O governo brasileiro deve prorrogar a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que vence na próxima sexta-feira, 31 de agosto, por pelo menos mais dois meses.
Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, a intenção é garantir o crescimento da indústria brasileira, principalmente do setor automotivo, cujas vendas cresceram após a sanção do novo imposto.
A prorrogação deve ser anunciada na próxima sexta-feira, justamente o último dia de validade do IPI menor. Anunciada em maio, a redução fez o IPI de carros nacionais com motor 1.0 cair de 7% para 0%, enquanto os veículos com motor flex até 2.0 tiveram queda de 11% para 5,5%. No caso dos utilitários, o imposto declinou de 4% para 1%.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, deve se reunir com representantes da indústria nesta semana para avaliar dados usados para embasar a decisão do governo. Fontes citadas pela Agência Estado afirmam que Mantega levará em consideração itens como o repasse do incentivo aos preços e números de empregos gerados e de produção de veículos.
Apesar da provável prorrogação, o governo não deve se pronunciar tão cedo. O mistério se deve ao temor de esfriar as vendas nesta reta final do IPI menor. Isso porque as montadoras estão realizando vários feirões e promoções usando como mote o fim da redução do imposto. A tendência é que este mês de agosto seja o melhor da história em termos de vendas.
Caso a prorrogação realmente seja confirmada, a medida deve garantir o IPI para carros 1.0 com alíquota zero para automóveis nacionais e 30% para os modelos importados. Os modelos com motor de até 2-litros fabricados no Brasil devem ficar entre 5,5% (alíquota cobrada atualmente) e 11% (anterior à isenção) nos carros bicombustíveis, e entre 6,5% e 13% nos modelos movidos a gasolina.