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Um luxo de crise

Enquanto o mercado em geral cai, segmento premium bate recordes

Por Luís Perez
Atualizado em 22 abr 2021, 22h59 - Publicado em 22 out 2014, 11h12

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Se o mercado de veículos novos em geral vai mal (de janeiro a agosto, a queda foi de 8,8%, sendo que 11,2% só nos automóveis de passeio), existe um segmento que nada de braçada e parece não conhecer a crise: o de modelos premium, principalmente Audi, BMW, Jaguar e Mercedes-Benz, que registraram recorde histórico de vendas neste ano.

Não por coincidência, todas terão produção no Brasil em breve, o que ajuda a explicar o crescimento. Segundo analistas do setor, uma nova fábrica tem dois efeitos positivos. Ao mesmo tempo que aumenta a confiança do comprador, pois reduz o medo da falta de peças e da queda no valor de revenda, ainda traz a marca para a mídia, criando no público interesse em ir à loja para conhecer o futuro modelo.

Mas não é só isso. “A confiança de ter produção local ajuda, mas há outros fatores. Quando se falava em carro Premium antes, era um veículo de R$ 150 000. Hoje você compra um premium por R$ 90 000, R$ 98 000”, diz Paulo Roberto Garbossa, consultor da ADK Automotive. É o caso da Mercedes, que no primeiro semestre cresceu quase 15% mais que em 2013 (4 986 unidades contra 4 363), graças em boa par te ao novo Classe A e ao CLA, que partem de R$ 110 000. “Estamos também tirando clientes dos concorrentes ao abrir mercado em segmentos em que não atuávamos”, diz Dimitris Psillakis, diretor-geral da Mercedes.

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O maior exemplo de pujança do segmento é a Audi, que nos oito primeiros meses do ano vendeu 8 449 carros, 110% a mais que 2013. “Esse crescimento se explica também pelas mudanças econômicas que o país sofreu nos últimos anos. Com mais poder aquisitivo, existe um número maior de potenciais clientes para as marcas premium”, diz Jörg Hofmann, presidente da Audi do Brasil. Ajuda também aproveitar essa ascensão social com outras medidas: ampliar a oferta de crédito (para conquistar quem não comprava um premium), lançar mais produtos (entrando assim em novos segmentos) e chegar a locais onde a marca não atuava (ampliando a rede de concessionárias).

A Audi, por exemplo, renovou completamente sua linha neste ano, lançando modelos como o A3 Sedan e novas versões do Q3, ambos responsáveis pela virada da empresa no Brasil. Além disso, a marca tinha 19 autorizadas em 2010, contra 32 hoje.

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