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Vídeo: Ford Maverick GT V8 Quadrijet era sonho dos jovens nos anos 70

O modelo é equipado com o lendário motor V8 Windsor de 302 polegadas cúbicas que recebeu alterações mecânicas pra render até 257 cv

Por Felipe Bitu Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 10 mar 2022, 18h04 - Publicado em 10 mar 2022, 17h25

Nada de motor V8, carroceria duas portas e tanque de combustível de 100 litros. Mais de 40 anos após ser descontinuado, o Ford Maverick voltou à vida, mas não da forma como conhecemos e sim como uma picape intermediária, rival da Fiat Toro.

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Se você faz parte de um seleto grupo de entusiastas que valoriza e exalta o surgimento do Maverick em seu formato de maior sucesso: cupê, irá gostar do vídeo que preparamos com o modelo equipado com o lendário motor V8 Windsor de 302 polegadas cúbicas que rendia até 197 cv e pode chegar a 257 cv no modelo Quadrijet.

Ford Maverick
Ford Maverick (Divulgação/Ford)

Como tudo começou?

O carro popular apresentado pela Ford em 1969 foi feito para combater modelos compactos como Plymouth Duster, AMC Hornet, além de modelos importados de Volkswagen, Datsun e Toyota.

Sucessor do Ford Falcon, o Maverick custava apenas US$ 1.995 e continuava sendo um automóvel barato, confiável e muito fácil de manter.

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Suas proporções eram semelhantes às do Torino e do Mustang: um cupê de capô longo e traseira curta, com o teto em queda suave no melhor estilo fastback, modismo que nasceu nos autódromos e que dominou o final da década de 60.

_Estilo_fastback_dos_Ford_1969
(Reprodução/Internet)

Seu sucesso foi instantâneo: mais de meio milhão de unidades vendidas no primeiro ano de produção. As versões mais simples recebiam motores Ford de seis cilindros em linha, mas o V8 Windsor de 302 polegadas cúbicas entrou para a lista de opcionais em 1971.

No Brasil

Por aqui sua primeira aparição ocorreu em novembro de 1972, por ocasião do VIII Salão do Automóvel de São Paulo. O Maverick ocupou a lacuna entre o popularíssimo Corcel e o sofisticado Galaxie, em uma faixa de mercado já dominada pelo Chevrolet Opala.

Herança do Ford Itamaraty, o motor de seis cilindros e três litros ainda contava com válvulas de escapamento no bloco. Seu rendimento estava abaixo do esperado: mais de 20 segundos para ir de 0 a 100 km/h, com máxima de 150 km/h e consumo médio de 7,7 km/litro.

Ford Maverick
Ford Maverick (./Reprodução)

Por outro lado, o V8 Windsor de 302 polegadas cúbicas consumia em média 7,2 km/litro mas desenvolvia 197 cv brutos e 39,5 kgfm. Importado, era oferecido como opcional nas versões Super e Super Luxo mas era equipamento de série na versão esportiva GT.

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Logo no lançamento, o teste de QUATRO RODAS registrava as marcas do novo “monstro”. Apenas 11,6 segundos na prova de 0 a 100 km/h e 178 km/h cravados na máxima.

Ford Maverick GT-4 em comparativo contra Opala SS-4
Ford Maverick GT-4 em comparativo contra Opala SS-4 (Quatro Rodas/Quatro Rodas)

A alavanca do câmbio de quatro marchas, bem próxima do motorista, faz com que se mudem as marchas com facilidade e rapidez. Durante a troca, uma acelerada. Menos para manter o giro, mais para ouvir o som dos oito cilindros embalando a agulha do pequeno conta-giros sobre o volante.

Era caracterizado por travas no capô, faróis auxiliares, rodas e pneus mais largos, alavanca do câmbio no assoalho e bancos dianteiros separados por console.

Vitorioso nas pistas

E foi o V8 que em agosto de 1973 consolidou o Maverick no folclore automotivo brasileiro: nas mãos dos pilotos Bird Clemente, Nilson Clemente e Clóvis de Moraes o motor foi essencial para estrear nas pistas com uma vitória sobre o Chevrolet Opala nas 25 horas de Interlagos.

Equipado com o novo motor 250-S o Opala deu o troco nas 25 horas de Interlagos de 1974 mas para superá-lo o chefe de equipe Luiz Antônio Greco desenvolveu o lendário Maverick Quadrijet.

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Ford Maverick
Ford Maverick nas 25 Horas de Interlagos (Pedro Henrique e Cláudio Laranjeira/Quatro Rodas)

O V8 recebeu carburador Holley de corpo quádruplo, coletor Edelbrock e comando de válvulas esportivo Iskenderian. Inclusive é essa versão Quadrijet que foi escolhida para o nosso vídeo.

Os cabeçotes receberam tuchos sólidos, molas duplas e juntas de cabeçote mais finas: a potência do Maverick Quadrijet chegava a 257 cv brutos, suficientes para acelerar de 0 a 100 km/h em 7,8 segundos e alcançar os 200 km/h.

Avaliado em julho de 1974 o Maverick Quadrijet exigia habilidade nas arrancadas para evitar que os pneus perdessem tração. A taxa de compressão mais alta exigia o uso de gasolina azul: o consumo variava de 2,2 a 6,5 km/l.

Ford Maverick
Propaganda exaltava o bom consumo do Maverick (Ford/Reprodução)

O começo do fim

O domínio nas pistas não se refletiu no mercado: o Maverick foi afetado pela crise petrolífera de 1973. Em uma época em que o Brasil importava 80% do petróleo consumido o barril saltou de US$ 3,00 para US$ 12,00.

Desta forma, em junho de 1975 foi lançado o motor Ford OHC 4 cilindros, com comando de válvulas no cabeçote e fluxo cruzado de gases. O novo motor de 2,3 litros rendia 99 cv, garantindo consumo médio de 9,1 km/l.

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Segunda fase do Ford Maverick
Segunda fase do Ford Maverick (Quatro Rodas/Quatro Rodas)

Mas era tarde demais para salvar a imagem do Maverick. Baseado num projeto alemão o Opala oferecia maior espaço interno e pesava cerca de 150 kg a menos, com reflexos óbvios no consumo e desempenho.

A bem sucedida carreira do Maverick foi encerrada nos EUA em 1977, com mais de 2 milhões de unidades produzidas. Neste mesmo ano começou a segunda fase do Maverick no Brasil, com diversas alterações técnicas e estéticas. Mas o prego no caixão do Maverick foi martelado pela própria Ford: o Corcel II lançado em 1978.

A Ford chegou a considerar uma reestilização completa do Maverick mas o cenário incerto da economia mundial decretou seu fim em 1979.

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A edição 755 de QUATRO RODAS já está nas bancas!
A edição 755 de QUATRO RODAS já está nas bancas! (Arte/Quatro Rodas)
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