O Koenigsegg Gemera foi apresentado com duas opções de motorização. Porém, a diferença entre elas era tão extrema, principalmente considerando um hipercarro, que uma passou a ser desacreditada pela própria marca. É o caso da opção de três cilindros, que deixa de ser oferecida para o Gemera, agora sempre equipado com um V8.
Mas não se trata de qualquer três-cilindros. Era um avançado 2.0 biturbo de 590 cv e 61,2 kgfm, que seria combinado a outros três motores elétricos, resultando em 1.400 cv e 188,6 kgfm.
A outra opção, que passa a ser a única para o modelo a partir de agora, é um V8 5.0 biturbo combinado a um motor elétrico, que chegam aos 2.300 cv e 280,2 kgfm, sempre acompanhados de uma transmissão de nove marchas. Com esse conjunto, o modelo vai de 0 a 100 km/h em 1,9 segundo e pode chegar aos 400 km/h de velocidade máxima, segundo a marca.
O problema é que mesmo tendo ótimos 1.400 cv e sendo cerca de 270 kg mais leve em relação ao V8, a versão com motor de três cilindros não emplacou, já que a existência de um grande V8 biturbo ainda fala mais alto aos donos de um hipercarro – isso sem contar os 900 cv e cerca de 70 kgfm de torque a mais.
Assim, mesmo tendo que pagar US$ 400.000 (cerca de R$ 2,2 milhões em conversão direta) a mais na versão V8, os clientes não tinham dúvidas. E, para aqueles que não sabiam o que fazer, a própria marca encarregou-se de convencê-los a levar para casa a motorização mais potente, já que a baixa demanda do motor menor não é interessante também para a empresa.
“Havia tão poucos pedidos para o três-cilindros que conseguimos convencer quase todos eles a trocar”, disse Christian von Koenigsegg, fundador da marca, durante uma entrevista ao site Top Gear.
Apesar disso, ele diz que o motor 2.0 biturbo ainda é interessante e que a empresa ainda tem planos futuros para ele, que pode ser utilizado “talvez um dia” em alguma versão especial.