Brasileiro aceita carro elétrico
Pesquisa mostra que modelos a bateria fariam sucesso no Brasil
Realizada pela consultoria Deloitte, a primeira pesquisa com consumidores brasileiros sobre a intenção de compra de veículos elétricos revelou que a maioria dos entrevistados demonstra interesse na compra de um carro sustentável movido a bateria.
O Brasil é um dos 17 países incluídos na pesquisa, que ouviu 13000 consumidores. “Entrevistamos 530 brasileiros e a constatação é de que 70% deles comprariam um carro elétrico, sendo que 30% declararam que provavelmente vão adquirir um modelo”, diz o sócio de finanças corporativas da consultoria, Ricardo de Carvalho, que ressalta que esse índice é superior ao registrado no Canadá e nos Estados Unidos.
O alto preço da tecnologia é, segundo a pesquisa, um aspecto mais importante para o consumidor brasileiro que para o europeu. Boa parcela dos brasileiros, 64%, só compraria um carro elétrico caso o preço fosse o mesmo de um carro com motor a combustão. O investimento inicial mais alto só seria justificado com uma vantagem financeira expressiva. Caso o preço da gasolina aumente para patamar superior a 4,30 reais por litro, 89% considerariam seriamente a compra de um veículo elétrico, mesmo que o investimento inicial seja mais alto.
Em relação às categorias de modelos preferidas para carros elétricos, 33% comprariam um sedã médio, 19% um sedã compacto e 16% um hatch.
A autonomia é outro quesito importante, apesar de 74% dos pesquisados percorrerem até 80 km por dia – 70% exigem que o carro seja capaz de rodar até 320 km sem precisar recarregar a bateria. No que se refere ao local onde tal recarga deve ser feita, 93% consideram a praticidade da recarga em casa como importante ou extremamente importante. “O tempo médio para recarregar a bateria também foi abordado e a maioria considera que o tempo aceitável é de até 4 horas”, afirma Carvalho, que destaca ainda que 66% acreditam que os carros elétricos são melhores que os tradicionais em termos de tecnologia. “Notamos que o consumidor brasileiro está aberto. É questão de tempo e de incentivos”, afirma Carvalho.