BMW M5 híbrido de 727 cv leva consumo do seu V8 de 9 km/l para 62 km/l
BMW M5 2025 ganhou novo visual, mas o destaque é por conta da nova versão híbrida plug-in, que ganhou potência e torque mas ficou muito mais econômica
Depois de apresentar o novo M2, chegou a vez do mais luxuoso dos sedãs esportivos da BMW ser revelado. O novo BMW M5 mudou seu visual, mas o grande destaque é a estreia de versões com mecânica híbrida plug-in. O novo M5 PHEV, por conta da maior bateria instalada, pode ser recarregado em eletropostos e permitir rodagem 100% elétrica por dezenas de quilômetros.
Como se espera de um esportivo, o conjunto eletrificado também veio para trazer mais potência: t tradicional V8 4.4 turbo agora entrega 569 cv e 71,4 kgfm — antes eram 600 cv e 76,4 kgfm —, mas, se aliado ao motor elétrico, o conjunto chega aos 727 cv e 102,0 kgfm.
Apesar do significativo aumento de potência e torque, seu desempenho de 0 a 100 km/h piorou. O BMW M5 2025 cumpre o teste em 3,5 s, enquanto o M5 2024 levava 3,3 s. Culpa da própria eletrificação, que deixou o sedã esportivo 484 kg mais pesado (2.445 kg, ao todo) por conta do motor extra e da bateria. Pelo menos a velocidade máxima segue a mesma: 250 km/h para o M5 padrão e 306 km/h para quem optar pelo pacote M Drive.
Já que não é possível ir mais rápido, pelo menos os donos gostarão do consumo de um híbrido plug-in. A BMW divulga médias entre 58 e 62 km/l de gasolina, segundo o ciclo WLTP e dependendo da rodagem ser na cidade, estrada ou ambos. Mas é preciso deixar a bateria sempre carregada pois, caso contrário, o V8 terá que assumir todo o trabalho pesado, jogando o consumo para cerca de 9 km/l.
O alcance em modo totalmente elétrico serve para o dia a dia: Até 69 km, mas que será menos se você acelerar até os 140 km/h de máxima no regime elétrico. A bateria de 18,6 kWh tem suporte para carregamento AC de até 7,4 kW, mas o tempo de carga não foi divulgado.
A transmissão do M5 é a Steptronic automática de oito velocidades. Assim como na versão anterior, a tração é dividida entre as quatro rodas. Porém, o motorista pode decidir quanto de força cada eixo irá receber, podendo até transformar o carro em um autêntico RWD. O Diferencial Ativo M é capaz de dividir a potência entre as rodas do lado esquerdo ou direito com mais eficiência. O bloqueio diferencial tem ajustes específicos, claro, para o uso em autódromos.
Para quem gosta de uma condução mais esportiva, há borboletas no volante que permitem a troca de marchas manual. Há até um “macete” para facilitar a vida do motorista que gosta de esportividade pois ao o segurar o paddle shift esquerdo, entra o Boost Control que, de uma vez, deixa todos parâmetros do carro no modo mais agressivo que há.
Na dianteira, o M5 usa suspensão duplo A com componentes de alumínio, mais leves para reduzir a massa não suspensa e não torná-lo ainda mais pesado. A suspensão traseira foi amplamente modificada para permitir os esterçamento das rodas; junto vieram novidades nos amortecedores adaptativos, que podem ser ajustados de maneiras distintas em cada roda.
Esteticamente, o M5 é bem parecido com o Série 5, seu irmão “bonzinho”, principalmente na versão elétrica que estreou no Brasil em fevereiro. Isso porque os dois têm os mesmos faróis e a mesma grade fechada e com bordas iluminadas. Até o símbolo ‘M’, que aparece no i5 M60, única versão vendida por aqui, também está presente no esportivo, porém um pouco mais destacado e com o número ‘5’ do lado.
Se quiser ver alguma diferença, olhe para o para-choque dianteiro. Além do desenho próprio, a peça do M5 tem entradas de ar maiores, tanto nas extremidades, quanto no centro. A traseira é outra com conjunto óptico idêntico ao do i5, se diferindo pelos novos defletores verticais e o para-choque mais esportivo e com escapamentos (dois, no caso).
As rodas são de 20’’ na frente e 21’’ na traseira e têm três designs diferentes. De fábrica, o M5 vem equipado com disco de 16’’ e pinça de seis pistões na dianteira e de 15,7 polegadas com pistão único nas rodas de trás, mas pode-se pagar mais pela opção em carbono-cerâmica.
Por dentro, o M5 foge um pouco do seu lado esportivo: os bancos são os M Function, que buscam ser um meio termo entre o conforto e a esportividade. Enquanto isso, o novo volante é revestido em couro e estreia um novo design. Entre outras mordomias, o M5 traz iluminação ambiente, sistema de som Hi-Fi da Bowers & Wilkins, teto panorâmico Sky Lounge, assentos aquecidos e ar-condicionado de quatro zonas.
Há também um conjunto de telas, sendo de 12,3’’ para o quadro de instrumentos e de 14,9’’ para a central multimídia. A BMW adicionou ao esportivo seu novo sistema operacional 8.5, que tem como objetivo abrigar e facilitar o acesso às diversas funções do carro. É por esse motivo que vemos um painel e console central mais limpos, livres de muitos botões ou comandos.
O BMW M5 fará sua estreia oficial durante o Goodwood Festival of Speed, que acontecerá no Reino Unido entre os dias 11 e 14 de julho. O preço base sugerido para os EUA será de US$ 119.500, aproximadamente R$ 658.000 na cotação atual, um pouco mais caro que M5 da geração passado, que chegou estreou com o preço de US$ 102.600 (R$ 564.900).
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