As grandes estrelas da TV e do cinema sabem, como ninguém, que a fama pode ser passageira. No mundo dos carros não é muito diferente: alguns chegam com tudo, viram líderes de seus segmentos e, de uma hora para outra, caem no esquecimento.
Entre os principais exemplos estão os modelos sul-coreanos. Lançada no Brasil em 2009, a primeira geração do Hyundai i30 atingiu seu ápice um ano depois, com 35.930 unidades emplacadas, o que o fez conquistar a liderança de um segmento que tinha pesos-pesados como VW Golf e Ford Focus.
Seu declínio, porém, começou em 2012, com a segunda geração. Entre os problemas, o preço alto e o visual parecido demais com o irmão menor HB20, de quem também herdava o motor 1.6, fraco demais para um hatch médio. Em 2014, ele adotou um 1.8, mas era tarde. Em 2015, o i30 emplacou 2.617 exemplares, ficando em último lugar da categoria.
LEIA MAIS:
>> As versões de carros que até existem, mas ninguém vê
>> Teste de Pista: novo Hyundai i30
>> Mercado: o novo perfil dos donos de picapes
O esquecimento também afetou outro Hyundai, o sedã grande Azera, que um dia chegou a custar menos de R$ 70.000 e vender 8.412 unidades em 2011. Em 2015, foram 866, números distantes do passado, mas ainda respeitáveis para um carro tabelado em salgados R$ 167.990.
Caso mais gritante é o Kia Soul. Caiu de 17.926 carros em 2011 para pífios 508 em 2015. Pudera: quando chegou ao país, ele partia de R$ 51.490. Hoje, mesmo sem grandes atualizações, não sai por menos de R$ 89.990 com o mesmo 1.6 de 128 cv do primo HB20. Contribuiu também para o insucesso atual o programa Inovar Auto, que sobretaxou e determinou cotas de importação para marcas que não possuem fábrica no país. como a Kia.
Por fim, há o Chevrolet Captiva, que estreou em 2008 e conquistou o quarto lugar do ranking de SUVs em 2009, com 13.584 unidades. Sem mudanças significativas desde então, amargou o 34º lugar do segmento mais disputado do momento, com 1.217 unidades.