Confirmado pelo Governo Federal, o programa de incentivo para a compra de carros novos promete redução nos preços entre R$ 2.000 e R$ 8.000, a depender do índice de emissões, do índice de nacionalização dos componentes e dos preços, que não podem passar dos R$ 120.000.
Os novos preços dos carros mais baratos do Brasil deverão ser divulgados pelas respectivas fabricantes a partir de amanhã, mas o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin sinalizou que o Brasil poderá voltar a ter carros por menos de R$ 60.000.
“Um carro que atingir as três metas terá desconto de R$ 8.000. Temos um carro que custa R$ 68.990 e ele vai custar R$ 60.990. Na realidade vai ser menos de R$ 60.000, porque as indústrias vão dar desconto, então o preço será ainda menor que R$ 60.000”, disse Alckmin. Seria a volta do carro popular?
Hoje, o Renault Kwid e o Fiat Mobi, têm o mesmo preço: custam R$ 68.990 e são os carros mais baratos vendidos no Brasil. Ambos são fabricados no Brasil. O Citroën C3, por sua vez, tem versões a partir de R$ 69.990, mas ainda está em fase de nacionalização de alguns componentes, o que poderia afetar seu desconto.
Já existe uma tabela com o preço de carros de 20 marcas contemplados e que atendem, ainda que parcialmente, os requisitos para os descontos. É dessa tabela que vem a variação dos percentuais de descontos, entre 1,6% e 11,6%.
É essa variação do percentual de descontos que pode fazer com que as fabricantes apliquem descontos ainda maiores a fim de diminuir as distorções causadas por eficiência energética e índices de nacionalização distintos. O Governo acredita que essas medidas, apesar de serem temporárias, poderão incentivar a localização de peças e redução de emissões.
As medidas de redução nos preços dos automóveis não têm prazo definido, mas valor total definido: o Governo separou R$ 500 milhões em créditos fiscais para financiar essas medidas.