A Kia está preparando o lançamento da sua picape Tasman. O modelo será vendido apenas em mercados específicos, como a Coreia do Sul, Austrália, África e Oriente Médio, tendo como rivais as caminhonetes médias do segmento — leia-se Ford Ranger e Toyota Hilux.
Seu maior trunfo é a grande variedade de versões disponíveis. A Tasman terá modelos de cabine dupla, simples e chassi, para quem quiser customizá-la. Fora isso, ainda haverá variantes com câmbio manual de seis marchas ou automático de oito. Sem contar as opções de tração, podendo ser 4X4 ou 4X2.
Serão duas opções de motores disponíveis. Os australianos terão um turbodiesel 2.2 de 207 cv e 44,93 kgfm, que pode levar a Tasman de 0 a 100 km/h em 10,4 s. Já na Coreia, a picape vai receber um motor mais potente, o 2.5 a gasolina de 280 cv e 43 kgfm, o que derruba seu tempo de 0 a 100 km/h para 8 s. Mais sortudos, os clientes da África e do Oriente Médio poderão escolher entre as duas variantes.
A Kia declara uma capacidade de carga útil entre 1.016 kg e 1.195 kg, enquanto a capacidade de reboque será de 3.499 kg, independente da motorização. Já a caçamba terá capacidade de 1.142 l.
Se na motorização ela não tem nada de muito especial, seu design é um tanto exótico. Na traseira, ela segue um padrão visto nas picapes médias: lanternas verticais e o nome da montadora estampado bem grande na tampa da caçamba. A única peculiaridade é o tamanho das luzes, um pouco menores que a média.
Porém, a dianteira é um pouco fora do comum. Na parte central, há apenas a grade pequena e o para-choque, bem robusto e elevado. Isso causa um estranhamento, uma vez que os faróis foram movidos para as laterais. É como se eles fizessem parte dos para-lamas, que também não são muito convencionais. Ao invés de arcos que acompanham o formato da caixa de roda, há apenas uma peça cilíndrica preta na parte superior.
Por dentro, ela segue os padrões mais modernos de design. São três telas, assim como o EV5 que estreou no Brasil, todas unidas. Os displays do quadro de instrumentos e da central multimídia têm 12,3’’ e, entre as duas, há uma pequena tela de 5’’ exclusiva para o ar-condicionado. Mesmo assim, ainda temos comandos por botões no console central e no painel.
Dependendo do mercado, haverá diferentes equipamentos. Logo, haverá modelos mais equipados com dois carregadores por indução, sistema de som Harman Kardon, mesa dobrável para trabalho e alças nos pilares A. Fora isso, todos os modelos terão um compartimento “secreto” abaixo do banco traseiro.
Há cinco modos de condução: deserto, lama, neve e rocha. Para suportar o off-road, a Kia preparou sua picape com suspensão dianteira de duplo braço e um eixo traseiro rígido com molas de lâmina. Com isso, a montadora afirma que a Tasman é capaz de atravessar trechos alagados com até 80 cm de profundidade e, como medida de segurança, existem conectores à prova d’água para certas partes internas. Quem quiser melhores condições para o fora de estrada, pode ainda encomendar pneus todo-o-terreno para as rodas de 17’’ ou 18’’. E, como de costume em picapes médias, ela é montada sobre um chassi de longarinas.
A picape Tasman estreará primeiro em sua terra natal, a Coreia do Sul no primeiro semestre de 2025. A partir daí, irá para os outros mercados em que será destinada. Sua apresentação oficial está sendo feita no Salão do Automóvel de Gida, a Arábia Saudita, país que a Kia aposta como um dos principais mercados da sua nova picape.