34801 km
Talvez você já conheça o médico Milton Valente, pois não é a primeira vez que ele aparece no Longa Duração. Além de cuidar da saúde dos funcionários da Editora Abril, ele cultiva especial gosto por carros e acompanha de perto o movimento da nossa garagem. Dono de um Civic, o doutor Milton fez questão de avaliar nosso Smart. Após 15 minutos com o carro, ele nos liga para descrever a sensação causada pelo tranco da transmissão automatizada: “Escuta, parece que o Smart está freando sozinho nas trocas de marca, é normal?” Para nós, que estamos acostumados, sim. Mas que causa estranheza, isso é verdade.
Após um fim de semana com o carro, Valente reportou que o carro está “afogando para sair”. Na verdade, a sensação é causada pelo retardo do acelerador eletrônico. Essa demora, uma característica do carro, parece ter sido amenizada por alguns usuários, conforme relatos na comunidade do carrinho no Orkut. O remédio receitado para isso seria o Sprint Booster, vendido nos Estados Unidos. O equipamento, segundo o fabricante, reduz o tempo de resposta do pedal, tornando as acelerações mais rápidas. Oficialmente, a Smart afirma que “qualquer equipamento que não seja original não é recomendado pela marca”.
Outra reação anotada foi a luz do controle de tração, que piscava quando o Smart escalava uma lombada. A explicação para o sintoma está na programação conservadora do sistema, que atua ao menor sinal de perda de aderência. “Olha, eu odiei no começo, mas, no fim, gostei. Se eu fosse fazer um test-drive curto, não ia gostar”, diz Valente. Mas, depois de algumas curvas, elogiou a estabilidade do compacto: “Parece que ele anda sobre trilhos”. Será que ele receitaria o Smart para uso na cidade? “Para estacionar em lugares apertados, ele é ideal. Mas, pelo preço dele, eu escolheria um carro maior, como um Honda Fit. Entrega muito mais, custando o mesmo preço.”
Consumo
No mês (42,2% na cidade): Gasolina – 13,7 km/l
Desde set/09 (42,5% na cidade): Gasolina – 12,1 km/l