Como funciona a regulagem automática de altura do farol? – Yana Garcia, Curitiba (PR)
Um sensor compensa a mudança na atitude do carro para evitar o ofuscamento dos outros motoristas.
A lógica é simples: quando o veículo está mais pesado, sobretudo no porta-malas, a suspensão traseira afunda mais que a dianteira. Isso faz com que os faróis apontem para cima, o que pode atrapalhar os carros que vêm no sentido contrário.
A correção é feita com um sensor que detecta a inclinação da carroceria e a compensa, abaixando automaticamente o facho de luz.
Ele normalmente usa uma pequena bieleta para se conectar com um dos braços da suspensão, mas o sistema pode variar de carro para carro.
O ajuste é igual ao de veículos com regulagem elétrica e manual de altura do farol: um motor dentro do conjunto óptico muda a posição do projetor de luz, alterando a direção do facho.
O sensor de inclinação também é usado para alterar a pressão dos freios entre os eixos e ajustar o funcionamento do ESC, ativando, por exemplo, o assistente de partida em rampa.
Mais inteligente
Modelos mais modernos vão além do ajuste automático de altura. O controle automático do facho tem se popularizado, e já está presente em modelos mais acessíveis, como Chevrolet Cruze e Volkswagen T-Cross.
Em configurações mais simples esse equipamento simplesmente liga ou desliga o farol alto (dos dois faróis ou de maneira independente) quando detecta um veículo na direção oposta ou imediatamente à frente do automóvel.
Variações avançadas conseguem dividir o facho da luz em diferentes segmentos, conseguindo fazer uma sombra ao redor dos carros à frente sem deixar de iluminar a área restante.
O ápice da tecnologia é o sistema de projeção, que permitirá até criar faixas de pedestres “virtuais” ao detectar um pedestre tentando atravessar a via, por exemplo.