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Henessey Venom F5 quer bater o Chiron com tecnologia centenária

Supercarro quer quebrar recordes com comando de válvulas no bloco, tecnologia do início do século XX

Por Henrique Rodriguez Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 30 ago 2018, 15h36 - Publicado em 30 ago 2018, 15h19
Motorzão gera mais de 1.600 cv (Hennessey/Divulgação)

Futuro concorrente de Bugatti ChironKoenigsegg Agera, o Hennessey Venom F5 teve seu design revelado no ano passado. Agora, a fabricante texana mostrou o motor com o qual quer superar os grandes superesportivos da atualidade e alcançar os 484 km/h. 

Se o Venom GT tinha chassi Lotus e motor GM, desta vez a Hennessey está disposta a fazer tudo do zero: o Venom F5 tem chassi e motor da própria empresa.

Venom F5 usará motor V8 twin-turbo e tem tração traseira (Hennessey/Divulgação)

O motor em questão é um V8 7.6 twin-turbo todo usinado em alumínio – um processo que pode levar dias, de acordo com a Hennessey.

Ele gera de 1.622 cv (1.600 hp) a 7.200 rpm e 179,7 mkgf de torque a 4.400 rpm, e chega a estes números surpreendentes com pouca tecnologia se comparado aos concorrentes.

Processo de usinagem é demorado, mas a Hennessey quis deixar o nome do seu supercarro estampado no bloco (Hennessey/Divulgação)

Nada de sistema híbrido, arrefecimento complexo ou sistemas eletrônicos muito sofisticados. Este motor ainda OHV (em inglês, Over Head Valve), ou seja, tem comando de válvulas no bloco acionado por varetas, um sistema que começou a ser utilizado em 1904, pela Buick.

Em tempos de motores 1.0 com duplo comando de válvulas variável acionado por correias, correntes ou atuadores, está longe de ser a opção mais moderna. Mas o atual Chevrolet Camaro ainda usa o mesmo sistema do Venom F5.

Motor ainda tem comando de válvulas no bloco, por varetas (Hennessey/Divulgação)

Mas a Hennessey parece ter conseguido superar um dos grandes problemas do comando por varetas, que são a perda mecânica e o desafio de fazer o motor alcançar altos giros sem flutuação de válvulas – que é quando as válvulas não conseguem fechar a tempo de um novo comando para que se abram.

Tanto parecem ter conseguido que este motor pode girar a até 8.000 rpm.

Turbocompressor é roletado e tem rotor usinado (Hennessey/Divulgação)

Por outro lado, este motor tem cárter seco, como o do Chiron. Neste caso, em vez do óleo que lubrifica o motor ficar depositado no cárter sob o motor, ele fica acumulado em um reservatório separado, onde seu resfriamento é mais eficiente.

A lubrificação se dá exclusivamente sob pressão – em motores “normais”, ela funciona por gravidade. Isso também impede falhas de lubrificação quando o carro está correndo em circuitos fechados ou pistas sinuosas.

Os dois enormes turbocompressores são roletados e geram até 1,6 bar de pressão, cada, na admissão do V8. Os compressores internos também são usinados e os coletores são de inox.

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Design foi pensado em prol da aerodinâmica (Hennessey/Divulgação)

Há duas opções de câmbio, automatizado de uma embreagem e outro manual, ambos de seis marchas.

Com apenas 1.338 kg e design pensando para ser eficiente do ponto de vista aerodinâmico, o Venom F5 não teve seu número de zero a 100 km/h divulgado ainda.

Mas a Hennessey garantiu um 0-300 km/h em menos de 10 segundos e o 0-400 km/h em 20 segundos.

No F5, câmbio sequencial é padrão e o manual é opcional (Hennessey/Divulgação)

O esportivo texano terá apenas 24 unidades produzidas e as primeiras das 15 que já foram encomendadas só serão entregues em 2019. O preço não é nada convidativo: 1,6 milhão de dólares, mas há US$ 600 mil de opcionais à disposição dos futuros compradores.

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