Audi A3: liberado para longas jornadas

O manual do Audi A3 diz que nos primeiros 1.000 km o motor não deve ser submetido a rotações elevadas. Para não cairmos na tentação de dar uma esticadinha nas marchas, evitamos pegar estrada até que o hodômetro indicasse os 1.000 km. Sacrifício algum, afinal essa é a mesma quilometragem em que ocorre o primeiro teste de todo carro de Longa Duração. Posteriormente, aos 60.000 km, uma nova rodada de testes permite uma comparação dos resultados, como a que foi feita com a S10 da nossa frota.

Por padrão do Longa Duração, todo modelo flex é abastecido com 100% de etanol, para permitir cálculos e comparativos de consumo ao longo do teste. E como uma das grandes novidades do A3 nacional é justamente a capacidade de ingerir uma dieta bicombustível, ele vai rodar com álcool durante os 60.000 km que nos fará companhia.

A vida em perímetro urbano confirmou a impressão que tivemos à época da apresentação do A3 Sedan brasileiro, em outubro de 2015: no uso diário, a ado��ão da suspensão traseira baseada em eixo de torção em substituição ao multilink, que equipava o modelo importado, não faz muita falta. Mas bastou encarar um trecho de serra para ver que não é bem assim: “Há muitas curvas mal projetadas em nossas estradas, que exigem variação de ângulo de esterço do volante enquanto são contornadas. É nesse tipo de situação, com uma curva surpresa dentro da principal, que a multilink se mostra mais eficiente, facilitando a vida do motorista e transmitindo mais segurança para todos a bordo”, diz o editor Péricles Malheiros.