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Os veículos militares alemães mais eficientes da Segunda Guerra

De motos a tanques pesados, passando por um tipo específico de Fusca, os alemães estiveram na vanguarda até o fim do conflito

Por Leo Nishihata Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 1 jun 2017, 19h34 - Publicado em 1 jun 2017, 19h33
(reprodução/Internet)

Do ponto de vista da engenharia, a Segunda Guerra Mundial foi um período de evolução sem igual. Num intervalo de seis anos, exércitos que ainda utilizavam a cavalaria de forma literal – com cavalos – foram substituídos por divisões blindadas com tanques de até 76 toneladas.

Na ponta de lança dessa corrida tecnológica estava a Alemanha e sua já prestigiada indústria automotiva. Eis o que de melhor ela produziu.

VW Type 166 “Schwimmwagen”

(reprodução/Internet)

Com base no Volkswagen Type 82 “Kübelwagen”, o jipe militar que fora baseado no Fusca alemão, Ferdinand Porsche (o avô do Ferdinand que criou o Porsche 911 e faleceu mês passado) idealizou uma carroceria em forma de casco flutuante, e equipou-o com tração nas quatro rodas e diferencial blocante em ambos os eixos.

Na água, uma hélice era acoplada ao virabrequim do motor traseiro, e a direção era determinada pelas rodas dianteiras, que atuavam como lemes.

O resultado dessa simplicidade? Mais de 15 mil unidades construídas para a Wehrmacht, o que torna o Schwimmwagen o anfíbio mais numeroso de todos os tempos. Poucos sobreviveram intactos – e um deles vive e se exibe no Brasil.

 

BMW R75 e Zündapp KS 750

(reprodução/Internet)

O substituto natural do soldado montado num cavalo poderia ser ele pilotando uma moto. Duas fabricantes – BMW e Zündapp – construíram ao todo 35 mil de conjuntos de motos e sidecars.

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Ambos seguiam as mesmas especificações, com motores de dois cilindros opostos com comando no bloco, 750 cm³, quatro marchas à frente e ré, diferencial blocante no eixo formado pela roda traseira e a roda do sidecar, seletor de relações de marchas para terrenos on-road e off-road e suporte para uma metralhadora MG 34 de 7,92 mm.

Mais leve e ágil, a Zündapp KS 750 era a preferida, e a partir de 1942 os conjuntos foram unificados para a configuração de moto KS 750 e sidecar BMW. Refinadas e ao mesmo tempo robustas, inspiraram os americanos a encomendar algo parecido para a Harley Davidson, e hoje valem ouro. Mesmo na época, saiu caro para os alemães: cada kit custava o dobro de um VW Kübelwagen militar.

 

Sd.Kfz. 250 e 251

(reprodução/Internet)

A verdadeira revolução da Blitzkrieg foi o emprego maciço de tanques e transportes de tropas que rompiam os pontos frágeis das defesas inimigas e os exploravam com velocidade atordoante. Dentro dessa tática, coube aos Sd.Kfz 250 e 251 o papel de transportar em qualquer terreno uma equipe de fogo completa, entre 7 e 13 integrantes, até a linha de frente.

As quase 30 mil unidades produzidas demonstraram eficiência em todos os fronts, e pelo 23 variantes foram desenvolvidas para diferentes missões

A tração era proporcionada pelas esteiras traseiras, enquanto a direção era dada pelas rodas dianteiras, mas a esteira do lado interno das curvas podia ser freada para girar sobre o próprio eixo e agilizar as manobras.

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O conceito de half-track não era novo: já havia sido empregado na Primeira Guerra Mundial por causa das vantagens em terrenos off-road e por distribuir melhor (por uma área mais ampla) a pressão do peso sobre o solo. Algo parecido seria produzido em massa pelos EUA nas séries M2, M3, M5 e M9.

 

Sd.Kfz. 234 Puma

(reprodução/Internet)

No início da Segunda Guerra, o reconhecimento do que havia à frente das divisões de tanques era feito por carros blindados simples, leves e com armamento quase sutil.

Em menos de cinco anos, os exploradores evoluíram para o Sd.Kfz. 234 Puma, um complexo blindado de oito rodas com tração e esterçamento integrais, 12 toneladas de peso e um canhão de 75 mm equivalente à dos tanques médios da época.

Ainda espantosamente atual, o Puma tinha ótimo desempenho off-road, longo alcance (entre 560 e 1.000 km em estradas), três vezes a velocidade dos melhores tanque da época e um motor Tatra V12 produzido na Tchecoslováquia então ocupada.

Sua blindagem não suportava o impacto de canhões de grosso calibre, mas isso não era fundamental na missão de mostrar o caminho para os companheiros da pesada, os Panzer.

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Panzer 35 / 38 (t)

(reprodução/Internet)

Quando foi anexada pelo Reich, em 1938, a Tchecoslováquia possuía um indústria bélica florescente, e que seria bastante aproveitada pelos nazistas. Os destaques foram os tanques Skoda Lt 35 e 38, modernos e resistentes, armados com canhões de 37 mm e tecnicamente superiores aos Panzer I e II.

Os alemães autorizaram a conclusão do desenvolvimento e a produção do Lt 38, e o rebatizaram como Panzer 38 (t). Além das tarefas originais, vários foram reconfigurados para outras missões, como o canhão de artilharia autopropulsado Bison e o caçador de tanques Jagdpanzer 38 (t).

 

Panzer IV Sd.Kfz. 161

(reprodução/Internet)

Os veículos Panzer I, II e III não eram os melhores da época, mas conseguiram esmagar franceses e ingleses em 1940 graças às táticas da Blitzkrieg. O primeiro tanque alemão a se estabelecer como referência foi o Panzer IV. Ele aliava mobilidade, robustez e o poder de fogo dos canhões de 75 mm em uma célula cuja blindagem seria bastante aperfeiçoada ao longo do tempo.

Verdadeira coluna vertebral do Exército alemão durante todo o conflito, quase 10 mil unidades foram produzidas entre 1939 e 1945, em diversas versões. Os últimos permaneceriam em serviço na Síria até o final da década de 60.

 

Sturmgeschütz

(reprodução/Internet)

O Sturmgeschütz original (conhecido como StuG III) era um canhão de assalto, um blindado mais simples, com canhão quase fixo, feito para acompanhar o avanço das tropas, destruindo construções – como bunkers e trincheiras – e concentrações de soldados inimigos.

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Logo os alemães perceberam que, em determinadas situações de batalhas entre blindados (como quando na defensiva), um canhão de assalto com armamento adequado poderia ser tão eficiente quanto um tanque, mantendo a vantagem de ser mais simples e barato, sem a complexidade de uma torre totalmente móvel.

O StuG III acabou se tornando o blindado alemão mais fabricado durante a Guerra (mais de 10.000 unidades). Uma das evoluções do conceito, o Jagdpanzer IV também fez bonito no final da guerra, destruindo milhares de tanques aliados.

 

Panzer V Sd. Kfz. 171 Panther

(reprodução/Internet)

Quando as orgulhosas divisões Panzer se depararam com os primeiros tanques soviéticos T-34 no verão de 1941, durante a operação Barbarossa, foi um choque. Para manter o equilíbrio, a Wehrmacht estudou T-34 capturados e determinou requisitos semelhantes, como as superfícies em ângulo para defletir balisticamente os impactos dos canhões inimigos.

Apesar de alguns problemas sérios de quebras na transmissão, foi o melhor tanque produzido pelos alemães, com grande poder de fogo, alta mobilidade e boa blindagem frontal.

 

Panzer VI Sd.Kfz. 181 Tiger

(reprodução/Internet)

Em duas oportunidades, no front oriental e no ocidental, um único Tiger destruiu mais de 20 tanques aliados e impediu sozinho a passagem de uma divisão inteira antes de ser subjugado. Quase indestrutível e armado com um canhão de 88 mm, criou fama aterrorizante entre quem o enfrentou – principalmente os americanos, incapazes de fazer cócegas com seus M4 Sherman.

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Mas suas 60 toneladas eram um empecilho para o transporte por pontes e vias não pavimentadas. Pior que isso, exigiam demais do conjunto mecânico �� um Maybach V12 de 24 litros e 700 cavalos. Mesmo assim, os alemães investiram em uma variante ainda maior, o Tiger II, com blindagem angulada e incríveis 76 toneladas de peso.

 

Sd. Kfz. 165 Hummel

(reprodução/Internet)

Para garantir mobilidade sem perder a capacidade ofensiva, os alemães precisavam não apenas de tanques e soldados transportados por blindados, mas também de artilharia autopropulsada. O canhão de 150 mm sFH 18, capaz de disparos com mais de 13 km de alcance, foi montado sobre um veículo de esteiras baseado no chassi do Panzer IV, e batizado de Hummel.

O conceito deu mais flexibilidade e poder de fogo às divisões blindadas, e teve como equivalentes do lado aliado o M7 Priest americano e o Sexton britânico.

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