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Em 2020, finalmente teremos ESP, mas não é para todos

O controle eletrônico de estabilidade faz parte de uma relação de itens que se tornaram obrigatórios a partir do ano que vem.

Por Paulo Campo Grande
Atualizado em 31 dez 2019, 08h00 - Publicado em 31 dez 2019, 07h00
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    Em 2020, nossos carros ficarão um pouco mais seguros. (Marco de Bari/Quatro Rodas)

    O ano de 2020 será importante para os compradores de automóveis no que diz respeito à segurança porque, a partir de janeiro, haverá diversos equipamentos que se tornarão obrigatórios.

    Como é praxe entre os fabricantes e os legisladores, a obrigatoriedade acontece em duas etapas: na primeira, ela é exigida apenas para os novos modelos e somente depois passa a valer para todos os carros.

    Em 2020, portanto, haverá equipamentos que serão obrigatórios pela primeira vez e outros que já chegam na segunda etapa, em definitivo.

    Entre os que entram pela primeira vez estão: controle eletrônico de estabilidade e aviso de cinto de segurança não afivelado.

    Entre os que já eram obrigatórios para veículos novos e agora se tornam universais estão: sistema de fixação de cadeirinhas Isofix e cintos de três pontos e encosto de cabeça para todos os ocupantes.

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    ESP corrige a trajetória antes que o veículo fique desgovernado (Internet/Reprodução)
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    Controle eletrônico de estabilidade

    Esse sistema é responsável por corrigir a trajetória do carro que começa a ficar desgovernado freando as rodas de forma seletiva e independente.

    Seu nome varia entre os fabricantes. O mais popular é ESP. Mas ele também atende por ESC, VSC, VSA, AFU etc. Em gera, vem acompanhado de outros sistemas como controle de tração e auxiliar de partida em rampa.

    O ESP entra agora nos carros novos e se torna obrigatórios para todos modelos a partir de 2022.

    Renault Kwid Detalhe Painel
    O alerta de cinto não afivelado terá uso generalizado somente em 2021. (Divulgação/Renault)
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    Alerta para cintos de segurança não afivelados

    O uso do cinto de segurança é obrigatório e todos deveriam estar atentos a isso. Mas como o seguro morreu de velho, o sistema de alerta é sempre bem-vindo.

    Estima-se que os cintos de segurança reduzam em até cinco vez o risco de morte em um acidente, além de atenuar em até 80% a gravidade dos ferimentos.

    Esse dispositivo se torna obrigatório agora e vira universal a partir de 2021.

    No grupo de equipamentos que já era exigido nos lançamentos e se tornam necessários em todos os modelos a partir de 2020, estão: sistema de fixação de cadeirinhas Isofix e cintos de três pontos e encosto de cabeça,

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    Isofix
    Pelo sistema Isofix a cadeirinha fica ancorada em gancho soldado à carroceria. (Acervo/Quatro Rodas)

    Isofix

    O sistema para instalação de cadeirinhas de bebês que consiste em ganchos de fixação soldados à carroceria foi incorporado aos veículos novos em 2018 e agora vira obrigatório para todos os modelos.

    A determinação é de que o equipamento deve existir em pelo menos um dos assentos do veículo.

    Doblò Essence
    Todos modelos vendidos no Brasil deverão ter cintos de três pontos e encosto de cabeça para todos ocupantes. (Divulgação/Fiat)
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    Cintos de três pontos e encosto de cabeça no banco traseiro

    Esses equipamentos seguem o mesmo cronograma do sistema Isofix, se tornando obrigatórios para todos os ocupantes de todos os veículos a partir deste ano.

    O cinto de três pontos é um importante elemento de retenção das pessoas em caso de acidente. De acordo com uma pesquisa norte-americana, o cinto de três pontos reduz as fatalidades em 58%, contra 48% do cinto convencional de dois pontos.

    O encosto de cabeça tem vital importância na proteção do pescoço e da coluna cervical das pessoas em caso de colisão traseira, evitando o chamado efeito chicote.

    Novo Honda HR-V sensores
    Para os próximos anos, outros dispositivos deverão se tornar obrigatórios. (Divulgação/Honda)
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    Outros dispostivos

    Outros dispositivos estão em estudo no Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), como sistema autônomo de frenagem de emergência e alerta de mudança involuntária de faixa. Mas, sem definições até o momento.

    Dentro do programa da indústria Rota 2030, porém, a Anfavea, associação que reúne os fabricantes de veículos, divulgou um calendário para a chegada de novas tecnologias de segurança.

    Segundo a entidade, além dos equipamentos que chegam este ano, haverá mais novidades para os próximos.

    Entre as que serão introduzidas em 2021 e se tornarão obrigatórias para todos os veículos, a partir de 2023, há: faróis diurnos, indicadores de direção laterais e luz indicadora de frenagem de emergência.

    Todo progresso em segurança é sempre muito bem-vindo. Mas esse avanço que a indústria brasileira fará em 2020 ainda vai deixar os carros produzidos no país muito distantes dos padrões de segurança de outros países.

    Uma prova dessa defasagem é que apesar das melhorias as fábricas terão dificuldades para atender os novos protocolos introduzidos pela LatinNCap a partir de dezembro de 2019.

    A partir dessa data, a LatinNCap, uma entidade independente que realiza ensaios de colisão com os veículos, determina obrigatoriedade de ESP para todos os veículos, por exemplo.

    O ESP que chega agora apenas nos veículos novos se tornou um recurso comum há seis anos, na Europa.

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