O BYD Dolphin Mini ainda era chamado por aqui de Seagull quando teve seu lançamento no Brasil confirmado com “preço na faixa dos R$ 100.000”. A expectativa pelo carro foi enorme, mas esfriou assim que seus preço foi anunciado: R$ 115.800. Ou R$ 105.800 com o desconto de R$ 10.000 para quem havia entrado na pré-venda que começou em 25 de fevereiro.
Nas concessionárias, o carro ainda era vendido por R$ 105.800 no sábado (2). No site da pré-venda, porém, está a R$ 115.800.
Nas redes sociais, muitas reclamações de quem esperava que o carro custaria R$ 100.000 e, consequentemente, R$ 90.000 com o bônus da pré-venda (que começou antes do preço ser anunciado). A demora para a devolução do sinal de R$ 10.000, que é solicitada à fabricante por e-mail, também está desagradando muita gente.
Mas, em um primeiro momento, o cancelamento das reservas não foi tão alto quanto chegou a ser especulado. QUATRO RODAS conversou com vendedores de São Paulo, que minimizaram a situação. E o ritmo de cancelamento das reservas dependeria da região.
Informações divulgadas pelo jornalista João Anacleto dão conta de que no mesmo dia do lançamento, 28 de fevereiro, as concessionárias BYD conseguiram concluir a venda de 3.343 unidades do Dolphin Mini, ou 43,7% das cerca de 7.000 reservas que a fabricante havia registrado até a hora do lançamento.
Vendedores garantem que ainda houve procura de clientes querendo reservar o carro elétrico mesmo após a divulgação dos preços. E que ainda há tempo de converter mais vendas, pois os boletos emitidos na pré-venda tinham validade de 72 horas e os clientes teriam mais cinco dias a partir da compensação do pagamento para efetivar a compra.
Um dado importante é que das 3.343 unidades vendidas, 863 foram vendidas por concessionárias Carmais e Parvi, que atuam nas regiões Nordeste e Norte, e 403 foram vendidas pela Saga, que tem concessionárias em Brasília e Cuiabá. A Dahruj, que atua no estado de São Paulo, somou 378 unidades e a GoGreen, que atua Minas Gerais, Goiás e no Espirito Santo, somou 369 carros. Só o de São Paulo teve 745 vendas efetivadas no dia do lançamento.
Não havia preço, nem carregador
Na prática, nem mesmo os funcionários da BYD tinham ideia sobre o preço de lançamento do Dolphin Mini. Outro ponto é que, nos primeiros dias, os termos da pré-venda não incluíam nenhum carregador, nem portátil, nem wallbox.
Foi de última hora que decidiram “dar” um wallbox, avaliado em R$ 7.000, a todos os compradores do Dolphin Mini. Logo, o carro poderia ter sido lançado por R$ 98.800 na pré-venda e R$ 108.800 na tabela. Muito provavelmente teriam evitado cancelamentos. E o wallbox poderia ter sido oferecido a esses compradores com algum desconto.