O McLaren F1 é um carro lendário. Não só por ter sido o primeiro carro de rua construído pela McLaren, mas por toda a história e complexidade por trás de sua produção. Não foi à toa que o superesportivo lançado há 28 anos alcançou preço recorde em leilão realizado no último fim de semana no Concurso de Elegância de Peeble Beach, nos Estados Unidos.
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O exemplar leiloado é especial e praticamente intocado. Fabricado em 1995, este McLaren F1 tem apenas 400 km rodados e tem os painéis da carroceria (feitos de fibra de carbono) pintados na exclusiva cor “Creighton Brown”.
O carro alcançou os 20,5 milhões de dólares (R$ 108 milhões ao câmbio atual) após uma longa disputa de lances — só não divulgaram o nome do felizardo que arrematou o carro. Nunca se pagou tanto por um exemplar de rua do McLaren F1.
O McLaren F1 tem motor V12 6.1 litros de origem BMW, com 635 cv de potência e 66,2 mkgf de torque. Precisava de meros 3,2 segundos para chegar aos 100 km/h.
O supercarro chegou a ser, inclusive, recordista de velocidade máxima entre os carros do seu tempo. Embora o velocímetro tenha registrado a máxima 391 km/h, para o recorde foi considerado a média obtida em duas passagens (386,4 km/h) — realizadas cada uma num sentido da pista de testes.
Apenas 106 unidades foram produzidas entre 1992 e 1998. O mais curioso é que a McLaren teve prejuízo em todas elas, mesmo cobrando, na época, 1 milhão de libras por cada carro. Por isso, também, teve produção reduzida: apenas 64 unidades de rua.
As particularidades do McLaren F1
- O motor V12 gerava tanto calor que foi necessário cobrir o cofre do motor com ouro. O material nobre é um dos melhores dissipadores térmicos conhecidos e é usado nos carros de Fórmula 1 e até em satélites espaciais.
- O banco do motorista (feito de plástico reforçado com fibra de carbono) não era ajustável, assim como os pedais e o volante: cada F1 saía de fábrica perfeitamente ajustado para seu proprietário.
- A maçaneta das portas precisou ser realocada para a base dos assentos dos passageiros, permitindo que o motorista alcançasse os mecanismos.
- O volante tinha duas borboletas que podiam enganar a turma da nova geração: em vez de trocar marchas, uma acionava a buzina; a outra, o lampejador do farol alto.
- Um aerofólio na traseira se elevava para controlar o centro de gravidade do carro durante frenagens, aumentando a resistência aerodinâmica e abrindo dutos de ventilação dos freios por tabela.