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Entenda a revolução do motor sem comando de válvulas

Com atuadores eletro-hidro-pneumáticos no lugar do comando de válvulas, motor 1.6 da Koenigsegg produz 230 cv e 32,6 mkgf

Por Henrique Rodriguez Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 14 ago 2020, 14h50 - Publicado em 24 nov 2016, 11h57
A chinesa Qoros será a primeira fabricante a testar o motor sem comando de válvulas
A chinesa Qoros será a primeira fabricante a testar o motor sem comando de válvulas (Divulgação/Quatro Rodas)

Enquanto muitos fabricantes ainda se gabam da modernidade de seus motores com comando de válvulas variável, a sueca FreeValve (que pertence à Koenigsegg) sinaliza que no futuro os motores sequer terão comando de válvulas. E, ao que tudo indica, este futuro se transformará em presente na China em poucos anos.

Quem está bancando a ideia é a Qoros, marca premium da Chery. A empresa levou para o Salão de Guangzhou o primeiro protótipo do motor sem a árvores de cames para abertura das válvulas. Trata-se do motor 1.6 Qamfree, com turbo como um motor moderno, mas com atuadores eletro-hidro-pneumáticos abrindo e fechando suas 16 válvulas.

Instalado em um motor 1.6, o FreeValve aumentou a potência em 47%
Instalado em um motor 1.6, o FreeValve aumentou a potência em 47% (Divulgação/Quatro Rodas)

Em um motor convencional, a árvore de comando abre as válvulas do motor e permite que elas se fechem sob ação de mola (ou de forma pneumática, como nos motores da F1). O acionamento pode ser por engrenagem, corrente ou correia dentada. O comando variável é responsável por alterar o momento de abertura para otimizar o rendimento do motor em cada circunstância.

Freevalve from Freevalve on Vimeo.

Com o sistema da FreeValve, cada válvula recebe um atuador eletro-hidro-pneumático e cada um deles pode ser acionado de forma independente. A vantagem é que não há dependência da rotação do comando: pode-se estabelecer qualquer variação na abertura e fechamento das válvulas.

Atuador trabalha em conjunto com um sensor de posição da válvula
Atuador trabalha em conjunto com um sensor de posição da válvula (Divulgação/Quatro Rodas)

Pode-se, por exemplo, atrasar o fechamento das válvulas de admissão para que o motor passe a trabalhar em ciclo Miller (que aumenta o tempo de compressão do motor) ou até mesmo manter as válvulas fechadas para desativar determinado cilindro. 

Outra vantagem é que este motor trabalha mais aliviado, sem ter a obrigação de mover um ou dois comandos de válvula e seus agregados, evitando também atrito e perda de potência com os componentes móveis. Mesmo com 16 atuadores a mais, o motor ficou 20 kg mais leve e menor com o Qamfree.

Os dutos de ar pressurizado e os circuitos elétricos ficam acima dos atuadores
Os dutos de ar pressurizado e os circuitos elétricos ficam acima dos atuadores (Divulgação/Quatro Rodas)

O motor apresentado em Guangzhou tem apenas 1,6 litro, mas consegue gerar 230 cv e 32,6 mkgf de torque. De acordo com a Qoros, isso representa 47% mais potência e 45% mais torque que um motor 1.6 convencional, com consumo reduzido em 15%.  Agora, a Qoros pretende testar o sistema da FreeValve em uma frota de carros para refiná-lo antes de iniciar a produção em massa – o que ainda levará alguns anos para acontecer.

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