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De olho no Brasil, Nissan prepara SUV baseado no Kicks para 2016

Conceito exibido no Salão de SP teve boa aceitação

Por Vitor Matsubara, de Detroit (EUA)
Atualizado em 22 mar 2024, 09h20 - Publicado em 13 jan 2015, 14h25
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    A Nissan deve lançar um novo SUV compacto no mercado brasileiro nos próximos anos. É o que afirma José Luis Valls, vice-presidente sênior da Nissan América Latina. “Estaríamos muito bem representados neste segmento com o lançamento do Kicks”, afirmou, em entrevista concedida a QUATRO RODAS no Salão de Detroit.

    O modelo foi a principal estrela da marca no último Salão do Automóvel de São Paulo, sendo apresentado com pompa por Shiro Nakamura, vice-presidente mundial de design da Nissan. Segundo a marca, a reação positiva diante do protótipo foi fundamental para definir a necessidade de ter um representante no segmento de SUVs no Brasil.

    >> Saiba tudo sobre o Salão de Detroit de 2015!

    Mas Valls não está de olho apenas nos utilitários esportivos. O anúncio da produção de um novo motor 1.0 de três cilindros inicialmente planejado para equipar o Versa nacional abre caminho para que o March ganhe o novo propulsor. Com estas novidades, a expectativa da Nissan é quase dobrar sua participação de mercado, passando dos atuais 2,7% para aproximadamente 5% até 2016.

    Veja abaixo a entrevista concedida por Valls durante o evento norte-americano, na qual ele também fala sobre a chegada da Infiniti ao Brasil:

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    Qual é a importância do mercado brasileiro para a Nissan?

    O Brasil é muito importante para nós. É um mercado estratégico com grande potencial de crescimento para a Nissan nos próximos anos, especialmente por ter uma frota muito grande e ser muito populoso. Acreditamos que podemos crescer bastante em 2015. Para se ter uma ideia, na América Latina, o Brasil responde por 60% dos aproximadamente 6 milhões de veículos vendidos pela Nissan. É por isso que desejamos crescer e conquistar uma participação mais significativa do mercado brasileiro. E só conseguiremos fazer isso abrindo novas fábricas e aumentando a produção cada vez mais.

    Qual seria a importância de uma possível expansão da fábrica de Resende?

    A fábrica de Resende pode ampliar sua capacidade produtiva em mais 200 mil unidades exigindo baixo investimento, chegando ao limite de sua capacidade produtiva. A partir daí podemos pensar no próximo passo, que seria iniciar as exportações, apesar das condições cambiais atuais serem desfavoráveis. Não seria algo para ser feito neste momento, mas estamos atentos a tudo no mercado.

    A Nissan pensa em entrar em segmentos nos quais ela ainda não está presente na América Latina?

    Sim. O segmento de SUVs compactos seria muito importante para nós, e creio que estaríamos bem representados com o lançamento do Kicks (protótipo apresentado no Salão do Automóvel de São Paulo). A resposta do público e da imprensa especializada foi muito positiva, o que nos faz crer que ele poderia fazer sucesso no Brasil. É por isso que por enquanto estamos trabalhando para lançá-lo até o fim de 2016.

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    Qual é a projeção da Nissan para crescer no mercado brasileiro nos próximos anos?

    Podemos chegar a aproximadamente 5% do mercado até o fim de 2016, considerando os atuais 2,7%. É claro que a fabricação do Versa no país nos ajudará a atingir esta meta, mas chegar neste patamar só será possível com o lançamento do Kicks.

    Vocês pretendem adotar o novo motor 1.0 de três cilindros em outros modelos além do Versa?

    Inicialmente apenas o Versa terá este motor, mas é claro que estudamos a possibilidade de aplicá-lo em outros modelos, como o novo March. Seria um caminho natural para nós, afinal o March é um de nossos maiores sucessos de venda. Nós também pensamos em outras melhorias além do novo motor, e a adoção de uma transmissão automática seria algo interessante para nós.

    Depois de ter adiado os planos por conta da crise e da valorização do dólar, quando a Infiniti pretende começar suas atividades no Brasil?

    A Infiniti é uma marca conhecida por duas características: esportividade e design. Além de seu envolvimento com a fórmula 1, ela oferece carros muito atraentes que podem agradar em cheio ao público brasileiro. Por enquanto estamos monitorando atentamente a estratégia das nossas concorrentes, que estão apostando em segmentos mais acessíveis dos veículos Premium. Ainda precisamos analisar o mercado brasileiro para escolher em quais segmentos poderemos lançar a marca Infiniti no Brasil, estabelecer uma rede de concessionárias independente da Nissan e também definir qual será o momento mais adequado para realizar sua estreia no país.

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