Guia de usados: VW Amarok tem dirigibilidade de carro de passeio
Primeira picape média projetada pela VW é conhecida por conforto e boa dirigibilidade, mas também por vários problemas mecânicos

A Volkswagen sempre foi conhecida pela dirigibilidade de seus modelos: direção precisa, freios comunicativos e respostas imediatas dos comandos sempre estiveram entre suas virtudes. E não foi diferente com a Amarok.
Esqueça o rodar saltitante e barulhento dos utilitários: o conforto e a dirigibilidade da picape feita na Argentina são compatíveis com um bom automóvel de passeio.
Projetada e produzida pela VW, ela se destacou pela suavidade e silêncio do motor diesel 2.0 biturbo, com 163 cv e torque de 40,8 mkgf – que mais tarde seria um dos protagonistas do escândalo de manipulação de resultados de emissões de poluentes no mundo inteiro.
Outro destaque é a tração 4Motion, que trabalha de acordo com as condições de aderência – o motorista nunca precisa acionar a tração 4×4.

Estreou só na versão Highline, trazia airbag duplo, freios ABS com EBD (distribuição eletrônica de frenagem), BAS (sistema de assistência dos freios), RBS (controle de filme de água nos discos) e um ajuste específico para off-road.
Havia ainda controle de tração, rodas aro 18 polegadas, bancos de couro, ar digital bizona e câmbio manual de seis marchas.
As versões mais simples vieram logo depois: a Trendline perdeu o ar digital e o couro e recebeu rodas aro 17, mas manteve trio elétrico, piloto automático e som com CD/MP3, Bluetooth e USB.

A maior crítica era a falta do câmbio automático, que veio em 2012 na versão mais cara, Highline: a caixa sequencial de oito marchas veio com 180 cv e 42,8 mkgf. Restrita a frotistas, a SE é identificada pelas rodas de 16 polegadas e ausência de cromados.
Abaixo, está a versão S, com rodas de aço, para–choques pretos e motor com apenas um turbo, de 122 cv (140 cv a partir de 2013). Fuja da rara versão 4×2, que tem baixíssima procura.
Além da leve reestilização na linha 2017, a Amarok ganhou uma nova versão topo de linha chamada Extreme.
Mesmo assim, a picape ainda tem muito a evoluir na opinião dos donos: todos os entrevistados mencionaram problemas mecânicos que minaram sua confiabilidade.

Por isso, não é raro ver a Amarok anunciada por valores abaixo da tabela: a maioria se cansou de brigar com a rede autorizada VW, quase sempre incapaz de solucionar as avarias.
Onde o bicho pega
Correia dentada

Não é raro a correia romper por excesso de poeira, o que levou a VW a criar o EDK (Engine Dust Kit) para evitar a contaminação da peça. Na dúvida, peça a um mecânico que cheque a peça.
Válvula EGR
Responsável por recircular os gases de escapamento, essa válvula apresenta vazamento da água do radiador. O problema foi abordado pela seção Autodefesa e só costuma ser solucionado com a troca ou supressão do componente.
Filtro de partículas
O filtro DPF retém partículas de fuligem resultantes da queima do diesel. Com o passar do tempo, ele fica saturado, impedindo o bom funcionamento do motor. A regeneração do filtro de partículas deve ser feita na rede autorizada ou em oficinas com maquinário apropriado.
Freio ABS
Luz acesa no painel em geral indica falhas nos sensores de rotação das rodas, o que tambem afeta o ESP. É preciso substituir os sensores, reprogramar o sistema e apagar os códigos de avarias.
Recalls
Há três deles: um para reparar possível fissura na linha de combustível, outro para problemas de fixação das pinças de freio dianteiras e um terceiro, que envolve o deflagrador do airbag e o pré-tensionador do cinto – que aumentam o risco de lesões em caso de acidente.
A voz do dono
Nome: José Guilherme Valente Bohns Filho
Idade: 39 anos
Profissão: comerciante
Cidade: Pelotas (RS)
O que eu adoro
“De todas as picapes médias, é a melhor em tecnologia, conforto e dirigibilidade: a impressão é a de estarmos em um Jetta, tamanha a suavidade do motor e da transmissão automática.”
O que eu odeio
“A confiabilidade mecânica não existe: nem parece VW. É impossível viajar por 1.000 km em boas estradas sem receio de falha mecânica. Uma picape cara, mas que só transmite segurança para ir ao shopping.”
Nós dissemos

Dezembro de 2012 – “Morro abaixo, é a que transmite a maior sensação de segurança, graças ao HDC, um assistente eletrônico que evita que o carro embale e dispensa o uso do freio, situação que quase sempre leva à perda de controle. Na hora de subir, no entanto, a situação se inverte e a Amarok foi a que mais sofreu para cumprir a prova.”
Preço médio dos usados (FIPE)
Modelo | 2011 | 2012 | 2013 | 2014 | 2015 | 2016 |
S 4×2 | 62.835 | 65.701 | 69.010 | – | – | – |
S 4×4 | 63.706 | 65.703 | 69.020 | 74.185 | 90.228 | 93.223 |
SE 4×4 | 64.121 | 66.758 | 69.646 | 76.286 | 91.033 | 99.254 |
Trendline 4×4 | 64.972 | 68.578 | 75.184 | 78.154 | 99.208 | 106.365 |
Trendline 4×4 aut. | – | – | 80.702 | 92.149 | 92.149 | 116.731 |
Highline 4×4 aut. | – | 81.975 | 89.873 | 101.655 | 118.478 | 142.337 |
Preço das peças
Original | Paralelo | |
Para-choque (dianteiro) | 4.391 | 1.300 |
Farol (cada um) | 1.024 | 700 |
Pastilhas de freio (par diant.) | 591 | 195 |
Discos de freio (par diant.) | 620 | 580 |
Amortecedores | 2.258 | 1.500 |
Embreagem | 1.962 | 1.200 |
Pense também em uma…
Toyota Hilux (7ª geração):

De 2005 a 2015, foi a primeira picape de vocação urbana. Quem faz questão do diesel deve levar a versão SR (3.0 de 163 cv). Câmbio automático de quatro marchas só na SRV, com 4×4 de série. Ainda há a gasolina (2009) e a flex (2012). Seu forte é robustez, baixa manutenção e o pós-venda da Toyota.
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