Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Como motores de ciclo Miller ficam mais econômicos que os de ciclo Otto?

Pequenas mudanças no tempo de abertura das válvulas do motor podem reduzir bastante as perdas mecânicas e o consumo

Por Leonardo Barboza
Atualizado em 3 abr 2024, 08h36 - Publicado em 17 Maio 2022, 07h10
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Por que motores de ciclo Miller são mais econômicos que os motores de ciclo Otto?

    Luís Alfredo, São Paulo (SP)

    Em primeiro lugar, é necessário dizer que, para operar no ciclo Miller, o motor precisa ter pelo menos um comando de válvulas variável na admissão, que permite escolher o início e o fim do momento de abertura da admissão do motor.

    Assine a Quatro Rodas a partir de R$ 9,90

    Dito isso, de acordo com o engenheiro Erwin Franieck, do instituto SAE4Mobility, o ciclo Miller é mais econômico porque a maior perda de eficiência de um motor a combustão vem da necessidade da admissão de ar com o acelerador só um pouco acionado.

    Ou seja, o vácuo no coletor de admissão gera grande dificuldade para o pistão fazer a sucção do ar. “Para evitar esse esforço e reduzir o gasto de energia, em vez de manter a borboleta mais fechada, pode-se abri-la, reduzindo o vácuo na sucção”, diz o engenheiro.

    Continua após a publicidade

    “E, quando o pistão voltar a subir para comprimir, mantém-se a válvula de admissão aberta, de forma que o ar novo que entrou a mais possa ser expelido para o coletor de admissão até chegar à mesma quantidade calculada para a queima, fechando-se então a válvula de admissão, injetando o combustível exato e fazendo a queima com esforço reduzido.”

    Compartilhe essa matéria via:

    Há uma perda de potência e torque em relação aos motores de ciclo Otto. Por isso, ou os motores simulam o ciclo Miller em alguns momentos (por meio do comando de válvulas variável) ou compensam a perda com um turbo ou um motor elétrico (híbridos). 

    Continua após a publicidade

    Ao reduzir a quantidade de ar admitida, torna-se necessário menos combustível para se obter a queima perfeita, enquanto o turbo ajuda a reduzir a perda de potência decorrente da menor massa da mistura ar-combustível.

    O motor a gasolina do Toyota Corolla Hybrid é um 1.8 que rende modestos 101 cv e 14,2 mkgf de torque, números que seriam poucos até mesmo para um 1.4. No caso do Fusion Hybrid, seu 2.0 gera 143 cv e 18 mkgf de torque, enquando o antigo 2.0 Duratec tinha 148 cv e 19,5 mkgf com ciclo Otto. Em ambos os exemplos, a potência inferior do motor à combustão é equilibrada pela força do motor elétrico.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY
    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Quatro Rodas impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 10,99/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.