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Comparativo das picapes flex: S10 LTZ x Ranger XLT x Hilux SR

As picapes médias flex estão de olho nos consumidores urbanos. Hilux, S10 e Ranger têm armas distintas para lutar nessa briga

Por Péricles Malheiros Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 13 fev 2017, 16h31 - Publicado em 29 nov 2016, 15h43
Chevrolet S10 x Toyota Hilux x Ford Ranger
Sucesso no campo, elas se agigantam na cidade (Christian Castanho)

Qualquer picapeiro do interior do Brasil tem na ponta da língua: “Carga pesada é coisa de quem tem motor turbodiesel, com força de sobra. Para quem vai transportar coisa leve, a flex resolve fácil e é bem mais barata”. É, a vida no campo sempre tem muito a ensinar a quem é da cidade. Aprendeu?

Agora é que vem a parte difícil: decidir qual das três picapes com motor flex mais famosas do mercado na faixa do R$ 110.000 atende melhor quem vive na cidade. Chevrolet S10, Ford Ranger ou Toyota Hilux: qual é a sua?

O segmento das picapes médias deu uma renovada geral em 2016. Mas entra ano, sai ano (entra concorrente, sai concorrente) e o trio aqui reunido segue se engalfinhando e deixando a concorrência na poeira.

No comparativo das turbodiesel 4×4 top de linha, promovido em maio de 2016, o pódio teve a S10 em primeiro lugar, seguida pela Ranger, em segundo, e a Hilux no terceiro posto. Antes de apostar que este novo encontro do trio vai ser um repeteco do embate anterior, fica a dica: além do combustível, mudam os preços (em média, R$ 180.000 as diesel e R$ 112.000 as flex) e, principalmente, os consumidores.

A Hilux aposta no conforto do câmbio automático, ainda que o benefício tenha levado a um certo enxugamento na lista de equipamentos. S10 e Ranger, por sua vez, chegam mais completas, mas apenas com câmbio manual. Dilemas à parte, é hora de ver qual das três médias merece a sua garagem.

3º: Ford Ranger XLT 2.5 16V – R$ 109.500

Ela anda menos e bebe mais que a S10, mas é a mais segura
Ela anda menos e bebe mais que a S10, mas é a mais segura (Christian Castanho)

A Ranger e a S10 têm motores parecidos: ambos têm quatro cilindros em linha e são 2.5 16V. Pronto: as semelhanças acabam por aí. Enquanto o moderno motor da S10 gera 206/197 cv (etanol/gasolina), o da Ranger para em humildes 173/168 cv – na média, uma potência 15,4% menor que a da rival.

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Motor 2.6 16V da Ranger produz até 173 cv e 25,0 mkgf
Motor 2.6 16V da Ranger produz até 173 cv e 25,0 mkgf (Christian Castanho)

No torque, a desvantagem permanece, mas é menor, 8% – 27,3/26,3 mkgf na S10 e 25/24,3 mkgf na Ranger. No câmbio, a representante da Ford também perde, com uma caixa de cinco marchas, contra uma de seis da S10.

Para cumprir a prova de aceleração de 0 a 100 km/h, a picape da Ford precisou de 12,3 segundos, ante 11,4 segundos da GM. A bem da verdade, a Hilux demorou ainda mais, 13,6 segundos, mas é preciso lembrar: ela é a única das três convocadas para o comparativo a contar com câmbio automático. Esse tipo de transmissão naturalmente compromete a performance em detrimento do consumo. Mas espere, há uma surpresa aqui.

Painel com duas telas digitais configuráveis é o mesmo do Fusion
Painel com duas telas digitais configuráveis é o mesmo do Fusion (Christian Castanho)

A Ranger contrariou a lógica e se mostrou mais beberrona que a Hilux na cidade (7,1 ante 7,5 km/l) – na estrada, se deu apenas ligeiramente melhor, com 9,7 contra 9,5 km/l.

Entre os equipamentos de conforto mais relevantes, a Ranger XLT tem ar-condicionado com ajuste digital bizona, piloto automático, volante multifuncional e sistema multimídia com GPS.

Acabamento da Ranger é mais refinado que o das concorrentes
Acabamento da Ranger é um pouco mais refinado que o das concorrentes (Christian Castanho)
Por dentro, grande diferencial da Ranger são os sete airbags de série
Por dentro, grande diferencial da Ranger são os sete airbags de série (Christian Castanho)

O pacote de segurança inclui controles de estabilidade e tração e sistema de monitoramento de pressão dos pneus, enquanto o kit de tratamento estético exibe para-choque traseiro, retrovisores, grade frontal e maçanetas cromadas, santantônio tubular na caçamba e faróis com projetores sem leds.

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Caçamba da Ranger tem a maior capacidade em quilos: 1.255 kg
Caçamba da Ranger tem a maior capacidade em quilos: 1.255 kg (Christian Castanho)

 

2º: Chevrolet S10 LTZ 2.5 16V – R$ 114.990

Chevrolet S10
Ao volante, S10 oferece o melhor comportamento em estradas (Christian Castanho)

Nossa fonte dentro da Chevrolet, garante: “O projeto da S10 flex com câmbio automático está na fase final de acerto. O plano é chegar no segundo semestre de 2017”. Se a informação estiver correta e a marca entregar o lançamento com um preço competitivo, as rivais que se cuidem.

Por ora, ela fica em um confortável segundo lugar, bem próxima da Hilux (só perde pela falta da versão automática) e com uma distância segura da Ranger (por conta, sobretudo, do motor mais eficiente).

Motor da S10 é um 2.5 16V com até 206 cv e 27,3 mkgf
Motor da S10 é um 2.5 16V com até 206 cv e 27,3 mkgf (Christian Castanho)
Câmbio manual da S10 tem seis marchas, contra cinco da Ranger
Câmbio manual da S10 tem seis marchas, contra cinco da Ranger ()

Ao volante, a S10 é a melhor. Não somente pela performance em si, mas pela maneira como ela a entrega. Urbana, deverá rodar a maior parte do tempo vazia e, nessa condição, tem o conjunto de suspensão mais equilibrado, com a menor tendência a quicar a traseira das três.

Assistentes de condução são os destaques da S10 na versão LTZ
Assistentes de condução são os destaques da S10 na versão LTZ (Christian Castanho)

Em alta velocidade, S10 e Ranger deixaram no passado o efeito replay, quando a suspensão demorava a anular o sobe e desce da dianteira depois de passar por uma depressão na estrada, por exemplo. Somadas, essas características tornam a S10 a dona do comportamento mais próximo do de um carro de passeio – mérito que outrora foi da Hilux e que hoje a Ranger também se sai melhor.

Banco do motorista tem regulagens elétricas
Banco do motorista tem regulagens elétricas (Christian Castanho)
Em medidas, espaço interno da S10 é o maior
Em medidas, espaço interno da S10 é o maior (Christian Castanho)

A S10 LTZ é (por uma pequena diferença) a mais cara do comparativo, mas entrega mais equipamentos. Alerta de colisão frontal, banco do motorista com regulagem elétrica, DRL, sistema On Star e aviso de saída de faixa, por exemplo, só ela apresenta. Alguns desses itens a Ranger também pode ter, mas só na versão Limited, de R$ 118.500, valor que a deixa de fora da proposta deste comparativo, balizado pelo preço da estreante Toyota Hilux.

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Em medidas, caçamba da S10 é a menor, mas a capacidade de carga (915 kg) é intermediária
Caçamba da S10 é a menor, mas a capacidade de carga (915 kg) é intermediária (Christian Castanho)

 

1º: Toyota Hilux SR 2.7 16V – R$ 111.700

Hilux foi a mais lenta nos testes, mas consumo foi menor que o da Ranger
Hilux foi a mais lenta nos testes, mas consumo foi menor que o da Ranger (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Em meio às rivais, a recém-lançada Hilux flex não conquista. Mas convence. Retrovisores em plástico preto, sem pintura, atingem os olhos como um soco. Os faróis têm layout simples, com parábola convencional, bem diferente do estiloso bloco óptico da Ranger (com projetor tipo canhão) e da S10 (com linha sinuosa de led como DRL).

Painel ficou mais próximo do Corolla na nova geração
Painel ficou mais próximo do Corolla na nova geração (Christian Castanho)
A japonesa é a única a oferecer câmbio automático na configuração flex
A japonesa é a única a oferecer câmbio automático na configuração flex (Christian Castanho)

Na cabine, tampas plásticas no volante e no painel lembram que a SR é a cabine dupla mais simples da família Hilux. Ou seja, botão de partida, seletor de tração e assistente de descida de ladeira, só no topo da gama. A SR é a versão mais simples, sim, mas passa longe de ser básica. Recebe os convidados com ar-condicionado (manual), multimídia com GPS, trio elétrico e a cereja do bolo: câmbio automático de seis marchas, com trocas sequenciais e modos Eco e Power.

Hilux oferece airbag de joelho para o motorista
Hilux oferece airbag de joelho para o motorista (Christian Castanho)
Para os passageiros de trás, Hilux é a que mais balança
Para os passageiros de trás, Hilux é a que mais balança (Christian Castanho)

O motor 2.7 16V flex com variação das válvulas de admissão e escape gera 163/159 cv e torque suficiente para um bom convívio com a transmissão automática, que opera as trocas de maneira silenciosa.

Motor da Hilux: 2.7 16V com até 163 cv e 25,0 mkgf
Motor da Hilux: 2.7 16V com até 163 cv e 25,0 mkgf (Christian Castanho)

Da pista de testes, a Hilux saiu com números inferiores aos da S10, mas próximos (ou até melhores) que alguns da Ranger (veja quadro comparativo mais abaixo).

No campo da segurança, a Ranger dá uma lição a ambas: traz airbags laterais, do tipo cortina e de joelho no lado do motorista. A S10 só tem o obrigatório par frontal, perdendo até para a Hilux, com airbag de joelho.

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Por se sair melhor que as concorrentes ao equacionar preço, equipamentos, desempenho e consumo, e principalmente por ser a única com câmbio automático, a Hilux é a vitoriosa.

Hilux tem a menor capacidade de carga (850 kg), mas a caçamba é a mais comprida e larga
Hilux tem a menor capacidade de carga (850 kg), mas a caçamba é a mais comprida e larga (Christian Castanho)

 

AVALIAÇÃO DO EDITOR

Motor e Câmbio – Melhor motor, S10. Mas a Hilux é a única com câmbio automático.

Dirigibilidade – Bem acertada, a S10 é a melhor para quem gosta de dirigir.

Segurança – Os 7 airbags da Ranger são imbatíveis. A Hilux tem airbag de joelho do motorista.

Seu bolso – A Hilux é o Corolla das picapes: o mercado a vê como sinônimo de bom negócio.

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Conteúdo – Câmbio automático é visto como item indispensável a quem vive na cidade. Ainda mais nessa faixa de preço.

Vida a bordo – S10 e Ranger se equivalem e estão em um patamar elevado. Mas, apesar de mais simples, a Hilux sabe receber bem.

Qualidade – As três são equivalentes em qualidade de montagem e acabamento, tanto por fora quanto por dentro.

 

VEREDICTO

Além da exclusividade do câmbio automático, a Hilux equilibra como nenhuma outra custo, equipamento, performance e consumo. Mas a S10 está na cola dela, só lhe falta o câmbio automático.

Teste de pista (com gasolina)

Hilux S10 Ranger
ACELERAÇÃO
de 0 a 100 km/h: 13,6 s 11,4 s 12,3 s
de 0 a 1.000 m: 35,5 s – 145,9 km/h 32,6 s – 158,3 km/h 33,7 s – 154 km/h
VELOCIDADE MÁXIMA: n/d 163 km/h n/d
RETOMADAS
de 40 a 80 km/h: 6,4 s 8,8 s 7,9 s
de 60 a 100 km/h: 7,8 s 13,7 s 11,2 s
de 80 a 120 km/h: 11,8 s 22,3 s 21,2 s
FRENAGENS
de 60 / 80 / 120 km/h a 0: 16,9/28,5/68,5 m 16,5/28,8/69,8 m 16,9/30,6/70,6 m
CONSUMO
Urbano: 7,5 km/l 8,5 km/l 7,1 km/l
Rodoviário: 9,5 km/l 10,6 km/l 9,7 km/l
RUÍDO INTERNO
Neutro / RPM máximo: 41/70,1 dBA 41,9/72,1 dBA 38,7/73,1 dBA
80 / 120 km/h: 58,4/65,4 dBA 61,9/69,5 dBA 63,4/70,6 dBA
AFERIÇÃO
Velocidade real a 100 km/h: 95,2 km/h 97,8 km/h 97,1 km/h
Rotação do motor a 100 km/h em 5ª marcha: 1.800 rpm 2.500 rpm 2.750 rpm
SEU BOLSO
Preço básico: R$ 111.700 R$ 114.990 R$ 109.500
Garantia: 3 anos 3 anos 3 anos
Concessionárias: 216 600 399
 
  Hilux S10 Ranger
Motor: flex, dianteiro, longitudinal, 4 cil., 16 V, 2.694 cm³, 163/159 cv a 5.000 rpm, 25 mkgf a 4.000 rpm flex, dianteiro, longitudinal, 4 cil., 16 V, 2.457 cm³, 206/197 cv a 6.000/6.300 rpm, 27,3/26,3 mkgf a 4.400 rpm flex, dianteiro, longitudinal, 4 cil., 16V, 2.488 cm³, 173/168 cv a 5.500 rpm, 25/24,3 mkgf a 4.500 rpm
Câmbio: automático, 6 marchas, tração tras. manual, 6 marchas, tração tras. manual, 5 marchas, tração tras.
Direção: hidráulica, 11,8 (diâmetro de giro) hidráulica, n/d (diâmetro de giro) elétrica, 12,1 m (diâmetro de giro)
Suspensão: duplo A (diant.), eixo de torção (tras.) ind. braços articulados (diant.), feixe de molas (tras.) ind. duplo A (diant.), eixo rígido (tras.)
Freios: disco ventilado (diant.), tambor (tras.) disco ventilado (diant.), tambor (tras.) disco ventilado (diant.), tambor (tras.)
Pneus: 265/65 R17 245/70 R16 265/65 R17
Peso: 1.860 kg 1.835 kg 1.945 kg
Peso/potência: 11,4/11,7 kg/cv 8,9/9,3 kg/cv 11,2/11,6 kg/cv
Peso/torque: 74,4 kg/mkgf 67,2/69,9 kg/mkgf 77,8/80 kg/mkgf
Dimensões: comprimento, 533 cm; largura, 185,5 cm; altura, 181,5 cm; entre-eixos, 308,5 cm; caçamba, 850 kg, 1.241 l; tanque de combustível, 80 l comprimento, 536,1 cm; largura, 187,4 cm; altura, 183,3 cm; entre-eixos, 309,6 cm; porta-malas, 915 kg, 1.060 l; tanque de combustível, 76 l comprimento, 535,4 cm; largura, 216,3 cm; altura, 184,8 cm; entre-eixos, 322 cm; porta-malas 1.255, 1.180 l; tanque de combustível, 80 l
Equipamentos de série: ar-condicionado, 3 airbags, banco do motorista com regulagem de altura, câmera de ré, central multimídia, computador de bordo com tela TFT, controle de tração, ESP, modos de condução Eco e Power, piloto automático, retrovisores elétricos com indicação de direção, vidros antiesmagamento, volante multifuncional. ar-condicionado digital, alerta de colisão frontal, alerta de saída de faixa, banco do motorista com regulagens elétricas, câmera de ré, central multimídia, controles de estabilidade e tração, emergência, controle de tração, faróis automáticos, sensor de chuva, sensores de estacionamento. ar digital bizona, assistente de emergência, assistente de partida em rampas, 7 airbags, banco do motorista com ajuste de altura, central multimídia, controles de tração e estabilidade, controle adaptativo de carga, piloto automático, sensores de estacionamento traseiros, sensor de pressão dos pneus.

 

 

 

 

 

 

 

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