O sucesso do Audi Q3 é um dos responsáveis pela popularidade atual dos SUVs: a geração anterior fez a lição de casa ao combinar luxo, desempenho e boa capacidade para percorrer caminhos difíceis e chegou a ser líder do seu segmento.
A maioria dos Q3 vendidos no Brasil tem o motor 2.0 TFSI de 170 cv (180 a partir da linha 2016) na versão Ambiente, que traz de série o desejado teto solar panorâmico Open Sky, de acionamento elétrico. O câmbio S Tronic de dupla embreagem e sete marchas faz um belo conjunto com a tração integral Quattro, levando-o de 0 a 100 km/h em 7,8 s.
Quem não faz questão do teto solar deve ver a versão Attraction: apesar de mais simples, traz bancos de couro sintético, ar digital, volante multifuncional com borboletas para trocas de marcha, computador de bordo, freio de estacionamento elétrico e pneus 235/55 montados em rodas de liga leve de 17 polegadas.
Mais rápida é a top, Ambition, com 211 cv (220 cv a partir de 2016), que acelera de 0 a 100 km/h em 7 s sem abrir mão do bom consumo de 9 km/l na cidade e 13,8 na estrada.
Entre os destaques, há acabamento interno de alumínio, bancos com ajuste elétrico e rodas de liga aro 18 e pneus 235/50.
Todo 2.0 TFSI Quattro tem o Drive Select, com modos de condução específicos para conforto, esportividade ou economia. Agradam pelo elevado padrão do acabamento interno, com materiais de primeira linha e notável qualidade de construção.
A versão Ambiente volta a brilhar na preferência do público que escolheu o 1.4 TFSI de 150 cv, principal novidade do modelo 2016.
Herdado do Golf, o motor alavancou a popularidade do Audi Q3 e veio com o retoque na grade, faróis de xenônio e tração só dianteira através do câmbio S Tronic de seis marchas.
O Q3 manteve a agilidade mesmo com o motor menor: de 0 a 100 km/h em 9,5 s e mantém o bom consumo de 10,7 km/l na cidade e 13,1 km/l na estrada.
Para orçamentos curtos, opte pela Attraction: perde o ar bizona, teto solar, retrovisor fotocrômico, faróis bixenônio, som com dez alto-falantes e rodas aro 18.
O 1.4 TFSI tornou-se flex no início de 2017: o Audi Q3 nacional manteve visual e potência, mas ganhou a versão mais cara, Ambition, com os detalhes internos de alumínio e o som Bose.
Independentemente da versão, o Q3 sempre se destaca pelo espaço adequado para quatro adultos, que viajam com os joelhos alinhados aos quadris.
O porta-malas de 460 litros é mais que suficiente para um SUV que nunca teve a pretensão de ser um veículo familiar. Seu custo de manutenção está na média do segmento, mas vale tomar cuidado extra com as unidades que receberam blindagem.
A primeira geração do Audi Q3 foi vendida no Brasil até 2019, sendo que foi produzido no Brasil a partir de 2016.
Problemas e defeitos do Audi Q3
Câmbio S Tronic: No Audi Q3 1.4 TFSI, os discos de embreagem devem ser trocados por desgaste natural das peças, indicado por ruídos anormais de funcionamento. Já nos motores 2.0 TFSI, que utilizam a caixa banhada a óleo, o lubrificante deve ser substituído a cada 60.000 km.
Cabeçote: A injeção direta dos motores Audi/VW é notória pela carbonização nas válvulas de admissão, resultante da recirculação de gases da queima de gasolina com alto teor de enxofre. Também demanda cuidados com o tensionador da corrente de acionamento dos comandos, para evitar choques entre válvulas e pistões.
Direção: Folga excessiva nos mancais da caixa de direção são a origem de ruídos indesejados no sistema. Para solucionar o problema, basta reapertar os parafusos de fixação, mas em casos extremos vale a pena orçar a troca completa da caixa.
Adulteração na ECU: Os motores 1.4 TFSI e 2.0 TFSI são bem conhecidos dos preparadores, que fazem o remapeamento da central eletrônica e a elevação da pressão do turbo, o que aumenta torque e potência, mas compromete a vida do motor.
Recall: Houve apenas um, relacionado ao acionamento das luzes de freio pela alavanca do freio de estacionamento. Envolve os modelos 2016 e 2017 fabricados entre março de 2015 e dezembro de 2016.
A voz do dono
- Nome: Thiago Marinho
- Idade: 37 anos
- Profissão: empresário
- Cidade: São Bernardo do Campo (SP)
O que eu adoro: “Um automóvel adequado a qualquer situação. Na estrada, é rápido e veloz, com consumo reduzido frente ao desempenho. A elevada altura do solo também faz dele uma das melhores opções para a cidade.”
O que eu odeio: “O sistema de injeção direta exige manutenção frequente para evitar a temida carbonização das válvulas. Os valores cobrados na rede autorizada são bem acima da qualidade dos serviços prestados.”
Preço médio dos Audi Q3 usados
Modelo | 2014 | 2015 | 2016 | 2017 | 2018 | 2019 |
2.0 TFSI Quattro Attraction Gas. |
R$ 84.888
|
R$ 91.090 | R$ 100.545 | – | – | – |
2.0 TFSI Quattro Ambiente Gas. |
R$ 88.547
|
R$ 93.451 | R$ 103.444 | R$ 109.144 | R$ 134.015 | – |
2.0 TFSI Quattro Ambition Gas. | R$ 94.440 |
R$ 106.018
|
R$ 105.650 | R$ 117.730 |
R$ 146.550
|
– |
1.4 TFSI Attraction Gas. 150 cv | – | R$ 90.534 | R$ 98.406 | – | R$ 120.629 | |
1.4 TFSI Attraction Gas. 150 cv | – |
R$ 92.874
|
R$ 99.177 | – | – |
Nós dissemos
Fevereiro de 2012 “O sistema de tração Quattro permite que o Q3 contorne curvas como um esportivo compacto. Aliás, a dupla embreagem, as borboletas para trocas de marcha atrás do volante e o controle de largada são características comuns a bólidos do asfalto, não a aventureiros da lama.”
Pense também em um…
Range Rover Evoque: É a referência no segmento: linhas agressivas e muito luxo sem abrir mão da competência no fora de estrada. É impulsionado por um 2.0 turbo de 240 cv e 34,7 mkgf ou (a partir da linha 2015) pelo 2.2 turbodiesel de 190 cv e 42,8 mkgf. Mas as duas versões têm peças de reposição caras e exigem mão de obra especializada.
Preço das peças do Audi Q3
Peças | Original | Paralelo |
Para-choque dianteiro | R$ 4.336 | R$ 4.250 |
Farol completo (cada um) | R$ 4.890 | R$ 4.000 |
Disco de freio (par dianteiro) | R$ 2.968 | R$ 697 |
Pastilhas de freio (par dianteiro) | R$ 803 | R$ 779 |
Amortecedores (os quatro) | R$ 9.879 | R$ 4.015 |