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Com nova plataforma de elétricos da Hyundai um carro pode carregar o outro

Nova plataforma é pensada para carros exclusivamente elétricos, aproveitando melhor o espaço interno e a energia armazenada nas baterias

Por Eduardo Passos
Atualizado em 2 dez 2020, 18h23 - Publicado em 2 dez 2020, 18h21
Visão geral da E-GMP, que será base para 23 carros elétricos até 2025
Visão geral da E-GMP, que será base para 23 carros elétricos até 2025 (Divulgação/Hyundai)

Os planos para o futuro da Hyundai e Kia envolvem carros ainda mais parecidos, mecânica compartilhada e, claro, propulsão elétrica. Foi pensando nisso que o grupo coreano apresentou sua nova plataforma veicular, que estreia no ano que vem e será base para nada menos que 23 veículos lançados nos próximos cinco anos.

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Batizada de E-GMP (sigla em inglês para Plataforma Modular Elétrica-Global), a plataforma tem eficiência energética como foco principal, e não poupou recursos de vanguarda para tornar os EVs cada vez mais atrativos ao consumidor comum.

A intenção é apoiar toda a produção de elétricos na E-GMP ao longo dos próximos anos. Para tanto, a plataforma será desde em compactos até SUVs, passando pelos crossovers. Sua chegada está marcada para o ano que vem, através do futurístico Ioniq 5.

Mecânica

Os números da E-GMP surpreendem quando comparados aos veículos tradicionais, mas não fogem muito do esperado de carros elétricos. Desse modo, os 23 modelos inéditos da coreana devem atingir até 260 km/h, acelerando de 0 a 100 km/h em 3,5 s quando com 600 cv de potência.

O motor dianteiro da E-GMP é opcional, e se junta ao traseiro, de série, para fornecer tração nas quatro rodas
O motor dianteiro da E-GMP é opcional, e se junta ao traseiro, de série, para fornecer tração nas quatro rodas (Divulgação/Hyundai)

Ponto fraco do segmento, a autonomia foi estendida através de novas baterias, com maior capacidade energética. Posicionadas junto ao assoalho, as células são do tipo bursiforme, semelhantes a baterias de celular gigantes e dispostas paralelamente. 

Assim, as células — que são unidas em pequenos pacotes — podem ser retiradas ou adicionadas do módulo de acordo com a exigência de cada projeto. Segundo a Hyundai, as novas baterias usam de 40% a 60% menos componentes, reduzindo peso e custo. Assim, a empresa aposta em até 500 km de alcance para seus futuros EVs.

As células bursiformes da bateria são empilhadas em módulos conforme a demanda energética e entre-eixos do carro
As células bursiformes da bateria são empilhadas em módulos conforme a demanda energética e entre-eixos do carro (Reprodução/Hyundai)

Flexibilização importante enquanto a rede de recarga segue em expansão, a E-GMP poderá ser carregada tanto em sistemas de 400 ou 800 volts de tensão, sem necessidade de adaptadores especiais. Dessa forma, o motorista poderá optar pela recarga “a jato”, se disponível, ou pela recarga normal.

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A plataforma também conta com o (cada vez mais comum) fluxo bidirecional de energia, que permite utilizar a carga do veículo para alimentar eletrônicos, ferramentas e tudo ligável à tomada. Até mesmo uma ‘chupeta’ pode ser feita, recarregando um EV através de outro.

Esse esquema ilustra os diferentes fluxos de energia possíveis na E-GMP. Um verdadeiro gerador ambulante.
Esse esquema ilustra os diferentes fluxos de energia possíveis na E-GMP. Um verdadeiro gerador ambulante. (Divulgação/Quatro Rodas)

Segundo a montadora, o sistema pode fornecer até 3,5 kW de energia e alimentar um aparelho de ar-condicionado de médio porte e uma televisão de 55 polegadas por até 24 horas.

Drift com carros elétricos?

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Um detalhe peculiar na E-GMP é que seu motor principal fica na traseira, gerando tração nesse eixo dos seus carros. Compacta, a unidade motriz fica próxima ao solo, de modo a não ocupar o espaço do porta-malas e abaixar o centro de gravidade do veículo.

Visão geral do chassi com destaque aos dois motores próximos ao solo. Intenção é melhorar a dirigibilidade e aproveitar espaço
Visão geral do chassi com destaque aos dois motores próximos ao solo. Intenção é melhorar a dirigibilidade e aproveitar espaço (Divulgação/Hyundai)

Caso opte por um carro com tração integral, o consumidor levará para casa um modelo com motor adicional, localizado na dianteira. Mesmo nesses carros, será possível optar entre 4×4 e 4×2, mantendo vivo o sonho do motorista em competir no Ultimate Drift com seu poderoso elétrico.

O motor principal da plataforma é traseiro. A Hyundai está alimentando desejos ousados...
O motor principal da plataforma é traseiro. A Hyundai está alimentando desejos ousados… (Divulgação/Quatro Rodas)

Chegada ao Brasil

Questionada sobre prazos para o mercado latino-americano, os executivos liderados por Fayez Abdul Rahman, vice-presidente sênior do Centro de Desenvolvimento de Arquitetura Veicular do grupo, desconversaram, afirmando que manterão estratégias e tendências vigentes.

Com planos de comercializar até um milhão de EVs em cinco anos, Hyundai e Kia preparam uma primeira investida nos três principais mercados — China, Europa e Estados Unidos — penetrando em países secundários, como o Brasil, posteriormente.

Atualmente, países emergentes como a Índia já contam com o SUV elétrico Kona. O novo Creta, que chega por aqui em 2022, não virá com sua versão híbrida, entretanto.

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