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Índia investe pesado em etanol e cobra carros flex de Mercedes e BMW

Seguindo modelo brasileiro, Índia quer carros flex para diminuir dependência do petróleo e reduzir a emissão de poluentes

Por Eduardo Passos
29 jun 2021, 14h09
Com um dos maiores mercados automotivos do mundo, Índia tem pressa para superar o petróleo
Com um dos maiores mercados automotivos do mundo, Índia tem pressa para superar o petróleo (Hiki Liu/Unsplash)

Em busca de controlar a escalada no preço do combustível, ao mesmo tempo que reduz a imensa emissão de carbono de sua população, a Índia antecipou um plano de estímulo a motores flex no país.

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A decisão foi anunciada nesta segunda-feira (28) por Nitin Gadkari, ministro dos transportes local, e será detalhada ao longo dos próximos meses, quando o governo revelará planos de estímulos e novas regras no setor energético.

De acordo com Gadkari, países como Brasil e EUA são bons exemplos da coexistência entre álcool e derivados do petróleo. Desta forma, ao invés de modelos inteiramente movidos pelo combustível “verde”, a nação asiática quer promover motores flex, que também aceitem gasolina.

Um dos principais motivos do plano tem a ver com o preço dos combustíveis: atualmente, um litro barato de gasolina na Índia está cotado a cerca de R$ 6,65. Já o álcool poderia custar por volta de R$ 4,05, acredita o governo indiano.

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Nitin Gadkari, ministro de Transportes da Índia
Nitin Gadkari, ministro de Transportes da Índia (PTI/Reprodução)

Enfático, o ministro reforçou que, a partir de hoje, novas licenças para postos de etanol serão emitidas e, aproveitando a presença de executivos da indústria, cobrou que fabricantes como Mercedes-Benz, BMW e Toyota lançassem modelos flex no país.

Mais uma vez de olho em nosso país, o político realçou como o planejamento brasileiro estimulou que essas marcas produzissem carros como o BMW 320i e Mercedes-Benz C 180 movidos por dois combustíveis.

Grãos indianos que seriam desperdiçados agora servirão de matéria-prima
Grãos indianos que seriam desperdiçados agora servem de matéria-prima (Deepak Kumar/Unsplash)

A geopolítica também está envolvida e, com uma frota superior a 30 milhões de carros, a Índia se vê muito dependente de importações petrolíferas, já que sua produção interna dá conta de apenas 18% da demanda. 

Portanto, o álcool é a opção ideal para cumprir a meta de que, ano que vem, esse número suba para 33%. As típicas motocicletas indianas já aderiram ao plano e montadoras como TVS e Bajaj vendem motos movidas só a E100.

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Para atender à procura ainda residual, a Índia já fabrica álcool a partir da cana-de-açúcar. Para ampliar a produção, o Governo autorizou a fabricação também a partir de milho, arroz e outros grãos excedentes.

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Mercedes C 180 fabricados no Brasil ganharam versão flex (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Ao contrário do etanol americano, que leva 15% de gasolina pura na composição, a Índia seguirá mantendo o padrão brasileiro, puro. Cada vez mais parecidos em diversos aspectos, os dois países também se igualarão na proporção da gasolina, que, a partir de 2025, levará 25% de álcool também na nação asiática.

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