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Longo retiro

Por Redação
28 set 2010, 20h53

i307

28493 km

Durante exatos 26 dias nosso Hyundai enfrentou constantes idas e vindas entre nossa garagem e a concessionária Caoa Robert Kennedy, em São Paulo. Tudo começou na revisão dos 20 000 km, após um alinhamento mal feito. A solução só veio após três idas à concessionária e 441 km rodados só em testes feitos por seus técnicos. O sintoma pré-revisão era mínimo: leve ruído na suspensão. No pós-revisão, eram vários: direção trepidando e puxando para a direita, além dos parafusos da suspensão danificados e sem aperto.

A tremedeira foi resolvida com a troca de uma das rodas, que estava amassada e que tinha sido passada para o eixo dianteiro pelos técnicos da concessionária, além do balanceamento. Só a troca da roda amassada custou 1 770 reais. E o problema da direção puxando foi solucionado após a concessionária desmontar novamente as torres de suspensão – que tinham sido postas abaixo para a troca dos batentes dos amortecedores – e detectar que os parafusos inferiores de fixação, que estavam com o sextavado arredondado, tinham sido limados no meio pelo técnico que efetuou o alinhamento. Uma “gambiarra perigosa” (palavras da concessionária) para corrigir o valor de cambagem – e que poderia causar a quebra do parafuso.

Em um primeiro momento, a concessionária sugeriu que o carro poderia ter sido alterado fora da concessionária. Negamos e questionamos se o carro já tinha chegado à concessionária com esses parafusos alterados. Em caso positivo, iríamos até Atibaia, à última concessionária que efetuou o alinhamento no carro, cobrar explicações. “O carro chegou com os parafusos intactos aqui”, afirmou o chefe de oficina Ney, da Caoa Robert Kennedy. Diante do fato de ninguém mais ter mexido no carro – além deles mesmos -, e frente aos diversos erros durante o alinhamento, o chefe de oficina pediu desculpas e explicou tudo que foi feito.

Além da troca dos parafusos defeituosos, o alinhamento foi revisto, com um equipamento de diagnose que mostra qual o ângulo de trabalho da direção elétrica. “Foi muito útil usá-lo”, afirmou o gerente da concessionária, Sérgio. “Facilitou para encontrarmos o alinhamento ideal.” Então por que não foi feito assim antes? O que importa é que, enfim, o carro ficou bom. Demorou, mas ficou.

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