O ano de 1998 foi %#$@, mas você talvez não tenha notado: nele conhecemos Titanic, Google, Viagra, PayPal e MP3 Player – além de muitos carros importantes e marcantes.
Quer um exemplo? O Peugeot 206, que revolucionou o segmento dos compactos, só aconteceu graças às inovações aplicadas à indústria automotiva naquela década.
“Com novos moldes de injeção, foi possível inovar nas lanternas, por exemplo, que, até então só eram retangulares ou esféricas”, diz Edson Orikassa, vice-presidente da AEA.
Vale lembrar que, naquele momento, os computadores já estavam mais evoluídos, bem como os programas de desenvolvimento. A internet, por sua vez, tinha se popularizado.
Separamos os modelos que marcaram época e foram lançados em 1998. Alguns deles não chegaram ao Brasil, mas, em comum, todos marcaram romperam com o passado.
O esportivo foi apresentado como conceito, durante o Salão de Frankfurt, na Alemanha, em 1995. Mas a versão final só chegou às concessionárias europeias três anos depois.
Apesar de utilizar a mesma plataforma PQ34 e motorizações de Audi A3 e Volkswagen Golf, o modelo se destacava pelo desenho completamente diferente – dentro e fora.
Citroën Xsara Picasso
Em 1994, o conceito Xanae esteve no Salão de Paris, na França, e antecipou a minivan que apareceu com forma final em 1998. Mas as vendas só começaram no ano seguinte.
O Xsara Picasso revolucionou o mercado não apenas pelo visual futurista (e polêmico): havia uma série de inovações, como porta-objetos no assoalho e bancos moduláveis.
Daewoo Matiz
Tudo começou em 1993, quando o estúdio Italdesign propôs uma nova geração para o Fiat 500. O projeto foi recusado pelos italianos e acabou nas mãos dos sul-coreanos.
O modelo foi revolucionário porque deu origem a versões para sete diferentes marcas da General Motors – e inclusive foi copiado pela Chery QQ, que segue à venda até hoje.
Fiat Multipla
Esse pode não ser a minivan mais bonita de todas – na verdade, pode ser considerado um dos carros mais feios já feitos. Mas isso não tira o mérito das inovações do Multipla.
O Fiat até foi exposto no MoMA (Museu de Arte Moderna), em Nova York, em 1999. Quanto à praticidade, dava para levar até seis pessoas e reordenar a segunda fileira de bancos.
Ford Focus
O conceito GT90 antecipou em 1995 aquela que se tornaria a identidade da Ford para os próximos anos – e serviu de inspiração para o substituto do já envelhecido Escort.
As linhas angulosas do Focus chamavam a atenção, tanto na carroceria com vincos nos para-lamas e janelas na coluna, como no painel com saídas de ventilação desniveladas.
Peugeot 206
Nos anos 1990, a Peugeot pensou que seria uma boa ideia abandonar o segmento de hatches compactos, deixando apenas os modelos 106 e 306 à venda. Não deu certo.
Para correr atrás do prejuízo, os franceses pediram ajuda à Pininfarina, que respondeu com o 206. O resultado foram prêmios de desenho e a liderança de vendas na Europa.
Smart Fortwo
Um carro tão curto quanto o entre-eixos de um hatch, desenvolvido por uma marca de relógios e pensado para te motorização elétrica e híbrida (em 1993!)… esse é o Smart.
Tudo bem que, da prancheta à vida real, o modelo cedeu aos combustíveis fósseis, mas o restante continuou de pé. Revolucionário, ele reinventou o conceito de carro urbano.
Suzuki Jimny
A história do Jimny começou bem antes de 1998 – em 1970, para ser exato. E, antes do modelo que segue à venda até hoje no Brasil, ainda foi lançado o icônico jipe Samurai.
E por que esse modelo foi revolucionário? Porque, pela primeira vez, o Jimny abriu mão das linhas quadradas que acompanharam a família por 28 anos em favor das curvas.
Volkswagen New Beetle
Recriar um produto com legião de fãs não é nada fácil, mas fica bem mais complicado quando é o Fusca – que, àquela altura, ainda estava a cinco anos da aposentadoria.
Claro que o modelo clássico serviu apenas de inspiração para o novato, que tinha base e motorização de VW Golf. Ainda assim, marcou o auge dos veículos de estilo retrô.