Jeep crê que Renegade pode roubar vendas de outros segmentos
Marca almeja assumir liderança entre SUVs compactos
Não será apenas de EcoSport e Duster que o Renegade pretende roubar clientes. Segundo o diretor-geral da Jeep América Latina, Sérgio Ferreira o SUV pode atrapalhar as vendas de utilitários esportivos maiores – e até modelos de outros segmentos.
“É claro que o Renegade vai concorrer com EcoSport, Duster, HR-V e Tracker, mas acreditamos que 50% das vendas do Renegade virão do segmento de SUVs compactos e a metade restante virão de outros segmentos, inclusive de SUVs maiores, como Hyundai Tucson e Honda CR-V – neste segundo caso, especialmente nas versões a diesel”, declarou o executivo, incluindo neste mix também representantes de hatches e sedãs compactos.
Desde a apresentação oficial do Renegade, realizada na noite da última segunda-feira (23), Ferreira não esconde o desejo de ver seu novo produto assumindo a liderança da categoria em breve. “O segmento de SUVs compactos está em evidência, ainda mais com a chegada de modelos mais refinados e atraentes. Respeitamos todos os concorrentes, inclusive aquele que lidera as vendas há uma década, mas queremos chegar ao primeiro lugar”.
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E é bom que a Jeep consiga atingir esta meta. Afinal de contas, o grupo FCA aposta alto no sucesso da marca, a ponto de afirmar que a Jeep responderá por 96% das vendas de todo o conglomerado no Brasil – formado ainda pelas marcas Chrysler, Dodge e RAM. Segundo a empresa, foram investidos R$ 4,5 bilhões na divulgação do Renegade pelo mundo, sendo uma quantia significativa deste montante aplicada no mercado brasileiro.
“A meta da Jeep é passar de pouco mais de 1 milhão de unidades vendidas atualmente para aproximadamente 1,9 milhão de veículos por ano até 2018. O desempenho nos mercados da América do Norte foi fundamental para chegar ao primeiro milhão, mas só conseguiremos dobrar esta marca com as vendas em países emergentes, como Índia, China e, claro, Brasil”, afirmou Ferreira. Atualmente, o Renegade é fabricado apenas na Itália, mas futuramente será produzido na China e na Índia.
Além de praticamente “relançar” a marca Jeep no mercado brasileiro, como admitiram alguns executivos do alto escalão, a montadora pode enfrentar outro grande desafio: a instabilidade do dólar. Apesar do índice de nacionalização declarado ser de 80%, Ferreira reconheceu que a valorização da moeda norte-americana pode influenciar no preço final do SUV.