O Governo Federal lançou nesta segunda-feira (22) o programa Nova Indústria Brasil, cujo propósito é impulsionar e modernizar a indústria nacional até 2033. Os recursos, de R$ 300 bilhões, serão injetados especialmente em setores como agroindústria, saúde, infraestrutura urbana, tecnologia da informação, bioeconomia e defesa.
De acordo com o governo, os incentivos serão concedidos até 2026 através de instrumentos tradicionais de políticas públicas, como empréstimos com juros reduzidos, ampliação de investimentos federais e subsídios. Fundos especiais e incentivos tributários também serão utilizados no programa.
Financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) serão responsáveis pela maior parte dos recursos.
Os R$ 300 bilhões serão divididos em quatro eixos: Indústria Mais Produtiva (R$ 182 bi), que visa a expansão da capacidade e modernização da indústria; Indústria Mais Inovadora e Digital (R$ 66 bi), que busca digitalizar a indústria; Indústria Mais Exportadora (R$ 40 bi), que pretende apoiar e reforçar a exportação; e a Indústria Mais Verde (R$ 12 bi), que foca na descarbonização e na transição energética.
Entre as metas do Nova Indústria Brasil estão a digitalização de 90% da indústria brasileira, a triplicação da produção nacional no segmento de novas tecnologias, a elevação de 50% da participação de biocombustíveis nos transportes e a transformação digital da indústria.
“A nova política posiciona a inovação e a sustentabilidade no centro do desenvolvimento econômico, estimulando a pesquisa e a tecnologia nos mais diversos segmentos, com responsabilidade social e ambiental”, apontou o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.
Anfavea comemora o programa
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), divulgou uma nota nesta terça-feira (23) em que celebra o anúncio feito pelo Governo Federal, colocando-o como “inovador” e crendo que ele “promoverá o robustecimento de nossa indústria”.
“Este primeiro e tão esperado passo para o estabelecimento de uma Política de Estado que fomente o desenvolvimento da indústria nacional através de programas de extensão de crédito caminha na direção certa, gerando a expectativa positiva de que a economia continue a crescer e o ambiente de negócios melhorar”, disse a associação.
Por outro lado, a Anfavea sinaliza que, para que o Brasil ocupe um lugar de destaque em tempos de mudanças tecnológicas rápidas, os incentivos precisarão ir além de 2026.