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SUVs para PcD dão prejuízo e podem desaparecer até setembro

A defasagem do valor teto (R$ 70.000) para a venda de modelos PcD está inviabilizando a manutenção das versões exclusivas para este público

Por Isadora Carvalho Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 16 out 2020, 15h03 - Publicado em 11 ago 2020, 18h43
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  • Na linha 2021, a versão Sense, destinada a PcD teve as vendas suspensas (Divulgação/Volkswagen)

    A lei para PcD tornando-se mais rigorosa a partir de 2021 trouxe atenção para uma outra questão: a escassez de modelos SUVs para o mercado PcD. 

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    Só neste ano já se soma seis modelos com vendas suspensas, e todas de versões exclusivas para o público PCD. É o caso do Citroën C4 Cactus Business, Peugeot 2008 Allure Pack, Renault Duster Life e Captur Life Plus, Volkswagen T-Cross Sense e Chevrolet Tracker PCD.

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    Essa verdadeira debandada tem uma explicação bem simples e clara. Há quase 12 anos o valor teto para aquisição de modelos PcD com isenção de ICMS é o mesmo: R$ 70.000. Esse preço foi definido em setembro de 2008 em uma determinação do Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária) e desde então não teve nenhuma alteração.

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    Comunicado da VW sobre a suspensão de vendas do T-Cross Sense (Reprodução/Quatro Rodas)

    “Considerando que 40% do custo de produção de um veículo está indexado ao dólar e de que há 12 anos o dólar estava cotado a R$ 1,80 e atualmente a R$ 5,40 é notório a impossibilidade de manter o mesmo valor”, diz Ricardo Martins, vice-presidente da Anfavea.

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    O executivo afirma que todas as fabricantes estão tendo prejuízo com a venda de modelos para PcD devido a esse limite de preço defasado.

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    Tracker 1.0 Turbo em versão para PCD (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    “Acredito que se esse valor se mantiver vai inviabilizar o comércio das versões para PcD, principalmente dos SUVs, já a partir de setembro. Nenhuma fabricante consegue ter qualquer margem vendendo seus modelos por esse preço”, diz Martins.

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    O levantamento realizado pela ABRIDEF (Associação Brasileira da Indústria, Comércio e Serviços de Tecnologia Assistiva para Pessoas com Deficiência) é ainda mais alarmante.

    O estudo aponta que, a partir do segundo semestre de 2020, as fábricas não vão mais suportar segurar os preços e as pessoas ficarão sem opção de modelos para aquisição com isenção. 

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    Pode parecer alarmante, mas os sedãs compactos mais baratos com câmbio automático têm preços ao redor dos R$ 65.000 atualmente. E hatches, mesmo automáticos, raramente são uma opção prática para PcDs.

    Aumento para R$ 90.000?

    As organizações e entidades de defesa ao público com deficiência têm pleiteado, com o apoio da Anfavea, o aumento do teto há alguns anos, mas ainda sem sucesso.

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    Segundo Martins, ainda em agosto deve ocorrer uma reunião para decidir qual será o aumento solicitado e em outubro o Confaz deve decidir aumentar ou não.

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    “Se essa atualização de preço se confirmar ainda em outubro pode viabilizar o retorno de alguns modelos descontinuados ainda em 2020”, afirma.

    Segundo a Abridef o novo valor sugerido de teto será de R$ 90.000. O preço considerou um valor médio de mercado, mas sem as correções monetárias atualizadas do período em que ficou estagnado.

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    (Arte/Quatro Rodas)

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