Dez cruzamentos entre tipos de carroceria que não deram muito certo
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Shooting brake
Cupês esportivos transformados em peruas, eles serviam a caçadores e esportistas britânicos, que precisam do espaço atrás para levar seus rifles ou tacos de golfe. Renderam poucos carros de série, como o Volvo 1800ES (foto) de 1971 e o BMW Z3 Coupé – que acabaria ganhando o apelido de “sapato de palhaço”.
Recentemente vieram as Ferrari FF e GTC4Lusso, mas a ideia continua parecendo mais limitada a conceitos como o do Corvette Callaway e o GT86 feito pela própria Toyota.
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Picape derivada de van
Beleza nunca foi o forte dela, caso da nossa Kombi cabine simples de 1967 e dupla de 1981. Na Alemanha, disputou (pouco) espaço com a DKW F89 Pickupe a Tempo Matador 50, imitadas nos EUA por Chevrolet Corvair 95 Rampside (foto) e Ford Econoline.
Vale reparar que, com a ausência de uma tampa de caçamba no projeto original das vans, o embarque de carga na Corvair 95 Rampside era feito por uma rampa lateral.
Jipe roadster
Nome sob medida, o Jeepster (foto) surgiu em 1948. Com linha de cintura baixa e pintura saia-e-blusa, visava o lazer, não o off-road. Inspirou nosso conceito Willys Saci, do Salão do Automóvel de 1960.
Em tempos de SUVs, a proposta teve um revival com o Nissan Murano Cabriolet e com o recente Range Rover Evoque conversível. O primeiro recebe críticas pesadas desde o seu lançamento. Já o segundo parece ter um futuro um pouco melhor entre os endinheirados.
Hatch de três volumes
Caracterizado pela terceira (ou quinta) porta traseira, a carroceria do tipo hatch costuma ter traseira fastback, mas há exceções. Com desenho igual ao do sedã da marca, o Kaiser Traveler de 1949 podia ser todo aberto atrás. Em 1987, o Plymouth Sundance (foto) parecia sedã, mas tinha vidro traseiro que se abria com a tampa.
No Brasil, tivemos exemplos bem-sucedidos nos anos 80, como o Ford Escort, cuja traseira com volume de sedã e porta de hatch acabou sendo chamado de notchback, e o Chevette hatch de segunda geração, que tinha uma traseira um pouco alongada em relação ao modelo anterior.
Picape conversível
Nos anos 70, várias picapes ofereciam teto rígido removível e banco traseiro. A Dodge Dakota conversível imitou a picape Ford T em 1989, com teto de lona rebatível. Até que, em 2003, a retrô Chevrolet SSR (foto) resgatou o conceito. Sem sucesso.
Panel van
O estilo vem de quando furgões monovolume não existiam e as picapes de série eram transformadas em perua. As do Ford Falcon e Chevrolet Vega (foto) renovaram a ideia, que ganhou um toque mais jovem nos anos 70 para atrair públicos específicos, como os surfistas.
Perua-van
Pouco antes de a minivan surgir, a Nissan Prairie unia o porte de perua compacta a teto mais alto e portas traseiras deslizantes. A Honda aderiu à onda com o Civic Shuttle (foto), em 1984, mas com o tempo ganhou ares de monovolume e deu lugar à minivan (de fato) Odyssey.
Minissedã
Na Europa e no Japão, o porta-malas de alguns minicarros formava um terceiro volume. Caso do japonês Mazda Carol (foto), do alemão Goggomobil e do italiano Autobianchi Bianchina, dos anos 50 e 60. O mais próximo disso no Brasil era o Gurgel Xef de 1983, que estava mais para cupê.
Minipicape
Difundida no Japão, era resultado do reduzido tamanho dos veículos locais. A Datsun 2225 de 1947 (foto) levava até 500 kg com seu motor de 15 cv. Houve até uma legítima picape da Mini (1961 a 1983), que conseguia ser menor que a nossa Fiat 147 Pick-up de 1978.
Conversível de 4 portas
Chamado phaeton ou torpedo, era um dos mais triviais tipos de carroceria até os anos 30. Com a proliferação dos modelos fechados, ele sumiu. Em 1961, o Lincoln Continental (foto), com sua capota elétrica, homenageava a moda extinta dez anos antes.