura especializada que a empresa chama de “Mothership”, onde os veículos serão inspecionados, limpos, mantidos e recarregados todos os dias. A primeira ficará em Zagreb, na Croácia, ao lado da sede da Verne.
A marca pretende lançar o serviço de robotáxi em 2026 e logo depois expandir para o Reino Unido, Alemanha e Oriente Médio. E garante que assinou acordos com 11 cidades na União Europeia, Reino Unido e Oriente Médio, e está em negociações com mais de 30 cidades globalmente.