Protestos e bloqueios em rodovias brasileiras, provocado por manifestantes que não reconhecem o resultado da eleição presidencial, que teve Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como vencedor, motivaram a Toyota a interromper a produção de automóveis no Brasil na terça-feira (01/11).
De acordo com a empresa, as fábricas de Sorocaba, Indaiatuba e Porto Feliz, todas no interior de São Paulo. As fábricas de Indaiatuba e Sorocaba fabricam automóveis, Corolla Cross, Yaris e Yaris Sedan e Etios para exportação, enquanto a de Porto Feliz produz motores. Apenas a fábrica de São Bernardo do Campo (SP), que produz componentes e está em processo de desativação, não foi impactada até o momento.
Nesta terça, a empresa chegou a operar no primeiro turno das fábricas, mas não conseguiu concluir a produção do dia. As manifestações impede o fluxo logístico de componentes e de automóveis. A suspensão foi mantida nesta quarta-feira (02/11) em função do feriado de Finados.
“A empresa está monitorando a situação a todo o momento para checar a viabilidade de voltar à operação no menor espaço de tempo possível. A unidade de São Bernardo do Campo permanece com suas atividades normais.”, diz a fabricante japonesa em nota.
A Toyota não é a única fabricante de automóveis com problemas provocados pelas manifestações contrárias à derrota de Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno das eleições presidenciais, no último domingo.
As fábricas da Stellantis, em Porto Real (RJ) e Volkswagen Caminhões e ônibus em Resende (RJ), no sul fluminense, estão com a produção paralisada desde segunda-feira (31). A Jaguar Land Rover também interrompeu a produção em Itatiaia (RJ) por questões de segurança, assim como a Michelin, que tem fábrica na mesma cidade.
Na região metropolitana de Curitiba (PR), a Renault não retomou a produção de automóveis na última segunda-feira por falta de componentes. A linha de produção de automóveis do Complexo Ayrton Senna estava parada desde 23 de outubro, quando a fabricante francesa deu férias coletivas a seus funcionários.