A tradicional fabricante italiana Lancia ficou meio perdida na fusão que deu origem à Stellantis, mas vem encontrando seu rumo. Após muito tempo vendendo o velho Lancia Ypsilon, derivado do Fiat 500, apenas na Itália, agora a marca tem uma nova geração para seu compacto e ele marca o começo de uma nova fase para a empresa.
Não bastasse tamanhos desafios, o novo Lancia Ypsilon já estreia como o primeiro carro elétrico da montadora italiana. Embora seu projeto seja conhecido, por aproveitar a mesma plataforma do Peugeot 208, do Opel Corsa e do Citroën C3, é muito mais sofisticado do que qualquer outro compacto da Stellantis.
Você pode reconhecer o formado da carroceria, das portas e o espaço da cabine, mas o visual é completamente diferente. Seus faróis ficam bem no meio do para-choque, enquanto as luzes de posição estão na borda do capô formando o “calice”, desenho marcante da grade dos antigos Lancia. O para-choque ainda tem tomadas de ar ativas, que só se abrem quando necessário.
A traseira tem lanternas redondas e separadas, uma faixa preta com o nome da marca ao meio e alguns detalhes na parte inferior do para-choque. É um desenho que, no mínimo, tem muita personalidade.
Na lateral, pode-se observar um caimento cupê, rodas de liga leve e sua cor semelhante a um azul metálico. Vale dizer que o carro das fotos é da série especial limitada Cassina, que terá produção limitada a 1.906 unidades (ano de fundação da Lancia), em parceria com a designer de interiores italiana Cassina.
O interior também teve duas fotos divulgadas. Nelas, há tela central bem grande quadro de instrumentos digital, bancos na mesma tonalidade da carroceria e um console central preto onde está a base de carregamento sem fio para smartphones.
O novo Ypsilon também é o primeiro carro com o sistema Lancia SALA (Sound Air Light Augmentation), composto pela central multimídia e pelo quadro de instumentos digital que têm uma inteligência artificial embarcada capaz de processar os comandos dos passageiros. Esse sistema estará nos próximos Lancia: a nova geração do Gamma, como crossover, e o novo hatch Delta.
Os detalhes da motorização elétrica não foram divulgados, mas já mas sabemos que o novo Ypsilon terá 156 cv e bateria de 54 kWh com alcance de aproximadamente 400 km. Meses depois do lançamento o compacto ganhará versões híbridas leves, baseadas em versões do motor três cilindros 1.2 de 136 cv e 100 cv.
Tudo, porém, deve ser revelado em 14 de fevereiro, quando haverá a grande apresentação oficial.
Base do Fiat Argo 2026 nacional
O modelo é feito sobre a plataforma CMP dos Peugeot 208 e Citroën C3, que recentemente deu vida ao novo Jeep Avenger, é amplamente utilizada pela Peugeot e servirá à Opel também. São veículos compactos, quase gêmeos entre si no que tange além das aparências. E a próxima geração do Fiat Argo será um desses.
Por volta de 2025 ou 2026, o hatch brasileiro se transformará profundamente. À base da CMP, ganhará visual cujas dicas já estão no novo Ypsilon, com mais “jeitão” de SUV ainda que seja um compacto. Outras soluções, como as maçanetas embutidas na coluna C, podem ser aproveitadas.
O nosso Argo será quase um gêmeo do novo Fiat Panda, mas aproveitará o motor 1.0 turbo flex da Stellantis, sendo pelo menos um híbrido leve. Não se surpreenda se porções estruturais como as caixas de rodas, colunas e capô do novo Lancia seja repetidos no modelo feito em Betim (MG). Graças a um ladrão atrapalhado, haverá um dejà vu bem francês.