O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT) declarou que a ampliação do rodízio de veículos pode não se concretizar a médio prazo. Esta foi a primeira vez que o governo admitiu a possibilidade de não expandir a restrição para outras vias da capital, como havia anunciado no começo deste ano.
“A questão é controversa. Há técnicos que estão colocando objeções, há outros que estão defendendo, mas isso é uma decisão técnica que precisa ser tomada com cautela, porque é uma coisa que vai impactar muito a cidade”, afirmou Haddad durante visita ao Centro Educacional Unificado (CEU) Casa Blanca, no Campo Limpo.
Segundo o prefeito, a ampliação só acontecerá em caso de consenso entre os profissionais da Secretaria Municipal dos Transportes. No entanto, Haddad ressaltou que simulações por computador mostraram que haveria uma melhoria no trânsito com a adoção desta medida.
“Tudo é analisado por computador antes de ser implementado. Tem gente que conclui que o impacto inicial existiria, mas no médio prazo ele se perderia. Se a conclusão for de que o efeito no médio prazo é pequeno, talvez não justifique a medida. É isso o que está sendo analisado”, afirmou.
Atualmente, a restrição do rodízio só vigora dentro do chamado centro expandido da capital, englobando as Marginais Tietê e Pinheiros. Com a ampliação, 400 vias entrariam no rodízio municipal, totalizando 371 quilômetros lineares pela cidade. Assim, vias importantes como as avenidas Brás Leme, Aricanduva, Professor Francisco Morato e Inajar de Souza teriam a proibição vigorando. Em janeiro deste ano, o secretário municipal dos Transportes, Jilmar Tatto, afirmou que a ampliação começaria em abril, o que não aconteceu.