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Quadrilha do DF faturava milhões forjando batidas de carros de luxo

De acordo com a polícia, os bandidos compravam os carros e forjavam acidentes para pegar indenização das seguradoras equivalente a 100% da tabela

Por João Vitor Ferreira
18 set 2023, 13h53
porsche quadrilha df
 (PCDF/Reprodução)
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No Distrito Federal, uma quadrilha vinha aplicando golpes em seguradoras utilizando carros de luxo. O grupo forjava batidas frontais para ficar com o dinheiro do seguro e gastar em viagens à Europa e resorts luxuosos.

A Polícia Civil do DF em uma megaoperação conseguiu apreender, nesta segunda-feira (18) os seis integrantes da quadrilha. Também foram recuperados cerca de 20 veículos de luxo, entre eles um BMW 530e e outro Audi Q5, além de e R$ 2 milhões foram bloqueados das contas dos investigados.

carro apreendido pela polícia do DF
BMW 530e apreendida pela polícia (PCDF/Reprodução)

De acordo com as informações, o grupo já estava na ativa desde 2015. De lá pra cá, foram 12 acidentes simulados e 25 veículos de alto padrão destruídos. A quadrilha atuava de maneira bem organizada, para ludibriar as seguradoras e conseguir ficar com o valor do seguro.

carro apreendido pela polícia do DF
Audi Q5 apreendido pela polícia (PCDF/Reprodução)

Primeiro, a quadrilha adquiria os modelos de luxo, entre eles, carros de marcas famosas como Porsche, BMW, Volvo, Audi e Mercedes. Alguns, inclusive, eram comprados com avarias e eram reparados pelo grupo. O próximo passo era contratar o serviço de seguro, em todos os casos, o valor da indenização correspondia a 100% da tabela Fipe, para garantir o lucro dos envolvidos.

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carro apreendido pela polícia do DF
Mercedes apreendida pela polícia (PCDF/Reprodução)

Os bandidos rodavam com os carros normalmente por alguns meses, para não levantar suspeitas, e depois forjavam as batidas. Elas sempre eram frontais para garantir a perda total dos veículos. Um detalhe é que eles sempre escolhiam vias pouco movimentadas e escuras para que não houvesse testemunhas.

Para dificultar a ação da polícia, eles sempre registravam a ocorrência através da Delegacia Eletrônica, assim evitavam questionamento e a presença dos policiais no local da batida. Outro detalhe é que os seis integrantes se revezavam entre os “papéis” de condutor, terceiro envolvido, contratante do seguro, beneficiário da indenização e proprietário do veículo, muitas vezes utilizando procurações.

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Carro envolvido em acidente proposital no DF
Carros usados pelos criminosos para enganar as seguradoras (PCDF/Reprodução)

A Polícia Civil não identificou os envolvidos, mas o jornal Metrópoles, através de um trabalho de apuração descobriu os nomes de dois deles. Glauber Henrique Lucas de Oliveira é empresário e era tido como um dos líderes da quadrilha. Ele e sua mulher, uma advogada também presa pela operação, ostenta viagens a capitais europeias em suas redes sociais, sempre hospedados em locais de alto padrão.

Carro envolvido em acidente proposital no DF
Carros usados pelos criminosos para enganar as seguradoras (PCDF/Reprodução)

Outro envolvido é ​​Rosemberg de Freitas Silva. O ex-policial militar foi expulso da organização após passar 150 cheques sem fundo. Em seu nome, chama a atenção o grande número de veículos, entre eles modelos de luxo como um Porsche Cayenne e duas motos: uma Honda PCX e uma BMW R1250. Há também modelos mais baratos, como um Honda Fit e um Hyundai HB20.

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Carro envolvido em acidente proposital no DF
Carros usados pelos criminosos para enganar as seguradoras (PCDF/Reprodução)

Assim como a esposa do empresário, a mulher de Rosemberg também está em prisão temporária. De acordo com a polícia, as duas cediam seus dados para comprar os carros e registrar o seguro.

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Desde 2011, essa já é a quinta operação da Polícia Civil do DF para investigar casos de fraude em seguradoras. Entre elas, uma que ganhou notoriedade foi a operação Navio Fantasma, que investigou uma quadrilha que incendiou uma lancha de 15 metros no Lago Corumbá, em Caldas Novas (GO).

Todos os seis envolvidos estão em prisão provisória e vão responder pelo crime de pertencimento a organização criminosa, que prevê pena de reclusão de 3 a 8 anos. 

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