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Futuro do pretérito: primeiro carro autônomo do mundo completa 50 anos

Criado pela Continental, primeiro autônomo usava dispositivos eletromecânicos e cabo de aço para andar sozinho

Por Paulo Campo Grande
Atualizado em 5 nov 2018, 11h51 - Publicado em 5 nov 2018, 11h50
O sistema da Continental foi instalado em um Mercedes 250 Automatic (Continental/Divulgação)

Carro autônomo ainda parece coisa futurista mas as tentativas de transformar os motoristas em passageiros é antiga.

Nos anos de 1930, americanos como o empresário John J. Linch (1892-1962) faziam shows pelo país com automóveis rádio controlados, que ficaram conhecidos como “Phanton Auto” ou “Magic Car”. Esses carros aceleravam, freavam, faziam curvas e buzinavam sem qualquer pessoa a bordo.

Antenas nos para-choques enviavam dados para a torre de controle da pista (Continental/Divulgação)

Eles não eram autônomos porque havia um operador remoto, mas já eram considerados uma alternativa de transporte seguro, com os comandos deixados a cargo de especialistas, longe de motoristas incautos.

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Há cinquenta anos, mais exatamente em 1968, a alemã Continental foi pioneira no uso de um veículo autônomo com o objetivo de estudar o comportamento dos pneus de forma científica em condições reais de uso.

A direção era controlada por um dispositivo eletro-mecânico (Continental/Divulgação)

O sistema da Continental foi desenvolvido pelas empresas Siemens e Westinghouse em parceria com duas universidades (Munique e Darmstadt) e instalado em um Mercedes 250 Automatic.

O sedã era capaz de acelerar, frear e controlar a direção de forma independente graças a dispositivos eletromecânicos (ou eletropneumáticos no caso dos freios) que acionavam esses sistemas.

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A eletrônica embarcada foi instalada no porta-malas do sedã (Continental/Divulgação)

A direção não era como as modernas que contam com sensores de orientação na carroceria, no volante e de leitura das faixas de rodagem.

Da sala de comando, um engenheiro monitorava o carro em teste (Continental/Divulgação)

O carro se orientava por meio de um cabo de aço esticado no piso da pista, desenhando a trajetória que deveria ser obedecida.

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No para-choque dianteiro, antenas de rádio enviavam os dados colhidos para a torre de comando da pista. E câmeras instaladas na parte inferior e voltadas para os pneus gravavam o que acontecia com a borracha.

O objetivo era avaliar com critérios científicos os pneus em condições de uso real (Continental/Divulgação)

O Mercedes autônomo foi usado pela Continental no desenvolvimento de pneus até 1974.

Atualmente, os carros que circulam pelas ruas do planeta já possuem algumas habilidades autônomas. Mas, estima-se que os veículos totalmente autônomos cheguem às ruas somente por volta de 2030.

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Até lá, os carros ganharão autonomia em etapas. Segundo classificação estabelecida pela SAE Internacional (Sociedade de Engenheiros da Mobilidade), a independência dos motoristas vai obedecer cinco fases.

Antes de serem totalmente autônomos, os carros necessitarão de acompanhamento humano (Divulgação/Citroën)

Na primeira fase, o motorista tem total controle da situação contando apenas com a assistência de sistemas que auxiliam nas acelerações e nas frenagens. Um exemplo desse tipo de sistema é o piloto automático.

Na fase seguinte, dispositivos são capazes de assumir algumas tarefas, com correções de trajetória. E assim por diante.

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Com exceção da quinta e última etapa, todas as demais exigem a presença do motorista ainda que seja apenas para observar o funcionamento do carro e com capacidade de fazer alguma intervenção se necessário.

Cruise AV
Na falta de comandos, autônomo da GM tem parafernália eletrônica sofisticada (Divulgação/Chevrolet)

Assim como nos carros acionados por controle remoto, os autônomos de hoje são vistos pela indústria como a solução para acabar com os acidentes de trânsito.

Captando informações do ambiente (vias, pedestres, ciclistas) e de outros veículos os sistemas inteligentes serão capazes de promover mobilidade com total segurança.

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