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Ford entrega antiga fábrica da Troller para governo do Ceará

Complexo receberá um investimento de R$ 400 milhões para montar seis carros de três marcas diferentes

Por Nicolas Tavares
Atualizado em 23 set 2024, 19h41 - Publicado em 23 set 2024, 16h14
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  • fábrica troller
     (Divulgação/Troller)

    De todas as fábricas que a Ford possuía no Brasil, apenas o complexo em Horizonte (CE) ainda não havia recebido uma destinação. Isto mudou nesta segunda-feira (23), com a transferência do local para o governo do Ceará.

    O imóvel que sediava a fábrica da Troller será utilizado pela Comexport para montar carros de diversas marcas.

    Esta movimentação se assemelha ao que a Ford fez com a fábrica de Camaçari, que foi entregue para o governo da Bahia, recebendo uma compensação financeira. Neste caso, os valores e e detalhes do acordo não foram revelados. O único posicionamento oficial veio da Ford:

    A Ford informa que nesta segunda-feira, 23 de setembro, assinou junto com o Governo do Ceará um acordo de transação para a transferência ao Estado da fábrica da empresa no município de Horizonte. Com isso, a Ford e o Governo do Ceará dão um passo definitivo para utilizar a planta de Horizonte na geração de crescimento econômico e social para a comunidade cearense. A Ford agradece ao Governo do Ceará por ter permitido uma negociação em que a empresa e o Estado puderam colaborar para promover o desenvolvimento da região.

    último Troller T4 TX4 PRODUZIDO

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    Como anunciado pelo próprio governo cearense em agosto passado, a fábrica receberá um investimento de R$ 400 milhões da Comexport, empresa da área de comércio exterior. Será utilizada para montar seis veículos elétricos e híbridos de três marcas diferentes, com a previsão de iniciar as operações já em 2025.

    “É um projeto estruturante, porque há compromisso de investimento em tecnologia aqui no Ceará. Para o próximo ano, temos previsão concreta da produção dos primeiros veículos. Serão seis modelos movidos a nova energia, para três marcas consagradas da indústria automotiva mundial”, afirmou o presidente da Comexport, Rodrigo Teixeira.

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    Embora inicie a montagem no regime CKD, com todas as peças importadas e prontas, o governo do Ceará quer que a fábrica vá além e tenha uma produção completa, criando um verdadeiro polo industrial automotivo no estado.

    “É evidente que tem gente que não queria a desapropriação da fábrica da Ford, mas eu não podia deixar de tomar essa decisão para trazer investimento ao Estado. O Ceará terá, enfim, o polo automobilístico que sonhou por gerações e gerações”, afirma o governo do Ceará, Elmano Freitas.

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    Um dos caminhos é a negociação com a ArcelorMittal, siderúrgica que está muito envolvida com a indústria automotiva e até com o automobilismo, fornecendo os aços utilizados pela Stock Car. O governo do estado prepara um anúncio de uma parceria com a empresa.

    Neta Aya
    A Neta, que começará suas operações no Brasil em setembro, anunciou que quer produzir seus carros no Brasil e pode ser uma das interessadas pelo espaço multimarcas (Guilherme Fontana/Quatro Rodas)

    O que será feito no Ceará?

    Até o momento, a Comexport faz mistério sobre quais serão os carros e até mesmo as marcas que estão envolvidas no projeto. Anteriormente, a empresa citou apenas que serão três de suas parceiras, o que ainda é um leque muito grande, pois ela trabalha com a importação de veículos para mais de uma dúzia de fabricantes no Brasil.

    Existem algumas possibilidades. Uma delas é a Neta, chinesa que começará a vender carros no Brasil em setembro e que tem a intenção de produzir no país. A montagem por CKD em Horizonte ajudaria a driblar o imposto de importação sem um investimento alto para erguer uma fábrica própria.

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    Entre outras marcas que já trabalham com a Comexport, algumas importadas como Mercedes-Benz e Volvo fariam sentido. A Mercedes vendeu a fábrica em Iracemápolis (SP) para a GWM, enquanto a Volvo nunca se interessou em montar carros aqui, mesmo na época do regime automotivo Inovar-Auto, que aumentou os impostos para os importados e fez as fabricantes correrem para ter algum tipo de produção nacional.

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