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Toyota bZ4X: como anda o SUV elétrico que pode ser lançado no Brasil

Líder mundial entre híbridos, Toyota não tem sucesso com seus elétricos, mas melhorou o SUV bZ4X, que até tem chances de ser lançado no Brasil

Por Joaquim Oliveira Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
8 dez 2025, 11h36
TOYOTA bZ4X
 (Divulgação/Quatro Rodas)
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Os japoneses começam, lentamente, a investir de forma mais séria nos modelos totalmente elétricos. Tal como seus parentes próximos Lexus RZ e Subaru Solterra, o bZ4X continua a ter como base técnica a plataforma e-TNGA (Toyota New Global Architecture elétrica). O design, no entanto, foi reformulado. O visual ficou mais esportivo e a aerodinâmica – fundamental em qualquer veículo elétrico – está mais apurada. O coeficiente de arrasto aerodinâmico baixou de 0,29 (muito alto) para 0,27 (mais aceitável).

A carroceria continua repleta de arestas, seguindo a linguagem de design atual da marca japonesa. A dianteira em forma de “cabeça de martelo” não foi muito alterada, assim como os arcos de roda largos e as proeminentes lanternas traseiras em formato de bumerangue. Tal como anteriormente, a longa distância entre-eixos (2,85 m, ou 16 cm a mais do que o RAV4) abre caminho para um interior muito espaçoso, que se nota quando nos sentamos no banco traseiro.

TOYOTA bZ4X
(Divulgação/Quatro Rodas)

A ampla largura beneficia até mesmo o passageiro central, que, certamente, apreciará o fato de não existir túnel no chão interferindo em seus pés e pernas (ali, há apenas uma pequena elevação de 2 cm). A boa altura acolhe passageiros de até 1,90 metro. O volume do porta-malas é de 452 litros, inferior ao do RAV4 (520 a 580 litros) e também menor que SUVs elétricos concorrentes, caso do Mustang Mach-E (502 l) e do VW ID.4 (543 l).

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Outro ponto negativo é que não existe frunk (porta-malas dianteiro), ao contrário de alguns rivais. A equipe de design também fez uma revisão do interior. A tela tátil de 14” substitui a anterior, de 12,3”; e o console central, antes muito intrusivo, foi rebaixado em 10 centímetros, criando espaço livre onde podem ser colocados dois celulares (o carregamento é sem fio).

TOYOTA bZ4X
Console rebaixado em 10 cm melhorou o conforto do motorista, mas porta–luvas ainda faz falta (Divulgação/Quatro Rodas)
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Dessa forma, a Toyota resolve um dos aspectos que não agradavam no carro de 2022: o motorista ficava um pouco preso entre o painel da porta, excessivamente largo, e o console (algo totalmente diferente da maioria dos carros elétricos, conhecidos por suas áreas amplas e desobstruídas).

Porém, permanece a inexistência do porta-luvas, o que é bastante insólito. Estreado no bZ4X original, o botão giratório no console controla a transmissão de uma marcha. À direita, encontra-se o computador para o Modo Eco (que estranhamente não limita a velocidade máxima de 160 km/h do veículo, o que beneficiaria a autonomia) e o modo X, uma tecnologia desenvolvida pela Subaru para terrenos com aderência limitada ou desafiadora.

TOYOTA bZ4X
Modelo tem bom espaço interno, até mesmo para passageiros que estão no meio do banco traseiro; porta-malas é de 452 litros (Divulgação/Quatro Rodas)

A Toyota tem 20% da conterrânea japonesa, que colaborou no desenvolvimento do bZ4, principalmente em tração, sua especialidade. Há possibilidade de melhorias no que se refere à qualidade dos materiais.

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Grande parte das superfícies, mesmo as de contato direto com os ocupantes, tem acabamento de plástico duro e aspecto simples. Esse, inclusive, é um defeito comum em muitos carros elétricos, mas que deveria ser alterado a médio prazo, considerando o preço elevado e o fato de que a tecnologia das baterias tende a deixar de monopolizar boa parte do orçamento de pesquisa e desenvolvimento no futuro.

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TOYOTA bZ4X
(Divulgação/Quatro Rodas)

O revestimento dos bancos transmite impressão de qualidade, mas é uma pena que os assentos sejam demasiadamente curtos e que o apoio lateral também seja pequeno. A missão da engenharia foi aumentar a potência dos motores elétricos. Pela primeira vez, um elétrico da Toyota recebeu motores com inversores de carboneto de silício.

Rotores e estatores foram melhorados para permitir velocidades mais elevadas, ao mesmo tempo que as perdas de energia foram reduzidas. No entanto, mesmo após essas melhorias, a velocidade máxima do renovado bZ4X está limitada a 140 km/h (na versão de entrada de tração dianteira e 167 cv) e 160 km/h (nas demais).

TOYOTA bZ4X
(Divulgação/Quatro Rodas)
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Há quatro níveis de recuperação de energia pela desaceleração, selecionáveis pelas borboletas no volante (essa também era uma lacuna do modelo anterior). A versão de tração dianteira (165 kW/224 cv) é bastante equilibrada, como pudemos comprovar na avaliação com um carro de pré-série, ainda levemente camuflado. Atinge os 100 km/h em 7,4 segundos e chega a 160 km/h.

A suspensão tem afinação geral confortável e isola dos ocupantes a maioria dos ressaltos do piso, mas não evita um rolamento pronunciado da carroceria quando aumentamos o ritmo de condução em curvas e rotatórias, por exemplo.

Merecedora de elogios é a integridade da carroceria (a arquitetura TNGA já provara os seus méritos no Corolla, RAV4 e Prius) e a rigidez é ainda reforçada com a instalação da bateria na estrutura.

TOYOTA bZ4X
Quadro digital compacto atrás do volante (Divulgação/Quatro Rodas)
TOYOTA bZ4X
Tela tátil do computador tem agora 14” (Divulgação/Quatro Rodas)
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No modelo que chega ao mercado europeu no fim deste ano, passam a existir dois tipos de bateria: de 57,7 kWh (na versão de tração dianteira de 123 kW/167 cv) e de 73,1 kWh (tração dianteira de 165 kW/224 cv ou tração integral de 252 kW/343 cv).

A geração atual tem apenas uma opção, de 71,4 kWh. Pudemos também dirigir brevemente a versão 4×4, topo de linha que, com potência máxima de 252 kW/343 cv, é hoje o veículo de produção em série mais potente da Toyota na Europa.

TOYOTA bZ4X
Dá para carregar dois celulares, sem fio (Divulgação/Quatro Rodas)
TOYOTA bZ4X
Tecla X Mode permite alterar forma de tração, a depender da superfície; interior do veículo mescla botões físicos e digitais (Divulgação/Quatro Rodas)

A frenagem se mostrou muito competente, até mesmo na progressividade do pedal, que é um dos poréns de muitos carros elétricos. O pequeno volante ajuda a tornar a experiência de dirigir algo bastante envolvente.

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Uma câmara interior monitora constantemente o motorista e chama a atenção caso ele desvie os olhos do caminho, mesmo que por um breve momento. Há um modo X que reduz os recursos dos sistemas de assistência ao motorista, liberando energia para o sistema de propulsão elétrica.

TOYOTA bZ4X
Com carroceria cheia de arestas, segue linguagem de design atual da marca japonesa (Divulgação/Quatro Rodas)

Pressioná-lo uma vez desativa o controle de tração. Se mantivermos pressão durante cinco segundos, o ESP (em português, controle eletrônico de estabilidade) é igualmente desativado. Com as ajudas eletrônicas adormecidas, acelerar totalmente pode resultar em divertidas escapadas de traseira ou mesmo em longas derrapagens fáceis de controlar, especialmente em pisos de baixa aderência e em ambiente controlado.

A generosa articulação dos eixos, a elevada distância do solo (21 cm) e a boa capacidade de travessia em trechos alagados (pode encarar até 50 cm de água) ajudam o bZ a passar por obstáculos de dificuldade moderada sem sequer se “despentear”.

TOYOTA bZ4X
(Divulgação/Quatro Rodas)

Uma das novidades do modelo é que, ao contrário de alguns fabricantes premium alemães, como Porsche ou Audi, a Toyota passa a permitir carregamentos em corrente alternada (AC) de 22 kW nas versões de nível intermediário para cima (na versão de entrada continua sendo de 11 kW), o que significa que cai pela metade (3,5 horas) o tempo necessário para elevar a carga da bateria de 10 para 100%.

O carregamento em corrente contínua (DC) foi mantido em potência máxima de 150 kW, o que não deixa a Toyota muito bem posicionada face à concorrência (a carga passa de 10 a 80% em 30 minutos).

TOYOTA bZ4X
(Divulgação/Quatro Rodas)

A Toyota do Brasil informa que “não descarta trazer a tecnologia 100% elétrica em algum momento no futuro”. A novidade é que, com o lançamento do Lexus RZ 500e a fabricante japonesa abriu as portas para os carros elétricos no Brasil e diz que o bZ4X pode chegar ao Brasil – e isso poderia acontecer ainda em 2026.

Veredicto Quatro Rodas

A mesma maturidade que os Toyota híbridos demonstram não existe, ainda, no Toyota bZ4X. Melhora no rendimento dos motores e as novas baterias são um avanço, mas não solucionam as idiossincrasias do projeto deste SUV.

Ficha Técnica – Toyota bZ4X

Preço: 46.000 euros estimados (R$ 291.000)
Motor: diant., elétrico, síncrono de ímãs permanentes, 224 cv, 27,4 kgfm
Bateria: íons de lítio, 73,1 kWh
Câmbio: automático, 1 marcha, tração dianteira
Direção: elétrica
Suspensão: duplo A (diant.), multibraços (tras.)Freios: disco ventilado (diant. e tras.)
Pneus: 235/60 R18
Dimensões: comprimento, 469 cm; largura, 186 cm; altura, 165 cm; entre-eixos, 285 cm; peso, 1.930 kg; porta-malas, 452 litros
Desempenho*: 0 a 100 km/h, 7,4 s; velocidade máxima, 160 km/h
Recarga*: AC (22 kW), de 10 a 100%, 7 h; DC (150 kW), de 20 a 80%, 30 min; autonomia, 569 km

*Dados de fábrica

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