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Mercedes Classe X definitiva é apresentada

Você precisa saber disso aqui: é a primeira picape média de luxo do mundo. Ela está confirmada para o Brasil. E será feita na Argentina

Por Henrique Rodriguez, com informações de Joaquim Oliveira
Atualizado em 19 jul 2017, 16h11 - Publicado em 18 jul 2017, 15h03
Picape da Mercedes é baseada na plataforma da Nissan Frontier (Divulgação/Mercedes-Benz)

A Mercedes-Benz Classe X é um marco histórico para a marca e também para a indústria automobilística. A gente já está careca de ver picapes médias – há fabricantes americanas, japonesas e europeias disputando nossa garagem. Mas nenhuma delas é de uma fabricante de luxo.

Isso faz da Classe X a primeira picape média premium. Ou de luxo – escolha o adjetivo que preferir. Ela chega a vários mercados no final de 2017, mas sua estreia no Brasil está agendada para 2018.

O design é típico de um Mercedes-Benz, mas o que os olhos não veem é o que está por baixo. E você já conhece: chassi e cabine são os mesmos da Nissan Frontier – a mesma que já está à venda no BrasilO quê????

Isso mesmo. A Classe X é fruto de um acordo firmado pela Daimler com a aliança Renault-Nissan.

Traseira tem linhas mais limpas que as das irmãs Frontier e Alaskan (Divulgação/Mercedes-Benz)

Não por acaso, a picape Mercedes-Benz será montada nas mesmas fábricas encarregadas da Nissan Frontier e, futuramente, da Renault Alaskan (saiba mais sobre ela aqui)Europa, África, Oriente Médio e Austrália receberão unidades fabricadas em Barcelona, na Espanha, ainda este ano.

Em 2018 começa a produção da fábrica de Santa Isabel, em Córdoba, na Argentina. Ela abastecerá o mercado latino-americano.

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Contudo, na unidade da terra de Maradona a picape Mercedes é a última da fila para entrar em produção: a primeira será a Nissan Frontier, depois a Renault Alaskan e por fim, já no final de 2018, a Classe X.

Interior mostra elementos de outros Mercedes, como quadro de instrumentos e central multimídia (Divulgação/Mercedes-Benz)

Você pode ter torcido o nariz com essa informação. Mas vamos ser justos: não dá para colocar a Classe X no mesmo patamar da Frontier. A equipe de design da Mercedes se esforçou para dar personalidade a uma picape que já tem outras duas faces conhecidas.

Faróis, vincos no capô e a grade com a estrela de três pontas em destaque parecem saídos do Mercedes GLS, maior SUV da marca. Mas o para-choque frontal tem linhas mais robustas. Nas versões mais caras a peça ainda recebe um grande aplique cromado.

Versão de entrada tem para-choque frontal mais simples (Divulgação/Mercedes-Benz)

Não parece, mas há mudanças no perfil que vão além das rodas exclusivas do Mercedes. As caixas de roda são diferentes, com arcos menos saltados. Já na traseira, a Classe X tem linhas mais limpas: não há vincos na tampa, apenas um nicho para o logotipo. Além disso, suas lanternas (de led nas configurações mais caras) são mais estreitas e não invadem a lateral da caçamba.

“Queremos ser a nova referência neste segmento. Por isso, também teremos uma versão com motor de 6 cilindros e câmbio automático de 7 velocidades”, é o que nos assegura Stephan Manger, CEO da divisão de veículos comerciais da Mercedes-Benz.

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Suspensão traseira com eixo rígido e multibraços é herança da Frontier (Divulgação/Mercedes-Benz)

Quando as vendas tiverem início na Europa, no fim deste ano, a Mercedes Classe X só estará disponível com o motor 2.3 turbodiesel de 4 cilindros da Nissan, em versões de 163 cv (X 220d) e de 190 cv (X 250d), com dois turbocompressores.

A versão de entrada terá apenas tração traseira e câmbio manual de 6 marchas. O preço inicial na Europa será de 37.300 euros, 136 mil reais no câmbio atual.

Mesmo a versão intermediária tem central mais simples, sem leitor de CD (Divulgação/Mercedes-Benz)

Em outros mercados, como os Emirados Árabes Unidos, existirá também uma uma versão a gasolina, X 200, com motor 2.0 turbo com injeção direta de 165 cv e também com tração traseira.

Tudo isso parece insuficiente para a Classe X brilhar nos Estados Unidos, onde as picapes que fazem sucesso são as enormes Chevrolet Silverado, Dodge Ram e Ford F-150 (o veículo mais vendido por lá há décadas, com mais de 700.000 unidades por ano). Por isso ela não será vendida nos EUA.

Rodas aro 19″ são opcionais da versão topo de linha Power (Divulgação/Mercedes-Benz)

Por aqui a situação seria diferente, mas não muito. Há picapes turbodiesel mais potentes, como a Chevrolet S10 2.8 e a Ford Ranger 3.2, ambas com 200 cv.

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E vale lembrar que até a chegada da Classe X ao Brasil a Volkswagen Amarok já terá opção de motor V6 3.0 de 224 cv.

Por isso os motores 6 cilindros da Mercedes serão tão importantes para o sucesso da picape da Mercedes em meio a suas irmãs. A versão X 350d, prevista para meados de 2018 na Europa, será a encarregada de usar o motor V6 3.0 turbodiesel de 258 cv e 56,1 mkgf com transmissão automática de 7 marchas 7G-TRONIC PLUS e tração integral 4MATIC.

A Classe X Power também tem lanternas traseiras de led (Divulgação/Mercedes-Benz)

A Classe X também terá a seu favor o conforto e a tecnologia da Mercedes. Instrumentos, centrais multimídia e módulos de comando são os mesmos de outros carros da marca. A textura da parte superior do painel também parece típica dos carros da fabricante alemã.

Mas a metade inferior já mostra alguma herança da Nissan, como os interruptores e os bancos, com qualidade e acabamentos inferiores. Isso pode desagradar muitos potenciais compradores (e gente acostumada aos sedãs e SUVs com a estrela de três pontas).

Versão Progressive será vendida com motor 2.3 turbodiesel em versão de 190 cv (Divulgação/Mercedes-Benz)

No entanto, há margem para o sucesso, principalmente no Brasil, onde picapes são veículos de trabalho apenas em suas versões mais simples.

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As mais caras são objetos de ostentação. E o enorme logotipo da Mercedes na grade é mais forte do que o logotipo da Toyota em uma Hilux.

Vale lembrar que a base da Nissan Frontier também engloba um dos conjuntos de suspensão mais moderno das picapes médias atuais. Ela combina o chassi de longarina com um eixo rígido traseiro com multibraços e molas helicoidais – e não os feixes de molas tradicionais.

Isso dá conforto em trechos off-road e mais controle em estradas asfaltadas. Mas diferencial traseiro autoblocante será opcional.

Versão intermediária tem rodas menores e lanternas com lâmpadas convencionais (Divulgação/Mercedes-Benz)

“Dependendo da versão, teremos até 22 cm de altura livre ao solo, 50 graus de inclinação lateral máxima e 45 graus de inclinação máxima de subida”, conta Christian Pohl, gerente de produto da Classe X.

O executivo também afirma que existirão três diferentes níveis de equipamento, adequados a vários tipos de clientes: Pure, Progressive e Power.

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A Pure terá rodas de aço de aro 17”, ar-condicionado, central multimídia com tela menor e sem CD-player e faróis halógenos. Como opcional, terá auxílio de estacionamento semiautônomo e, para a versão diesel, opção de câmbio automático de sete marchas e tração integral 4MATIC.

Além do motor V6 turbodiesel, versão Power tem faróis de leds (Divulgação/Mercedes-Benz)

Na versão Progressive há rodas de liga leve de aro 17”,  retrovisores externos elétricos, 8 alto-falantes, revestimento de couro no volante, câmbio e alavanca do freio de mão e para-choques na cor da carroceria.

A versão Power é a que não parece um carro de trabalho. Tem rodas aro 18″, ar-condicionado digital, partida sem chave, espelhos retrovisores com rebatimento elétrico, bancos dianteiros com ajuste elétrico e faróis de leds. Rodas aro 19″ são opcionais.

Resta saber como o mercado vai enxergar a Mercedes Classe X. Se será como uma legítima picape da Mercedes, ou como uma versão de luxo da Nissan Frontier.

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