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Comparativo: os sedãs médios esquecidos pelo mercado

Mitsubishi Lancer, Kia Cerato, Citroën C4 Lounge, Peugeot 408, Hyundai Elantra, Nissan Sentra, Ford Focus e VW Jetta: qual é o melhor?

Por Paulo Campo Grande Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 1 mar 2018, 14h26 - Publicado em 15 ago 2017, 15h59
Estes sedãs custam menos de R$ 90.000
Estes sedãs custam menos de R$ 90.000 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Toda vez que alguém pensa em um sedã médio, é grande a chance de se lembrar do trio Corolla, Civic e Cruze, que são de longe os mais vendidos.

Observando o segmento, porém, é possível encontrar outras ofertas. Aqui, reunimos oito modelos que alcançam volumes de vendas bem mais modestos que os líderes, mas possuem atributos tão ou mais interessantes.

A primeira vantagem desse grupo é custar menos que o trio best-seller. O Jetta 1.4 TSI, por exemplo, que é o mais caro do grupo, custa menos que a opção mais simples do Cruze, a 1.4 T LT, a mais barata entre as versões básicas dos líderes. O VW custa R$ 94.190, enquanto o Chevrolet sai por R$ 95.890.

E não estranhe se os carros mostrados aqui não forem exatamente das versões consideradas, já que algumas montadoras não dispunham do modelo analisado para a sessão de fotos.


8° – Mitsubishi Lancer HL 2.0

A versão da foto é a GT, que tem teto solar e central multimídia, indisponíveis na HL
A versão da foto é a GT: o HL não tem teto solar nem rodas aro 18 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Levando em conta o preço, o Lancer é a primeira opção que surge, junto com o Kia Cerato. Ele custa R$ 74.990, enquanto os outros (com exceção do Cerato, vendido por R$ 72.990) estão acima R$ 80.000.

Além disso, o Lancer tem atributos como o motor 2.0 de 160 cv (um dos mais potentes do segmento) e 20,1 mkgf, o câmbio CVT de seis marchas virtuais, que permite trocas pelo volante e opção de modo sport, e a suspensão multilink atrás.

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Essas qualidades, porém, perdem força quando se analisa os custos de propriedade e o rendimento na pista. Seu seguro é caro: R $ 6.618 ou 9,3% do valor de tabela.

E, na pista, o Mitsubishi ficou com as piores médias de consumo. Fez 8,3 km/l na cidade e 12,6 km/l na estrada, enquanto o Elantra 2.0, por exemplo, conseguiu as médias de 11,5 km/l e 15,5 km/l, respectivamente.

O Lancer perde pontos também por ser o projeto mais antigo do comparativo. Seu design já não parece tão agressivo quanto na estreia, em 2012.

Volante multifuncional com padde shifts é de série (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Sua direção é hidráulica (tecnologia que está caindo em desuso) e, entre os equipamentos, sente-se falta de coisas como navegador GPS, sensor de estacionamento, Isofix e ESP.

Teste de pista (com gasolina)

  • Aceleração de 0 a 100 km/h:  10,6 s
  • Aceleração de 0 a 1.000 (segundos/km/h): 32 s/165,6
  • Velocidade máxima: 198 km/h
  • Retomada de 40 a 80 km/h (em D): 4,7 s
  • Retomada de 60 a 100 km/h (em D): 5,7 s
  • Retomada de 80 a 120 km/h (em D): 7,5 s
  • Frenagens de 60 / 80 / 120 km/h a 0: 17,4 / 29,6 / 70,3 m
  • Consumo urbano: 8,3 km/l
  • Consumo rodoviário: 12,6 km/l
  • Ruído PM/1° em máx.: 40,3/71,8 dB
  • Ruído a 80 km/h/120 km/h: 60,9/69,5 dB

Ficha técnica

  • Preço: R$ 74.990
  • Motor: gasolina, dianteiro transversal. 4 cil. em linha, 16V, DOHC, 1.998 cm³, 86 x 86 mm, 10:1, 160 cv a 6.000 rpm, 20,1 mkgf a 4.200 rpm 
  • Câmbio: automático, CVT, 6 marchas, dianteiro
  • Suspensão: McPherson (diant.), multilink (tras.)
  • Freios: discos ventilados (diant.), sólidos (tras.)
  • Direção: hidráulica, 3,2 voltas entre batentes; diâmetro de giro, 10,4 m
  • Rodas e pneus: 205/60 R16
  • Dimensões: comprimento, 457 cm, largura, 176,5 cm; alt., 149; entre-eixos, 263,5 cm. Porta-malas, 348 l; tanque de combustível, 59 l; peso, 1.375 kg; peso/potência, 8,6 kg/cv; peso/torque, 68,4 kg/mkgf
  • Garantia/assistência 24h: 3 anos/1 ano
  • Revisões (três primeiras): R$ 1.351
  • Seguro: R$ 6.618

7° – Kia Cerato 1.6

Kia: acabamento bem cuidado e troca de marchas no volante
Kia: acabamento bem cuidado e troca de marchas no volante (Christian Castanho/Quatro Rodas)

O Cerato é bem servido de equipamentos. Ele traz seletor de modos de condução, luzes diurnas de led, sensor crepuscular e de estacionamento, piloto automático e ar-condicionado dual zone.

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Falta, porém, ESP. Seu câmbio automático tem seis marchas e trocas no modo manual no volante, mas o motor 1.6 16V flex com 128 cv e até 16,5 mkgf a tardios 4.500 rpm é o mais fraco do comparativo.

Na pista, ele ficou entre os mais econômicos, com 12,1 km/l, na cidade, e 15,1 km/l, na estrada. Mas foi também o menos rápido, com 12,6 segundos, nas provas de 0 a 100 km/h.

As notas positivas vão para o nível de ruído, o mais baixo do comparativo em todas a condições de medição, e para a sensação de solidez ao dirigir. Ambas são resultado de uma nítida qualidade de construção.

O Kia chegou em 2010 e passou por uma reestilização ano passado. Mas as mudanças não foram suficientes para rejuvenescer seu estilo, especialmente na cabine.

Volante multifuncional é de série, mas faz falta um sistema multimídia (Christian Castanho/Quatro Rodas)

A garantia de fábrica, de cinco anos, é digna de aplausos, porém a Kia não oferece serviços de assistência 24h e seu seguro é o mais caro de todos: R$ 7.568 ou 9,5% do preço de tabela, segundo cotação da corretora Bidu (bidu.com.br), para um perfil de cliente padronizado.

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Na soma de prós e contras, ele conquista o sétimo lugar do comparativo.

Teste de pista (com gasolina)

  • Aceleração de 0 a 100 km/h:  12,9 s
  • Aceleração de 0 a 1.000 (segundos/km/h): 34,1 s/155,6
  • Velocidade máxima: 180 km/h
  • Retomada de 40 a 80 km/h (em D): 5,8 s
  • Retomada de 60 a 100 km/h (em D): 7 s
  • Retomada de 80 a 120 km/h (em D): 9,7 s
  • Frenagens de 60 / 80 / 120 km/h a 0: 18,6 / 30,6 / 68,1 m
  • Consumo urbano: 12,1 km/l
  • Consumo rodoviário: 15,1 km/l
  • Ruído PM/1° em máx.: 36,6/69,6 dB
  • Ruído a 80 km/h/120 km/h: 60,3/66,2 dB

Ficha técnica

  • Preço: R$ 72.990
  • Motor: flex, diant. transv. 4 cil., 16V, DOHC, 1.591 cm³, 77 x 85,4 mm, 12:1, 128/122 cv a 6.000 rpm, 16,5/16 mkgf a 4.500/5.000 rpm
  • Câmbio: automático, 6 marchas, dianteiro
  • Suspensão: McPherson (diant.), eixo de torção (tras.)
  • Freios: discos ventilados (diant.), sólidos (tras.)
  • Direção: elétrica, 3 voltas entre batentes; diâmetro de giro, 10,4 m
  • Rodas e pneus: 205/60 R16
  • Dimensões: comprimento, 456 cm; largura, 178 cm; altura, 144,5 cm; entre-eixos, 270 cm. Porta-malas, 421 l; tanque de combustível, 50 l; peso, 1.310 kg; peso/potência 10,2/10,7 kg/cv; peso/torque, 79,4/81,9 kg/mkgf
  • Garantia: 5 anos
  • Revisões (três primeiras): R$ 1.410
  • Seguro: R$ 7.568

6° – Citroën C4 Lounge 1.6 THP Tendance

No porta-malas cabem 450 litros. Direção tem assistência elétrica
No porta-malas cabem 450 litros. Direção tem assistência elétrica (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Equipado com o motor 1.6 THP de 173 cv, com turbo e injeção direta, o C4 superou os outros nas provas de desempenho. Ele foi mais rápido nas acelerações de 0 a 100 km/h, com o tempo de 9,2 km/h, e nas retomadas de 60 a 100 km/h, com 4,9 segundos.

A conta, porém, veio nas medições de consumo em que ele ficou com as médias de 8,5 km/l, na cidade, e 14,3 km/l. O C4 é flex, mas todos os sedãs rodaram com gasolina nos testes de pista para este comparativo.

No que diz respeito ao custo de propriedade, além do consumo, o C4 também pesa no bolso, na hora do seguro. Ele está entre os mais caros: R$ 7.496 ou 8,8% do preço de tabela.

Acabamento é esmerado e os plásticos são de boa qualidade; ar digital e central touchscreen não fazem parte da versão Origine (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Nem tudo é ruim no pós-venda do C4, no entanto. A Citroën tem um plano de revisões com preço fixo de R$ 1/dia, o que, ao final de três anos, resulta em R$ 1.095, o menor valor para as três primeiras revisões, consideradas no comparativo.

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No final das contas, o C4 termina em sexto lugar, porque fica devendo conteúdo. Na versão Tendance automática, ele traz controle de velocidade, ESP, hill assist e saídas de ar-condicionado para o banco traseiro.

Mas não oferece luzes de LED diurnas, chave keyless, sensor de chuva, sensor de estacionamento (ou câmera) e sensor crepuscular, entre outros itens.

O modelo chegará com o visual renovado no Brasil em abril deste ano.

Teste de pista (com gasolina)

  • Aceleração de 0 a 100 km/h:  9,2 s
  • Aceleração de 0 a 1.000 (segundos/km/h): 30,4 s/174,3
  • Velocidade máxima: 215 km/h
  • Retomada de 40 a 80 km/h (em D): 4,1 s
  • Retomada de 60 a 100 km/h (em D): 4,9 s
  • Retomada de 80 a 120 km/h (em D): 6,3 s
  • Frenagens de 60 / 80 / 120 km/h a 0: 15,5 / 27,2 / 64,2 m
  • Consumo urbano: 8,5 km/l
  • Consumo rodoviário: 14,3 km/l
  • Ruído PM/1° em máx.: 40,7/69 dB
  • Ruído a 80 km/h/120 km/h: 62,1/68,7 dB

Ficha técnica

  • Preço: R$ 90.290
  • Motor: flex, diant. transv. 4 cil., 16V, DOHC, injeção direta, turbocompressor, 1.598 cm³, 77 x 85,8 mm, 10,2:1, 173/166 cv a 5.000 rpm, 24,5 mkgf a 1.400 rpm
  • Câmbio: automático, 6 marchas, dianteiro
  • Suspensão: McPherson (diant.), eixo de torção (tras.)
  • Freios: discos ventilados (diant.), sólidos (tras.)
  • Direção: eletro-hidráulica, 3 voltas entre batentes; diâmetro de giro, 11,1 m
  • Rodas e pneus: 225/45 R17
  • Dimensões: compr., 462,1 cm, larg., 178,9 cm; alt., 150,5 cm; entre-eixos, 271 cm. Porta-malas, 450 l; tanque de combustível, 60 l; peso, 1.512 kg; peso/potência, 8,7/9,1 kg/cv; peso/torque, 61,7 kg/mkgf
  • Garantia/assistência 24h: 3 anos/2 anos
  • Revisões (três primeiras): R$ 1.095
  • Seguro: R$ 7.496

5° – Peugeot 408 1.6 THP Griffe

Motor THP e câmbio com trocas no volante deram novo ânimo ao 408
Motor THP e câmbio com trocas no volante deram novo ânimo ao 408 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Lançado em 2010 e reestilizado em 2014, o 408 já está visualmente desatualizado. Apesar disso, ele recebeu importantes melhorias ao longo dos anos, o que o faz chegar aqui no quinto lugar.

Em 2012, o 408 ganhou o motor 1.6 THP (o mesmo do C4), acompanhado do câmbio automático com trocas manuais no volante, recurso ausente no Citroën – o C4 só faz trocas na alavanca.

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Na pista de testes, ele repetiu o rendimento do C4, com ligeira melhora nos ensaios de consumo urbano e foi o melhor dos sedãs nas provas de frenagem de 80 a 0 km/h, com a marca de 26 metros.

Bem equipado, o 408 traz luzes diurnas de LED, sensor de estacionamento, piloto automático e ar-condicionado com saídas na traseira. No pós-venda, ele tem três anos de garantia, com cobertura do Peugeot Assistance, durante o mesmo período, e serviços de reboque durante oito anos.

Cabine sente bastante a idade do projeto; controles multifuncionais ficam atrás do volante (Christian Castanho/Quatro Rodas)

O seguro é dos mais baratos: R$ 6.270 ou 7,3% do preço sugerido pela fábrica, segundo nosso levantamento. Mas as despesas com as três primeiras revisões ( R$ 1.764) são as mais caras entre as apuradas.

Teste de pista (com gasolina)

  • Aceleração de 0 a 100 km/h:  9,4 s
  • Aceleração de 0 a 1.000 (segundos/km/h): 30,6 s/172,3
  • Velocidade máxima: 215 km/h
  • Retomada de 40 a 80 km/h (em D): 4,1 s
  • Retomada de 60 a 100 km/h (em D): 5 s
  • Retomada de 80 a 120 km/h (em D): 6,4 s
  • Frenagens de 60 / 80 / 120 km/h a 0: 14,9 / 26 / 59,5 m
  • Consumo urbano: 9,9 km/l
  • Consumo rodoviário: 14,2 km/l
  • Ruído PM/1° em máx.: 37,6/69,9 dB
  • Ruído a 80 km/h/120 km/h: 60,8/68 dB

Ficha técnica

  • Preço: R$ 84.990
  • Motor: flex, diant. transv. 4 cil., 16V, DOHC, injeção direta, turbocompressor, 1.598 cm³, 77 x 85,8 mm, 10,2:1, 173/166 cv a 5.000 rpm, 24,5 mkgf a 1.400 rpm
  • Câmbio: automático, 6 marchas, dianteiro
  • Suspensão: McPherson (diant.), eixo de torção (tras.)
  • Freios: discos ventilados (diant.), sólidos (tras.)
  • Direção: eletro-hidráulica, 3 voltas entre batentes; diâmetro de giro, 11,1 m
  • Rodas e pneus: 225/45 R17
  • Dimensões: comprimento, 468,1 cm, largura, 182 cm; alt., 151,4; entre-eixos, 271 cm. Porta-malas, 526 l; tanque de comb., 60 l; peso, 1.415 kg; peso/potência, 8,2/8,5 kg/cv; peso/torque, 57,8 kg/mkgf
  • Garantia/assistência 24h: 3 anos/3 anos
  • Revisões (três primeiras): R$ 1.764
  • Seguro: R$ 6.270

4° – Hyundai Elantra 2.0

Elantra tem design clean. Versão básica vem com ar-condicionado manual
Elantra tem design clean e atual, com linhas harmoniosas (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Recém-chegado à sexta geração, o Elantra causou boa impressão no teste de estreia, com design de linhas limpas, comportamento dinâmico equilibrado e um generoso pacote de equipamentos.

A versão avaliada na ocasião era a mais completa, que custa R$ 114.990. Na configuração analisada agora (R$ 90.414), a lista de série é menor e menos sofisticada.

Considerando apenas os recursos frequentemente presentes nos rivais, o Elantra traz piloto automático e Isofix, mas fica devendo ESP, luzes diurnas, faróis de neblina, sensor de estacionamento, sensor de chuva e sensor crepuscular.

O estilo clean e o comportamento dinâmico (com boas marcas de desempenho e consumo) não mudaram na versão de entrada escolhida para este comparativo, mas a redução na oferta de equipamentos pesou para que ele ficasse no quarto lugar, atrás de competidores que se apresentaram mais bem equipados, entre outras virtudes.

Versão de entrada não traz ar digital e central multimídia de 7 polegadas (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Mas se os itens de série são escassos, o pós-venda elogiado rende vários pontos. O Elantra se destaca com a garantia de cinco anos e o plano de assistência 24h (ausente na Kia) com um ano de duração. Seu seguro é de R$ 6.396 ou 7,5% do valor do carro.

Teste de pista (com gasolina)

  • Aceleração de 0 a 100 km/h:  10,9 s
  • Aceleração de 0 a 1.000 (segundos/km/h): 31,8 s/170,1
  • Velocidade máxima: 195 km/h
  • Retomada de 40 a 80 km/h (em D): 4,5 s
  • Retomada de 60 a 100 km/h (em D): 5,9 s
  • Retomada de 80 a 120 km/h (em D): 7,3 s
  • Frenagens de 60 / 80 / 120 km/h a 0: 15,9 / 27 / 63,9 m
  • Consumo urbano: 11,5 km/l
  • Consumo rodoviário: 15,5 km/l
  • Ruído PM/1° em máx.: 39,9/70,5 dB
  • Ruído a 80 km/h/120 km/h: 60,7/67,4 dB

Ficha técnica

  • Preço: R$ 90.414,89
  • Motor: flex, diant. transv. 4 cil., 16V, DOHC, CVVT, 1.999 cm³, 81 x 97 mm, 12,1:1, 167/157 cv a 6.200 rpm, 20,6/19,2 mkgf a 4.700 rpm
  • Câmbio: automático, 6 marchas, dianteiro
  • Suspensão: McPherson (diant.), eixo de torção (tras.)
  • Freios: discos ventilados (diant.), sólidos (tras.)
  • Direção: elétrica, 2,8 voltas entre batentes; diâmetro de giro, 10,9 m
  • Rodas e pneus: 205/60 R16
  • Dimensões: comprimento, 457 cm, largura, 180 cm; altura, 146,5; entre-eixos, 270 cm. Porta-malas, 407 l; tanque de comb., 56 l; peso, 1.780 kg; peso/potência, 10,7/11,3 kg/cv; peso/torque, 86,4/92,7 kg/mkgf
  • Garantia/assistência 24h: 5 anos/1 ano
  • Revisões (três primeiras): R$ 1.379
  • Seguro: R$ 6.396

3° – Nissan Sentra 2.0 S

O Sentra foi reestilizado em 2016. Volante de três raios traz visual esportivo
Reestilizado em 2016, o Sentra mantém um estilo sóbrio e discreto (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Campeão no comparativo Menor Custo de Uso 2017, o Sentra confirmou seu favoritismo nesse aspecto, com três anos de garantia, assistência 24h com cobertura de dois anos, baixo consumo, revisões programadas baratas (R$ 1.139 na soma das três primeiras) e seguro na média do segmento (R$ 6.199, ou 7,6% do valor de tabela).

Assim como o Elantra, o Sentra perde terreno para os rivais por oferecer pacotes de equipamentos mais completos apenas nas versões mais caras. Mas nesse quesito ele bate o Hyundai com folga.

Na configuração 2.0 S, que custa R$ 82.900, o Nissan traz dispositivos importantes como ESP, chave presencial, sensor de estacionamento, sensor crepuscular e repetidores de LED nos retrovisores.

Mas nega outros recursos igualmente interessantes, como central multimídia e piloto automático. No dia a dia, o Sentra é um carro confortável e bom de dirigir.

Versão S tem ar-condicionado manual e som mais simples (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Mas seu motor 2.0 16V de 140 cv, o segundo mais fraco dos oito pareados, fica devendo desempenho melhor. Ele acelerou de 0 a 100 km/h em 12 segundos (a segunda pior marca do comparativo). Também não esteve entre os melhores no consumo de combustível.

Teste de pista (com gasolina)

  • Aceleração de 0 a 100 km/h: 12 s
  • Aceleração de 0 a 1.000 (segundos/km/h): 33,7 s/155,6
  • Velocidade máxima: 186 km/h
  • Retomada de 40 a 80 km/h (em D): 5,3 s
  • Retomada de 60 a 100 km/h (em D): 6,9 s
  • Retomada de 80 a 120 km/h (em D): 9,3 s
  • Frenagens de 60 / 80 / 120 km/h a 0: 16 / 28,4 / 63,8 m
  • Consumo urbano: 10,1 km/l
  • Consumo rodoviário: 14,5 km/l
  • Ruído PM/1° em máx.: 43,4/75,3 dB
  • Ruído a 80 km/h/120 km/h: 60,8/66,5 dB

Ficha técnica

  • Preço: R$ 82.900
  • Motor: flex, dianteiro, transversal 4 cilindros, 16V, DOHC, CVVT, 1.997 cm³, 84 x 90,5 mm, 9,7:1, 140 cv a 5.100 rpm, 20 mkgf a 4.800 rpm
  • Câmbio: automático, CVT, dianteiro
  • Suspensão: McPherson (diant.), eixo de torção (tras.)
  • Freios: discos ventilados (diant.), sólidos (tras.)
  • Direção: elétrica, 3,4 voltas entre batentes; diâmetro de giro, 10,6 m
  • Rodas e pneus: 205/50 R17
  • Dimensões: comprimento, 463,6 cm, largura, 176,1 cm; altura, 150,4; entre-eixos, 270 cm. Porta-malas, 503 l; tanque de combustível, 52 l; peso, 1.327 kg; peso/potência, 9,5 kg/cv; peso/torque, 66,4 kg/mkgf
  • Garantia/assistência 24h: 3 anos/2 anoS
  • Revisões (três primeiras): R$ 1.139
  • Seguro: R$ 6.199

2° – Ford Focus Fastback SE 2.0

Focus tem de série rodas de liga leve e volante multifuncional
Focus tem de série rodas de liga leve; caimento da traseira rendeu a denominação fastback (Christian Castanho/Quatro Rodas)

O Focus teve uma disputa muito parelha com o Jetta. O empate técnico só não ocorreu por pequenos detalhes que pesaram contra o Ford.

Do ponto de vista do estilo, ele não dá sinais de cansaço, ao contrário do Lancer e do 408. Apresentado em 2012, o Focus recebeu atualização em 2014 e mantém uma impressão agressiva.

Ao volante, o Focus se destaca tecnicamente pelo motor 2.0 flex com injeção direta e respeitáveis 178 cv de potência e a suspensão traseira multilink. Mas o câmbio automatizado Powershift de seis marchas já teve sua cota de reclamações (no Brasil e no mundo), e perde em confiabilidade para o tradicional Tiptronic do Jetta.

Entre os equipamentos, a versão SE (R$ 85.200) traz uma boa oferta: vem com ESP, assistente de partidas em rampas, controle de torque em curvas, aviso de baixa pressão nos pneus, faróis de neblina, sensores crepuscular e de chuva, luzes diurnas e central multimídia.

Tela da central na versão SE é de 4,2 polegadas, menor que a da foto (Christian Castanho/Quatro Rodas)

O desempenho e o consumo de combustível estão entre os melhores do comparativo, assim como a dirigibilidade afiada, na medida para quem prioriza o prazer ao dirigir.

E, no pós-venda, apesar de ter um custo de manutenção dos mais caros, perdendo apenas para o do 408 neste confronto, o Ford conta com três anos de garantia de fábrica e assistência 24h pelo mesmo período, o que só o Peugeot tem.

Teste de pista (com gasolina)

  • Aceleração de 0 a 100 km/h: 10 s
  • Aceleração de 0 a 1.000 (segundos/km/h): 30,9 s/174,6
  • Velocidade máxima: 206 km/h
  • Retomada de 40 a 80 km/h (em D): 4,2 s
  • Retomada de 60 a 100 km/h (em D): 5,2 s
  • Retomada de 80 a 120 km/h (em D): 6,7 s
  • Frenagens de 60 / 80 / 120 km/h a 0: 15,9 / 27,7 / 60 m
  • Consumo urbano: 10,1 km/l
  • Consumo rodoviário: 15,2 km/l
  • Ruído PM/1° em máx.: 37,1/71,3 dB
  • Ruído a 80 km/h/120 km/h: 60,4/67,5 dB

Ficha técnica

  • Preço: R$ 85.200
  • Motor: flex, diant., transv. 4 cil., 16V, DOHC, injeção direta, 1.999 cm³, 87,5 x 83,1 mm, 12:1, 178/175 cv a 6.500 rpm, 22,5/21,1 mkgf a 4.500 rpm
  • Câmbio: automatizado, dupla embreagem, 6 marchas, dianteiro
  • Suspensão: McPherson (diant.), multlink (tras.)
  • Freios: discos ventilados (diant.), sólidos (tras.)
  • Direção: elétrica, 2,6 voltas entre batentes; diâmetro de giro, 11 m
  • Rodas e pneus: 215/50 R17
  • Dimensões: comprimento, 453,8 cm, largura, 182,3 cm; altura, 146,9; entre-eixos, 264,8 cm. Porta-malas, 421 l; tanque de comb., 55 l; peso, 1.399 kg; peso/potência, 7,9/8 kg/cv; peso/torque, 62,2/66,3 kg/mkgf
  • Garantia/assistência 24h: 3 anos/3 anos
  • Revisões (três primeiras): R$ 1.632
  • Seguro: R$ 7.487

1° – Volkswagen Jetta 1.4 TSI Comfortline

Jetta ganhou face-lift em 2015. É o único da turma com quatro airbags
Jetta ganhou facelift em 2015, mas não perdeu o jeitão de “carro de frota” (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Apresentado em 2011, o Jetta ganhou um face-lift em 2015 e traz atributos do mesmo nível dos do Focus. Ele tem motor 1.4, com turbocompressor e injeção direta, que gera 150 cv de potência e 25,5 mkgf (o maior torque entre os sedãs aqui testados); câmbio automático de seis marchas e suspensão traseira multilink.

O espaço interno do Jetta é maior para os passageiros no banco traseiro, assim como o porta-malas (510 litros, contra 421 no Focus). Em relação aos equipamentos, a paridade se repete. Mas a VW privilegiou a segurança, enquanto a Ford apostou no conforto.

O Jetta não só tem central multimídia como conta com quatro airbags (dois a mais que o rival) e sensores de estacionamento dianteiro e traseiro (ausentes no Focus). Controles de estabilidade e tração e retrovisores elétricos com repetidores de seta e aquecimento – para não embaçar – completam o pacote.

Na pista de testes, o Jetta andou junto com o Focus, com o tempo de 10,3 segundos, na aceleração de 0 a 100 km/h, contra os 10 segundos cravados pelo Ford. As retomadas foram quase idênticas, e o consumo também ficou equilibrado – o Jetta bebe menos na cidade e mais na estrada.

Ele é o único com quatro airbags, mas o ar digital não faz parte da versão Trendline (Christian Castanho/Quatro Rodas)

No final, o VW leva o comparativo pelo conteúdo mais equilibrado e a melhor dirigibilidade, mas seu triunfo perde o brilho por conta de seu fraco pacote de pós-venda. A garantia de fábrica é de três anos, mas os serviços de assistência 24h dura apenas um ano.

Além disso, o Jetta (ao contrário de outros modelos VW) não tem plano de revisões com preço fixo. E seu seguro, apesar de mais em conta que o do Focus, C4 e Cerato, não é dos mais baratos.

A sétima geração do sedã chegará ao Brasil ainda este ano.

Teste de pista (com gasolina)

  • Aceleração de 0 a 100 km/h: 10,3 s
  • Aceleração de 0 a 1.000 (segundos/km/h): 31,2 s/170,7
  • Velocidade máxima: 206 km/h
  • Retomada de 40 a 80 km/h (em D): 4,1 s
  • Retomada de 60 a 100 km/h (em D): 5,6 s
  • Retomada de 80 a 120 km/h (em D): 6,7 s
  • Frenagens de 60 / 80 / 120 km/h a 0: 15,7 / 26,4 / 58,2 m
  • Consumo urbano: 11,5 km/l
  • Consumo rodoviário: 14,7 km/l
  • Ruído PM/1° em máx.: 42,9/65,8 dB
  • Ruído a 80 km/h/120 km/h: 63,7/67,9 dB

Ficha técnica

  • Preço: R$ 94.190
  • Motor: gasolina, diant., transv. 4 cil., 16V, DOHC, injeção direta, turbocompressor, 1.395 cm³, 74,5 x 80 mm, 10:1, 150 cv a 5.000 rpm, 25,5 mkgf a 1.500 rpm
  • Câmbio: automático, 6 marchas, dianteiro
  • Suspensão: McPherson (diant.), multlink (tras.)
  • Freios: discos ventilados (diant.), sólidos (tras.)
  • Direção: elétrica, 3 voltas entre batentes; diâmetro de giro, 11,1 m
  • Rodas e pneus: 225/45 R17
  • Dimensões: comprimento, 465,9 cm, largura, 177,8 cm; altura, 147,3; entre-eixos, 265,1 cm. Porta-malas, 510 l; tanque de comb., 55 l; peso, 1.298 kg; peso/potência, 8,7 kg/cv; peso/torque, 50,9 kg/mkgf
  • Garantia/assistência 24h: 3 anos/1 ano
  • Seguro: R$ 6.848

Veredicto

Com preços mais em conta que Corolla, Civic e Cruze, o segundo pelotão dos sedãs tem opções atraentes. O Cerato é o mais barato e ainda vem bem equipado.

Para quem quer desempenho, C4 e 408 são boas indicações. Já o diferencial do Elantra está no pós-venda, embora os menores custos de propriedade sejam os do Sentra. 

Focus e Jetta apresentam os melhores conjuntos, mas o Jetta sai campeão por ter uma lista de equipamentos superior, além de ser o mais agradável de dirigir, apesar do preço.

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