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Pedágio sob medida

Entenda como funciona o sistema que cobra por trecho percorrido, que começa a operar a partir de julho

Por Isadora Carvalho
Atualizado em 20 mar 2024, 08h17 - Publicado em 9 Maio 2013, 17h30

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O preço dos pedágios das rodovias paulistas é o mais alto do país, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A média paulista é de 16,04 reais por 100 km rodados, enquanto a média brasileira é de 9,13 reais. Com a intenção de chegar a uma cobrança mais justa para os motoristas que percorrem curtas e médias distâncias, o governo de São Paulo já começou a implantar o sistema Ponto a Ponto. Tratase de uma cobrança de pedágio por trecho percorrido, feita por meio de pórticos instalados em pontos estrátegicos nas rodovias. Nesses portais, há antenas e leitores que funcionam na mesma frequência que os tags (chips) instalados no para-brisa.

“A proposta do Ponto a Ponto atende a um anseio antigo dos motoristas paulistas, que no pedagiamento convencional pagam uma tarifa muitas vezes incompatível com o trecho percorrido da rodovia”, diz Giovanni Pengue, assessor de projetos especiais da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp).

O sistema começou de forma experimental em 2012 na Rodovia Engenheiro Constâncio Cintra (SP-360), entre Itatiba e Jundiaí, e na Rodovia Santos Dumont (SP-75), que liga Campinas a Sorocaba. Ao todo são oito pórticos instalados, ao custo de 500 000 reais cada um. Por enquanto, só podem aderir ao projeto-piloto os proprietários de veículos dos municípios de Campinas, Indaituba, Salto, Itu, Cabreúva, Porto Feliz e Sorocaba. “Moro em Indaituba e vou a São Paulo pelo menos duas vezes por mês. Aderi ao novo sistema e meus gastos com pedágio caíram pela metade”, diz o empresário Antonio Carlos Silveira. O sistema será aberto a todos no fim de julho, quando será integrado com o das empresas de pedágio eletrônico atuais, como a Sem Parar. Com isso, o mesmo tag usado por elas será compatível com o do Ponto a Ponto. O primeiro pórtico que deverá funcionar comercialmente será instalado no km 147 da rodovia SP-340, que liga Campinas ao município de Mococa (SP).

Segundo a Artesp, uma pesquisa realizada com os usuários da SP-360 no primeiro mês de operação experimental revelou que 89% avaliaram positivamente o novo formato e outros 91% afirmaram ter economizado dinheiro. A seguir, veja algumas dúvidas que ainda cercam o sistema de pagamento de pedágio por trecho percorrido.

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No caso de utilizar a rodovia em toda sua extensão, o valor será maior que o preço do sistema convencional de cobrança?

A Artesp garante que o usuário que fizer viagem em toda a rodovia pagará exatamente o mesmo valor usando o Ponto a Ponto ou fazendo o pagamento do modo tradicional. Isso porque cada praça de pedágio já realiza a cobrança por um determinado trecho da rodovia. O Ponto a Ponto apenas possibilita fracionar esse valor total em ainda mais trechos, beneficiando principalmente os usuários em viagens de curta e média distância. Para os que percorrem longas distâncias, os principais ganhos são de tempo, porque o motorista não precisa reduzir a velocidade para passar pelo pórtico.

A tecnologia será implementada em todas as rodovias do país?

O sistema Ponto a Ponto é um projeto criado e financiado pelo governo do estado de São Paulo e será instalado apenas nas rodovias paulistas. Porém ele pode ganhar o Brasil com a criação do Sistema Nacional de Identificação Automática de Veículos (Siniav), que prevê a instalação de chip em toda a frota rodoviária do país com o objetivo de facilitar o controle da fiscalização dos carros e do tráfego. O dispositivo transmitirá os dados do veículo para antenas receptoras instaladas na principais vias e será compatível com o sistema Ponto a Ponto. Mas o Siniav não deve chegar tão cedo às nossas ruas, pois o Contran prorrogou o prazo de conclusão do programa para 30 de junho de 2015.

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Outros países já aderiram a esse sistema de cobrança do sistema ponto a ponto?

A cobrança por distância percorrida já é utilizada na Europa e nos Estados Unidos. Na França, a cobrança leva também em consideração o tamanho dos veículos. Na Itália e na Espanha, é possível percorrer a maioria das estradas sem ter de parar em nenhum ponto. Os Estados Unidos mesclam os dois sistemas, eletrônico e manual.

Como será a cobrança do pedágio?

Do mesmo modo que o Sem Parar, por compra de créditos pré-pagos ou pós-pagos na conta no fim do mês, já que o sistema Ponto a Ponto vai compartilhar as mesmas cancelas das empresas de pagamento eletrônico de pedágio. A partir deste ano serão três companhias, que vão brigar pelo mercado que antes estava concentrado no sistema Sem Parar (veja mais abaixo). Vale lembrar que as praças de pedágio manterão a cobrança dos trechos maiores, com é feita hoje.

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