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Alfa Romeo Spider, o conversível que encantou entusiastas por décadas

O mais longevo modelo da marca italiana estreou em1966 e virou até estrela de cinema ao lado de Dustin Hoffman

Por Felipe Bitu Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
11 set 2021, 19h17
Alfa rOMEO sPIDER DIANTEIRA
Carenagens sobre os faróis indicavam cuidados com a aerodinâmica (Alessandro Cerri/Quatro Rodas)

O Salão de Genebra de 1966 foi um dos mais importantes na história da Alfa Romeo. Foi nessa edição do evento que o público conheceu o Giulia Sprint GT Veloce, evolução do Giulia Sprint GT de 1963. O lendário cupê também serviu de base ao Spider, um roadster com linhas assinadas pelos italianos Aldo Brovarone e Battista Pininfarina.

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Seu estilo era uma amálgama de vários conceitos do estúdio Pininfarina para a Alfa Romeo como o Superflow, o Spider Super Sport e o Giulietta SS Spider Aerodinamica. O nome Duetto foi selecionado através de um concurso: era muito apropriado a um conversível de dois lugares, mas já havia sido registrado por uma indústria alimentícia italiana.

O imbróglio foi decisivo para o batismo oficial: Alfa Romeo Spider 1600. O carisma do modelo era reforçado pelo conjunto mecânico, composto por um motor de quatro cilindros de 1,6 litro com duplo comando de válvulas e câmaras hemisféricas. A alimentação era feita por dois carburadores Weber horizontais, resultando em 109 cv a 6.000 rpm.

Motor alfa Romeo Spider
Motor com duplo comando de válvulas: o mesmo do Giulia (Alessandro Cerri/Quatro Rodas)

Potência mais que suficiente para embalar seus 995 kg, direcionada às rodas traseiras através de um câmbio de cinco marchas. A suspensão dianteira independente adotava braços sobrepostos e a traseira ancorava o eixo rígido por braços arrastados e cintas limitadoras de curso.

O equilíbrio entre desempenho e comportamento dinâmico era notável: bastavam 11,5 segundos para acelerar de 0 a 100 km/h e a máxima era de 179 km/h. As quatro rodas de aço recebiam pneus Pirelli Cinturato CA67 na medida 155 HR15 e todas acomodavam freios a disco. Rivalizava em pé de igualdade com os ingleses Lotus Elan e MG MGB.

Traseira Alfa Romeo Spider
A primeira geração ficou conhecida como “Osso di Seppia”, devido ao formato da traseira (Alessandro Cerri/Quatro Rodas)

O carisma do Spider ficou ainda maior em 1967, quando estrelou ao lado de Dustin Hoffman no filme A Primeira Noite de um Homem. No ano seguinte, surge o 1750 Spider Veloce, com motor de 1,8 litro e 118 cv. Estava mais rápido e veloz: 0 a 100 km/h em 10 segundos e máxima de 190 km/h. A suspensão traseira passou a contar com barra estabilizadora e em alguns mercados os carburadores foram substituídos pela injeção mecânica Spica.

No mesmo ano surge o Spider 1300 Junior, versão mais acessível com motor de 1,3 litro e 89 cv, suficientes para chegar aos 170 km/h. Era facilmente identificado pela ausência das carenagens nos faróis e pelo interior despojado, sem o console central e com um volante de dois raios no lugar do tradicional com três.

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visão interna do Alfa Romeo Spider 66
Alavanca de câmbio próxima ao volante garantia uma ergonomia perfeita (Alessandro Cerri/Quatro Rodas)

A segunda geração do Spider deu as caras no Salão de Turim de 1969: redesenhada, a traseira ganhou o apelido de coda tronca, devido ao balanço posterior mais curto, seguindo os princípios do engenheiro aerodinâmico Wunibald Kamm. Em 1971, é apresentado o 2000 Spider Veloce, impulsionado por um motor de 2 litros e 132 cv.

A sofisticação técnica permitiu ao Spider atravessar a década com pequenos aprimoramentos e modificações meramente estéticas. Rodas de liga leve foram adotadas em 1973, pouco antes da recalibração que reduziu a potência do motor de 2 litros para 128 cv com a intenção de diminuir seu consumo. O motor de 1,3 litro deixou de ser oferecido em 1978.

lateral Alfa Romeo Spider 66
Legítimo roadster: para curtir a dois (Alessandro Cerri/Quatro Rodas)

A L-Jetronic, injeção eletrônica Bosch, foi introduzida pouco antes da chegada da terceira geração, em 1983. O estilo básico era mantido, com grande profusão de plásticos pretos nos para-choques envolventes e no aerofólio traseiro. Em 1986, o Spider 2000 Quadrifoglio Verde apresenta diversos apêndices aerodinâmicos e rodas de 15 polegadas de liga leve.

A quarta e derradeira geração foi apresentada em 1990 com uma atualização promovida pelo estúdio Pininfarina. As linhas do Spider ficaram mais limpas e fluidas com peças na cor da carroceria e um mínimo de cromados. O motor passava a ser gerenciado pela injeção Bosch Motronic e havia opção pelo câmbio automático ZF 3HP22 de três marchas.

detalhe para-choque Alfa Romeo Spider
A grade dianteira triangular traz o scudetto da marca na parte superior (Alessandro Cerri/Quatro Rodas)

O ciclo do Spider finalmente se encerrou em 1993, totalizando 124.115 unidades produzidas. O roadster é um dos modelos mais importantes da Alfa Romeo, com inegável impacto histórico e cultural.

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Foi sucedido pelo Alfa Romeo 916, um Spider com motor V6 Busso que não é tão aclamado pelos alfisti devido às limitações da tração dianteira.

Ficha Técnica – Alfa Romeo Spider 1966

  • Motor: 4 cilindros em linha de 1,6 litro; 109 cv a 6.000 rpm; 14,2 kgfm a 2.800 rpm;
  • Câmbio: manual de 5 marchas; tração traseira;
  • Carroceria: aberta; 2 portas; 2 lugares;
  • Dimensões: comprimento, 425 cm; largura, 162 cm; altura, 129 cm; entre-eixos, 225 cm; peso, 995 kg;
  • Desempenho: aceleração de 0 a 100 km/h em 11,5 segundos; velocidade máxima de 179 km/h.

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