Por muito tempo, aumentar a potência de um veículo necessitava de mais cilindros, maior cilindrada e uso de turbocompressores. Na era dos motores elétricos, porém, os incrementos envolvem eletromagnetismo avançado sem necessariamente um propulsor maior. A Helix mostra bem isso: a fabricante do Reino Unido vem se destacando com motores elétricos pequenos e leves, mas com potência impressionante.
No caso do SPX177, por exemplo, foram 952 cv gerados, ainda que o motor pese meros 41 kg. O produto foi desenvolvido para uma fabricante de hipercarros não revelada, mas que pode tranquilamente usar uma unidade em cada eixo. A versão de série do SPX177 terá 854 cv, de modo que o futuro carro poderá atingir os 1.700 cv sem grandes problemas.
O maior desafio na produção de um propulsor assim está no calor, gerado pela resistência dos materiais à eletricidade. A corrente elétrica é outro desafio, com 12 engenheiros se debruçando em computadores avançados para criar um caminho a ser percorrido pelos elétrons com mais eficiência e menos barulho.
Além dos hiperesportivos, a tecnologia da Helix pode ser útil aos aviões híbridos. Enquanto aeronaves elétricas precisam resolver problemas com a bateria, os híbridos carregam células menores, que podem ser utilizadas em momentos pontuais do voo.
Uma possibilidade é o voo em altitudes mais altas: com ar mais rarefeito, economiza-se combustível, mas é preciso que as pás girem mais rápido para criar sustentação ao avião. Nesse caso, o SPX242 quer ser a escolha ideal.
Com “apenas” 517 cv, ele também é mais leve, pesando 31 kg. Sua configuração mecânica também permite que o motor a combustão funcione como um gerador, em regime único e mais eficiente. O SPX242 segue em testes, e a Helix acredita que é questão de tempo para que ele seja usado em condições reais.